18 de nov. de 2009

HONDURAS: Congresso só avaliará volta de Zelaya após eleições

HONDURAS
Congresso só avaliará volta de Zelaya após eleições
Com a marcação, para o dia 2 de dezembro, pelo presidente do Congresso hondurenho, como a data onde será apreciada a possibilidade de volta de Zelaya de volta ao poder, sem grandes repercussões políticas entre os parlamentares, vê-se que os congressistas não querem discutir o caso antes das eleições presidenciais que ocorrerá no dia 29

Foto:Reuters

Aliados de Zelaya protestam diante do Congresso hondurenho

Fontes: Governo Venezuela, BBC Brasil

O Congresso hondurenho vai votar sobre a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya, no dia 2 de dezembro, três dias após as eleições gerais marcadas para 29 de novembro, disse nesta terça-feira o presidente da casa, José Alfredo Saavedra.

Saavedra disse que os congressistas já têm uma posição sobre os pareceres que pediram de quatro instituições hondurenhas antes de iniciar a votação.

"Recebemos a posição da Comissão Nacional de Direitos Humanos (na semana passada), no dia de hoje da Procuradoria Geral da República e, fomos informados oficialmente, que receberemos na semana que vem o relatório do Ministério Público e da Corte Geral de Justiça", completou.

Foto: Getty Images

A campanha eleitoral continua acontecendo dentro da normalidade por todo o país

Muitos países latino-americanos disseram que não reconheceriam o pleito hondurenho se Zelaya não fosse à Presidência antes das eleições.

Mas os Estados Unidos não descartaram restaurar laços diplomáticos com o novo governo eleito de Honduras mesmo se Zelaya não voltar ao poder.

No final de semana, Zelaya disse que não aceitaria voltar ao poder se a restituição ocorresse após as eleições.

Tanto Zelaya como o governo interino de Roberto Micheletti assinaram, no mês passado, um acordo para tentar por fim à crise hondurenha, mas os dois lados discordam sobre se o pacto está sendo cumprido.

Foto: Reuters

Danças folclóricas hondurenhas animam os protestos, pela volta de Zelaya, diante do Congresso Nacional em Tegucigalpa

O acordo, assinado por Zelaya e por Micheletti, fala da formação de um governo de unidade nacional, mas não torna obrigatória a volta de Zelaya, deixando para o Congresso decidir a questão sem estabelecer um prazo para isso.

Zelaya que assinou o acordo pensando que tudo seria mais urgente e que voltaria em seguida ao poder, revoltou-se e agora diz não reconhecer mais o resultado do pleito e continua refugiado na embaixada brasileira, na capital hondurenha, Tegucigalpa onde se encontra desde o dia 21 de setembro.

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