Absolvidos seguranças acusados de envolvimento nos assassinatos de PC Farias e Suzana Marcolino
BRASIL – Justiça - Alagoas Absolvidos seguranças acusados de envolvimento nos assassinatos de PC Farias e Suzana Marcolino Os seguranças de PC Farias, foram inocentados de participação da morte do mafioso tesoureiro da campanha de Fernando Collor e sua namorada. Os jurados avaliaram, porém, que os dois foram assassinados, não acatando a tese da defesa de que Suzana teria matado PC e suicidado em seguida. O promotor Marcos Mousinho havia comentado na sua treplica: "Só quem sabe [quem matou PC Farias e Suzana] são eles (os seguranças). Não vamos ter ilusões: nós nunca saberemos", disse. A sentença foi lida após cinco dias de julgamento. Foto: Jonathan Lins/G1 Postado por Toinho de Passira Alagoas 24 horas O júri popular do Tribunal do Júri do Fórum de Maceió decidiu absolver os quatro seguranças acusados pela morte de Paulo César Farias, o PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, crime ocorrido em 1996. A sentença foi lida em plenário nesta sexta-feira (10), após cinco dias de julgamento. A plateia aplaudiu o resultado, e os familiares agradeceram a Deus. O juiz Maurício Breda pediu que o irmão de PC Farias, Augusto, seja denunciado por corrupção ativa. Devido a provas exibidas durante o julgamento. PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos em uma casa de Praia de Guaxuma, Alagoas, em junho de 1996. O veredicto foi por maioria, 3x4. Os jurados entenderam que houve o crime de duplo homicídio, e não de suicídio, como queria a defesa. Os jurados entenderam também que três dos seguranças tinham o dever legal de impedir o crime, e podiam tê-lo feito, mas não deveriam ser condenados por omissão. "Eles foram absolvidos por clemência", afirmou o juiz. Os policiais Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, então seguranças de PC Farias, foram acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por não terem impedido as mortes. Durante a leitura da palavra "absolvidos", os familiares dos réus comemoraram no plenário, e José Geraldo ajoelhou-se em frente ao banco dos réus. Ao final, muitos aplausos. Os réus se abraçaram e choraram no plenário. Reinaldo disse que esperava o resultado. "Estou aliviado e dever cumprido. Estava com a consciência tranquila", disse.
A sentença foi lida no plenário do Fórum de Maceió às 21h pelo juiz Maurício Breda, que decidiu pedir que o irmão de PC Farias, Augusto César Farias, seja denunciado pelo crime de corrupção ativa. Breda informou que vai encaminhar ao Ministério Público uma gravação de dois delegados que, no júri, acusaram Augusto de ter oferecido propina para que ele não fosse investigado, por meio de um jornalista, em 1999. Augusto chegou a ser apontado como mandante das mortes, mas o inquérito foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas. Ele tinha foro privilegiado. "Não há como ter operado a prescrição pela prática do crime de corrupção ativa", afirmou o magistrado. O advogado José Fragoso Cavalcante afirmou estar "satisfeitíssimo" com o veredicto, e o promotor Marcos Mousinho anunciou que vai recorrer. "Os réus reconheceram que houve um duplo homicídio. Tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, PC Farias era apontado como uma das pessoas mais próximas do então presidente. Ele foi denunciado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. No dia 23 de de junho ambos foram mortos a tiros em um crime que permanece não esclarecido. O promotor do caso tem cinco dias para decidir se vai recorrer da decisão. |
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