Uma bomba entre os trilhos fez descarrilar o luxuoso e veloz "Nevski Express" na rota Moscou – São Petersburgo. O ataque aumentou o temor de haja uma escalada de violência no interior do país patrocinada por rebeldes islâmicos
Foto: Anatoly Maltsev/European Pressphoto Agency
Investigadores e equipes de resgate no local do acidente
Fontes: Último Segundo, Estadão, BBC Brasil, The New York Times, AFP, Le Figaro
Pelo menos 25 pessoas morreram, 26 estão desaparecidas e outras 104 ficaram feridas, algumas em estado grave, depois que um trem de alta velocidade, o "Nevski Express" que fazia a rota entre Moscou e São Petersburgo descarrilou, a 200 quilômetros a noroeste da capital, na sexta-feira à noite, por causa da explosão de uma bomba.
As informações ainda são controversas apesar do acidente ter ocorrido há três dias. O ministro de Situações de Emergência, Serguei Shoigu, na saída de uma reunião da comissão governamental criada para investigar o desastre, fez questão de explicou que "esses 26 desaparecidos, não estão nem no hospital entre os feridos, nem entre os mortos".
Foto: Anatoly Maltsev/European Pressphoto Agency
Como o acidente aconteceu numa área remota, ficou mais difícil para as equipes de resgate
O Artefato de fabricação caseira, com uma potência equivalente a 15 quilos de TNT, que deixou uma cratera de cinco metros de profundidade, estava aparentemente plantada sobre os trilhos e detonou enquanto a segunda metade do trem estava passando.
Entre passageiros e tripulantes, viajavam, a bordo dos 14 vagões do luxuoso trem, 682 pessoas.
O Nevski Express desenvolve uma velocidade de até 200 km/h e cobre em 4 horas e 30 minutos os 740 quilômetros que separam Moscou e São Petersburgo e é considerado um meio privilegiado de transporte, utilizado pela elite do país e por turistas endinheirados. A ministra da Saúde, Tatiana Golikova, informou que seis estrangeiros estão entre os feridos: um italiano, um belga, um azerbaijano, um bielorrusso e dois ucranianos. E entre os mortos estava um ex-senador e um alto funcionário federal no Ministério da Economia.
Foto: Associated Press

Escombros diante de um vagão do trem Nevski Express
Este é o segundo atentado terrorista contra o "Nevski Express" em pouco mais de dois anos. Em 13 de agosto de 2007, o mesmo trem Nº 166 "Nevski Express foi avariado com explosivos, resultando em 60 pessoas feridas.
O governo russo afirma que foi o grupo separatista checheno liderado por Doku Umárov que havia colocado o explosivo.
Em outubro desse ano, foram detidos Salambek Dzaijkiev y Maksharil Judríev, habitantes da república russa de Ingushetia, como suspeitos de envolvimento com o atentado. Em 24 de novembro passado, foram condenados na causa sob a acusação de haver adquirido e transportado o explosivo. Mas o caso ainda tem pontos nebulosos.
Foto: Associated Press

Os feridos reclamaram da demora em serem socorridos
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