SENADO: Assume novo senador atolado em processos

SENADO Assume novo senador atolado em processos O novo senador de Rondônia que assume na vaga do outro cassado por compra de votos tem 200 (DUZENTAS) ações contra ele na justiça. Um rol de acusações que vai de fraude em empréstimo de banco público a crime ambiental, passando por estelionato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha... Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado Senador Sarney, presidente do Senado, dando posse e boas vindas ao novo comparsa Fontes: Agência Senado, Gazeta do Povo, Portal Terra, Radar Online Após a perda de mandato do senador Expedito Junior (PSDB-RO), acusado de compra de votos, foi empossado pelo presidente José Sarney nesta quinta-feira o segundo colocado nas eleições de Rondônia, o senador Acir Gurgacz (PDT), 47 anos,que nasceu em Cascável no Paraná, mas será senador por Rondônia. O senado tem feito a reposição de senador cassados por outros do mesmo padrão. Gurgacz é dono de uma ficha processual de fazer inveja a qualquer mafioso. Mas confiante e debochado, no seu discurso de posse defendeu a aprovação do projeto que proíbe a candidatura de políticos com "ficha suja". Parece piada, mais e pura verdade. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu afastar imediatamente o senador Expedito do cargo. Ele foi cassado em 2008 pela Justiça Eleitoral de Rondônia, acusado de compra de votos. O parlamentar recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que manteve a cassação. O novo senador foi empossado em Plenário e recebido por colegas parlamentares. Proprietário da Eucatur, empresa de transporte, o pedetista admitiu que sua empresa deve ser alvo de pelo menos 200 processos, mas disse que isso é uma situação normal enfrentada por quase todas as grandes companhias do País. "Minha empresa tem demandas comerciais como qualquer outra", disse. A empresa de Gurgacz, que é presidente do PDT em Rondônia, é suspeita de fraudes em financiamento de mais de R$ 19 milhões obtido no Basa (Banco da Amazônia). Pessoalmente ele está indiciado por suspeita de lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro e formação de quadrilha. Além dos processos contra a Eucatur, o senador também é alvo de um processo criminal que foi remetido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Rondônia. O senado não considera falta de decoro parlamentar, qualquer crime que o novo integrante possa ter cometido, antes de assumir o mandato. Agora todos os processos contra o novo senador virão para a interminável fila do Suprem Tribunal Federal a espera da impunidade. Um detalhe, caso Gurgacz fosse cassado, o seu suplente é o seu pai, o empresário Assis Gurgacz, sócio dele, e envolvido nos mesmos trambiques. O Congresso Brasileiro está cada vez mais semelhante a um covil.