Como ponto alto das comemorações a chanceler alemã, Angela Merkel, que era da Alemanha Oriental, refez o caminho que percorreram 20 anos atrás para cruzar a primeira brecha aberta entre as duas Berlim, na Bornholmer Strasse, no dia da queda do muro em 09 de novembro 1989
Foto: Reuters
A chanceler alemã, Angela Merke lembrando sua caminhada de 20 anos atrás
Fontes: BBC Brasil, G1
Cerca de 100 pessoas reviveram hoje com a chanceler alemã, Angela Merkel, e os ex-presidentes soviético e polonês Mikhail Gorbachov e Lech Walesa o caminho que percorreram 20 anos atrás para cruzar a primeira brecha aberta entre as duas Berlim no dia da queda do muro.
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As brechas foram sendo aberta, em várias partes do muro, algo que parecia inacreditável
Essa passagem, na Bornholmer Strasse, entrou para a história coma a primeira que permitiu o trânsito livre, depois que o membro do Politburo da extinta RDA Guenter Schabowski leu, em 9 de novembro de 1989, o comunicado da República Democrática Alemã que abria as fronteiras.
Merkel acompanhou hoje essas pessoas na recriação desse trajeto em direção à liberdade, não só como chefe de Governo da Alemanha, mas também como uma das milhares de pessoas que nessa noite histórica cruzaram a Berlim Ocidental pela rua Bornholmer, ainda que só por algumas horas.
A chanceler destacou que a caminhada popular foi, dentro dos atos com o que hoje se lembra o 20º aniversário da queda do muro, "o mais parecido com o que ocorreu naquela noite", muito mais que "os encontros diplomáticos".
Merkel, nascida em Hamburgo e criada na RDA, não só comandou as cerimônias e reviveu sua passagem para o outro lado, mas também atuou, de forma improvisada, como jornalista, perguntando às testemunhas sobre detalhes daquela noite.
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Durante a divisão de Berlim, que durou de 1961 a 1989, a chamada "Faixa da Morte" corria junto à ponte de metal que coroa a estação ferroviária da Bornholmer Strasse, o primeiro o controle que permitiu a passagem generalizada, perante a pressão popular das cerca de mil pessoas Em 1989, a queda do muro levou ao colapso do poder comunista no Leste Europeu, à reunificação alemã e ao fim da Guerra Fria.
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Construção do muro
A Alemanha Oriental comunista ergueu o muro de concreto com 155 quilômetros de extensão em torno de Berlim Ocidental em 1961 para evitar que moradores do lado comunista fugissem para o reduto capitalista.
Acredita-se que mais de cem pessoas tenham morrido tentando escapar pelo muro.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também participam das comemorações, junto e o ex-premiê húngaro Miklos Nemeth – que, com a decisão de abrir as fronteiras do país, foi o primeiro a permitir que alemães orientais fugissem para o Ocidente.
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Centenas de dominós gigantes feitos de espuma, pintados por jovens com mensagens de liberdade, foram alinhados na linha onde ficava o muro e serão derrubados às 20h representando como os governos comunistas da Europa do Leste foram caindo, um após o outro.
As festividades serão encerradas com um show de fogos de artifício e um show com músicos de vários países.
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