A Empresa de Urbanização do Recife (URB), não viu um trem passando por baixo do viaduto Capitão Temudo, tocaram um projeto de ampliação de 1976, quando não havia metrô no local, além do atraso da obra, vão gastar a mais R$ 3 milhões para consertar a displicência incompetente
Foto: Blog do Jamildo
Com explicar não avistar um trem do tamanho do metrô? Como uma obra acrescida em R$ 3 milhões não acarreta prejuízo?
Fontes: Jornal do Comércio, Blog de Priscila Krause, Blog do Jamildo
A duplicação do Viaduto Capitão Temudo, na Ilha Joana Bezerra, uma das principais obras viárias da cidade, responsável pela ligação do Centro à Zona Sul, estava sendo tocado conforme havia sido elaborado em 1976, sem nenhuma atualização.
No meio da execução do projeto descobriu-se que incrivelmente, não se tinha percebido que o terreno havia mudado, e pelos menos dois, dos oito pilares necessário para a sustentação do viaduto, seriam deveriam ser assentados entre as linhas do metrô.
A superintendência do Metrô do Recife (Metrorec) informou à prefeitura que, para levantar os pilares e tocar a obra neste trecho, os operários só poderiam trabalhar três horas e meia por dia, por questão de segurança.
Paralisar todo o sistema para construção dos dois pilares acarretaria 200 mil pessoas sem transporte público enquanto o trecho da duplicação estivesse sendo erguido. O horário diário proposto seria entre meia-noite e 3h30, período em que é possível desligar a rede de energia com 3 mil volts. A prefeitura descartou a proposta do Metrorec.
Até dezembro, prometem apresentar novo projeto para avaliação. Em razão disso, vai ser assinado um contrato aditivo. As obras, orçadas em R$ 32 milhões, deveriam ser entregues em outubro. O novo prazo é junho do próximo ano e o novo preço, 35 milhões.
Vão ter que alterar a quantidade de pilares, de oito para seis, e recalcular as peças estruturais (fundação, vigas e pilares), pois, haverá aumento nos vãos.
Foto: Divulgação

INVISIVEL: Para Prefeitura do Recife, esse trem não existe
O presidente da Empresa de Urbanização do Recife (URB), Jorge Carreiro, tentou embromar alegando que não houve prejuízo para o município:
“Se tivéssemos feito a atualização, a solução seria a que vamos apresentar agora. Não teríamos outra solução de engenharia. Então, haveria este aumento de R$ 3 milhões da mesma forma no contrato original.”
A afirmação é altamente contestável: com menos pilares e com a situação já definida desde o começo, as empresas que participaram da licitação, poderiam ter apresentado inclusive preços menores. Agora, a prefeitura vai pagar a empresa vencedora do contrato, para fazer o novo projeto, o que será um custo adicional que não aconteceria se o projeto estivesse correto desde o princípio.
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