MUNDO LOUCO: Universitária do mini-vestido foi expulsa
MUNDO LOUCO Universitária do mini-vestido foi expulsa A Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN) tomou uma decisão inesperada e polêmica na história da estudante que ao chegar à escola com um vestido curtíssimo, provou uma reação selvagem e histérica em cerca de 700 alunos e foi necessária a intervenção da polícia para que a moça saísse do campus em segurança
Fotos caputuradas de vídeos Fontes: Portal Terra, O Globo, Folha de São Paulo, Estadão
Segundo Décio Lencioni Machado, assistente jurídico da instituição, Geisy "tem uma postura incompatível com o ambiente da universidade", pois sempre utiliza roupas curtas e decotes e tinha atitudes "insinuantes". Essa é uma velha teoria de advogados criminalistas defensores de estupradores, tentam passar a culpa para a vítima, que teria provocado o crime. Anteriormente a Universidade não havia tomado nenhuma providência sobre a forma da estudante se vestir para assistir as aulas, assim, tão responsável quanto ela, seria a direção da escola, pelos incidentes. Geisy não é uma criaturinha inocente, e não teria obrigação de sê-lo, desde que não esteja prejudicando ninguém, pode circular com a roupa que desejar, a não ser que sejam estipuladas regras claras dentro do campus, válida para todas as pessoas, quanto à natureza da vestimenta.
Isso nos arremete as freiras do Colégio Nossa Senhora do Carmo que mediam o tamanho das saias das meninas ao entrarem para as aulas e o colégio onde só estudavam mulheres. Mesmo assim, a nossa vizinha “Do Carmo”, ao voltar para casa, no percurso para o ponto do ônibus, dobrava o cós da saia, encurtando de uma maneira perturbadora, isso nos anos 60. Afora as homenagens que prestávamos a “Do Carmo” assim que ficávamos sozinhos, nunca ninguém a agrediu e muito menos atacou. Em nome da nossa comunidade masculina da época, somos até agradecidos pela generosidade. Recordações a parte, devemos lembrar que a Universidade é um local aonde as pessoas também vão se educar. No instante em que a direção universitária toma essa atitude, de punição desequilibrada e machista, está autorizando a que fatos como esse se repitam. Quem estudou em Universidades sabe de várias histórias de meninas como Geisy, que se expunham mais, durante o curso e que depois, amadurecidas e profissionais, tornam-se pessoas úteis e importantes para a sociedade, preocupando-se ou não em serem sensuais e exibidas. Quem já não foi assistir a uma aula, pelo menos uma vez, vestida para matar?
No Brasil onde as meninas são estimuladas desde tenra idade a usar roupas sensuais e se insinuar, a atitude dos colegas da universidade é no mínimo um fenômeno sociológico perturbador. A estudante afirmou que pretende processar a Uniban. "Como me expulsaram? Que absurdo. Eu fui a vítima, quase fui estuprada, como puderam fazer isso?", disse. A mensalidade do curso, de R$ 310, é paga pelo pai dela, que é supervisor de serviços - Geisy trabalha, o patrão disse que ela tem um comportamento exemplar no ambiente de trabalho. Segundo Machado, o que levou à decisão não foi o vestido, mas a "postura" dela. "O problema não era a roupa, mas a forma de se portar, de falar, de rebolar." De agora em diante, com o risco de terem que indenizarem a jovem, a direção da escola, vai tentar denegrir a reputação da moça.
A mídia a está assediando de forma cruel e ela não está preparada para essa visibilidade instantânea, mesmo os que fingem defendê-la, como a BAND, que contratou, segundo ela, um advogado para defendê-la e processar a Universidade, quer explorar o fato, enquanto ela for notícia. Adoram escrever junto à imagem dela a palavra exclusivo. Depois de consumida, ao máximo, ela será jogada de volta ao anonimato. Muito difícil que a universidade desembolse qualquer valor para indenizá-la, mesmo que seja condenada, vai ficar recorrendo, até a menina desistir, por não ter cacife para pagar advogados. Caso pegue um juiz machista, pode até ser condenada a pagar as despesas processuais. Vai acabar aparecendo tirando o vestido em alguma dessas revistas, o que será um fim ainda mais deprimente para essa história. |
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