TENSÃO SULAMERICANA: Venezuela dinamita pontes na fronteira colombiana
TENSÃO SULAMERICANA Venezuela dinamita pontes na fronteira colombiana Sem avisos prévios militares venezuelanos dinamitaram pontes ditas clandestinas dispostas na fronteira há vários anos, alegando que eram passagem de contrabando e tráfico. Agricultores colombianos narram invasão de território por militares da Venezuela e ameaça as populações fronteiriças
Foto: Reuters Fontes: El Universal , El Tiempo, BBC Brasil, El EspectadorO ministro da Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, (foto) convocou a imprensa em Bogotá para narrar que grupo de militares venezuelanos explodiu pontes para pedestres do município de Ragonvalia, no Estado de Norte de Santander, ação que teria deixado "isolados" os moradores da fronteira. "Essa ação representa uma violação à lei internacional, à lei humanitária, é uma agressão contra os civis", acrescentou. O vice-presidente e ministro da Defesa venezuelano, Ramón Carrizález, (foto) confirmou a destruição de duas pontes na fronteira com a Colômbia, alegando que eram passagens ilegais utilizadas por narcotraficantes e contrabandistas. "Qualquer passarela improvisada que se utilize para entrar e sair de um país sem cumprir com os acordos entre os países, onde não existe a presença de aduanas e do Estado, são ilegais", afirmou. Carrizález disse que a ponte era utilizada para o tráfico de drogas e de gasolina e que "em nenhum momento" os militares venezuelanos entraram em território da Colômbia e qualificou como "manipulação" a reação do governo de Bogotá, que mais cedo, disse que Caracas violava o direito internacional ao destruir as passagens entre os dois países. "O governo colombiano está tratando de desviar a atenção do verdadeiro problema (...) querem se passar por vítimas", disse, em alusão ao acordo militar firmado com os EUA. A tensão entre os dois países vem aumentando desde que a Colômbia anunciou um acordo militar com os Estados Unidos que permitirá a militares americanos acesso a sete bases militares em território colombiano. Para o governo de Hugo Chávez, o acordo desestabiliza a região e é parte de um “plano de guerra” contra a Venezuela. Chávez não suporta a independência do presidente Alvaro Uribe, da Colômbia, completamente fora da sua zona de influência e ainda por cima antenado com o governo americano. Há duas semanas, Chávez ordenou que militares e civis se preparassem "para a guerra para garantir a paz". Essas declarações foram interpretadas pelo governo de Álvaro Uribe como uma “ameaça de guerra”, o que levou Bogotá a apresentar uma reclamação contra a Venezuela na Organização de Estados Americanos (OEA) e na Organização das Nações Unidas (ONU). Foto: Reuters A última troca de farpas entre os dois governos ocorreu na quarta-feira, quando Chávez chamou o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, de "desgraçados" devido a críticas à União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Foto: Reuters Para o governo venezuelano, a frequência cada vez maior de conflitos na fronteira com a Colômbia e a presença de paramilitares colombianos em território venezuelano é parte de uma “estratégia” que coincide com a presença norte-americana na Colômbia para “desestabilizar” a revolução liderada por Chávez. Foto: Reuters Algumas das 27 famílias que vivem na localidade Cañoral disseram que as pontes suspensas eram a única forma que eles tinham para atravessar a fronteira. Cada uma tinha mais de 25 anos de construídas e, através deles passava todas as mercadorias e produtos entre os dois países. Foto: Reuters O mais grave dessas provocações, é que sempre há o risco de alguém perder a calma e cometer um desatino, disparando uma arma ou um explosivo que provoque a morte de pessoas inocentes, de um ou outro país o que pode sim, dar início a um indesejável conflito armado no continente sulamericano. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário