VENEZUELA: Chávez distrai população inventado guerras
VENEZUELA Chávez distrai população inventado guerras Todos os domingos o presidente venezuelano usa a televisão estatal para fazer declarações bombásticas. Nesse domingo pediu aos militares e a povo que estejam prontos para uma guerra, como já havia feito em outras ocasiões. Não tem a menor pretensão de guerrear, quer criar tensão sobre o acordo Washington Colômbia e desviar a atenção dos venezuelanos para os problemas internos do país
Fotomontagem Toinho de Passira Fontes: Estadão , El Tiempo, EFE, O Globo, BBC Brasil, Paraná Online, ABIN, BBC BrasilEssa não é a primeira vez que num domingo Chávez ameaça a Colômbia com uma guerra. O seu programa "Alô, Presidente”, é um show televiso, como outro qualquer, precisa de novidades para atrair audiência e manter o telespectador ligado. Para o político, um palanque eletrônico permanente, para manter o eleitor sintonizado. Em março do ano passado, durante a transmissão do programa, ao vivo e de supetão, determinou que o comandante das Forças Armadas que estava na platéia assistindo o programa, que deslocasse tanques de guerra e tropas para a fronteira com a Colômbia: "Senhor ministro da Defesa, mova dez batalhões para a fronteira com a Colômbia para mim, imediatamente, com tanques, e mobilize a Força Aérea", disse Chávez, como quem ensina receita culinária. Da Ilha, Fidel Castro, que faz parte permanente do show, disse: “... se ouve com força" na América do Sul as trombetas da guerra”. Foto: Getty Images .Chávez havia preparado alguns meses antes, dezembro de 2007, um show televisivo quando guerrilheiros da FARC colombiana lhes entregariam reféns. Posava de grande líder negociador, e para tanto convocou representantes diplomáticos do continente, chamou a mídia internacional, a Cruz Vermelha e até contratou o diretor americano Oliver Stone, para documentar o seu momento glorioso. Tudo acabou num grande fiasco, nem os guerrilheiros e muito menos os reféns apareceram.
A Colômbia pediu desculpas ao Equador, houve estremecimento entre os dois países e por fim Hugo Chávez sentiu-se ameaçado, porque se divulgou que fora um telefonema seu, por um aparelho tipo GPS, para o guerrilheiro, que permitiu a sua localização na selva e o conseqüente ataque mortífero. Chávez não queria a guerra, queria que a Colômbia parasse de divulgar essa história, além de desacreditar perante a opinião pública, informações encontradas no Laptop do guerrilheiro, que comprovavam envolvimento de integrantes do governo Chávez com a guerrilha. Novamente a nova falsa preparação de guerra desse domingo, tem dupla finalidade, a primeira é manter acessa a sua indignação da Colômbia ter assinado o tratado que permite a instalação de sete bases americanas em seu território. Bem ao estilo programa do Ratinho, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse: “Senhores oficiais, a melhor forma de evitar a guerra é preparando-se para ela”. "Não percam tempo em cumprir com o dever de preparar-nos para a guerra e ajudar o povo a preparar-se para a guerra, porque é uma responsabilidade de todos”, disse e continuou em tom grave. "Senhor comandante da guarnição militar, batalhões da milícia, treinemos. Estudantes revolucionários, trabalhadores, mulheres: todos prontos para defender esta terra sagrada chamada Venezuela". E mandou um recado ao presidente Obama: “Não se equivoque, senhor presidente Obama, e (não) vá ordenar uma agressão aberta contra a Venezuela utilizando a Colômbia", disse. "Nós estamos dispostos a tudo. A Venezuela nunca mais voltará a ser colônia ianque, nem colônia de ninguém.” Na verdade diante do tratado Colombiano, Chávez está aproveitando alguns incidentes de fronteira, para transformar numa crise diplomática com a Colômbia: Foto: Reuters Dois militares venezuelanos foram assassinados no Estado fronteiriço de Táchira e os venezuelanos supõem ter sido obra de paramilitares colombianos, envolvidos com o tráfico e contrabando de minérios. Foto: Reuters Além das intenções rotineiras de se manter na mídia, e criar factóides, Chávez desta vez tem uma necessidade básica de manter os venezuelanos nessa expectativa de guerra, porque sua popularidade tem desabado nos últimos meses. Foto: Reuters Dia desses Chávez apareceu na televisão pedindo para todo mundo tomar banho em apenas três minutos, dizendo que era antipatriótico ficar cantando no chuveiro. Foto: Associated Press A partir de agora, os funcionários deverão desligar o sistema de ar-condicionado na hora do almoço e uma hora antes do final do expediente, com temperatura não inferior a 24 graus. Computadores, impressoras, copiadoras e similares deverão ser desligados se não estiverem em uso. As lâmpadas incandescentes terão de ser substituídas por lâmpadas econômicas. Foto: Para tanto o governo culpa a crise de energia e de água, pela escassez de chuvas provocada pelo fenômeno climático El Niño, que teria reduzido a capacidade de geração das usinas hidrelétricas. De acordo com o serviço meteorológico venezuelano, o nível de chuvas no país é o mais baixo desde a década de 40. O governo acrescenta amenizando a crise do sistema elétrico, “que entrou em colapso”, pelo incremento de entre 6% e 8% da demanda. Foto:Reuters No mais a Venezuela continua, fornecendo pontualmente petróleo aos Estados Unidos, e recebendo dólares, comprando manufaturados na Colômbia. |
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