27 de jul. de 2009

O que foi fazer Michel Temer em Paris?

O que foi fazer Michel Temer em Paris?
O presidente da Câmara disse que as despesas pagas pela empresa francesa que quer vender 4 bilhões ao Brasil foi um lobby charmoso, no que concordaram mais sete deputados de vários partidos que o acompanharam para flanar em Paris. Ficou por isso mesmo?

Fotomontagem “thepassiranews”

Michel Temer fingindo que não viu que foi a empresa do avião de caça Frances, que pagou sua passagens e estadia em Paris

Fontes: Folha de São Paulo, Blog Antônio Ribeiro - Paris, Portal da Deputada Lúcia Cardoso

Recebemos emails reclamando com fundamento, que repercutimos a permanência do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, na França, e seu famoso jantar, discreto e fora da agenda, no Chateau Dassault, pertencente a mesma empresa que estão vendendo aviões ao Brasil, e não falamos uma linha dos sete parlamentares federais, que foram financiados «teiduos e manteudos», pela mesma empresa passear em Paris.

Disseram que Nelson Jobim tinha «uma história cobertura» muitas vezes melhor que os nossos deputados, já que sendo Ministro da Defesa, estava em Paris representando o governo brasileiro, no dia nacional frances, tem a ver com a compra dos esquipamentos e apenas jantou a luz de velas com os fornecedores, um pecadilho, além de ter antecipou a chegada em alguns dias, esticado a permanência por mais um fim de semana e acabado entrando de férias em plena «Champs Elisée».

O presidente da Câmara Michel Temer, e sua trupe multi-partidária foram a Paris à toa, financiados desde que puseram os pés no avião em Brasília até a volta ao Brasil, pela Dassault, a mesma empresa que nos vendem dois bilhões em aviões de de caças e que convidou Jobim para um jantar intímo.

Para não dizer que estamos escondendo os outros intrepidos parlmentares vamos solemente anunciá-los : o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), o líder do PT, Candido Vacarezza (SP), líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), o presidente da Frente Parlamentar de Defesa Nacional, Raul Jungmann (PPS-PE), o vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Maria Lúcia Cardoso (PMDB-MG) além de Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Carlos Zarattini (PT-SP).

Fotos: Facebook, Antonio Cruz/ABr e Fabio Pozzebom/ABr

GOVERNO:Maria Lúcia Cardoso–PMDB, Candido Vacarezza–PT,Ibsen Pinheiro-PMDB e Carlos Zarattini-PT

Como se vê foi gente do alto clero, figuras expressivas como o nosso ilustre Ronaldo Caiado, a voz da oposição a denunciar os desmandos do governo, tal qual José Aníbal, o tucano falador. Para os pernambucanos surpreende vê o paladino defensor das instituições brasileiras, o deputado e ex-ministro Raul Jungmann no meio dessa história tão mal explicada.

Piora as coisas e mostra que foi uma “escapadela” premeditada e consciente, os nossos congressistas usaram um disfarce fingindo que haviam sido convidados pelo Instituto de Altos Estudos de Defesa Nacional, IHEDN na sigla em francês.

O blogueiro da Veja em Paris Antonio Ribeiro ouviu de Julien Chaboud, o responsável do IHEDN pela organização da visita dos palarmentares brasileiros, um desmentido categorico de que o instituto havia pago as despesas dos parlamentares brasileiros.

"Não mesmo, não pagamos passagens e estadias em hóteis ", disse ele.

O blogueiro foi a Embaixada do Brasil na França e soube que os nossos deputados não queriam, como é de praxe, que a imprensa fosse informada da presença deles em Paris, pelo cotrário informaram os parlamentares pediram discrição.

Fotos: Valter Campanato/ABr , Wilson Dias/Abr e Antonio Cruz/ABr

OPOSIÇÃO: Raul Jungmann – PPS, José Aníbal PSDB e Ronaldo Caiado- DEM

Tinham motivo pedir mesmo, pois estes sete importantes líderes estavam deixando o Brasil para passear na França durane o expediente parlamentar, em plena discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias, para o próximo ano.

A Folha de São Paulo registrou sem meias palavras que na verdade a “viagem faz parte de um lobby militar francês para venda com transferencia de tecnologia de 51 helicopteros, 5 submarinos — um deles de propulsão nuclear — e de 36 aviões caças Rafale que ainda dependem de um parecer tecnico da Aeronáutica que podem optar pelo F-18 Super Hornet, da americana Boeing, ou o Gripen NG, fabricado pela sueca Saab.”

Abordado pela Folha Michel Temer com seu nariz de ex tucano disse disse que "houve um lobby muito saudável e elegante".

Para o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP) não existe lobby. "Não decidimos nada." Os nobres deputados são modestos, pelas suas mãos passa sim, a decisão final da despesa, afinal a compra do equipamento militar envolve o Orçamento da União e é votada no Congresso.

A deputada Maria Lúcia Cardoso, disse mais tarde no seu portal da Câmara que a viagem foi uma maratona. É verdade, fazer compras na Galeria Lafayette nessa época de liquidação deixa qualquer perua exausta.

Segundo o presidente da Câmara, os franceses estão querendo "sensibilizar" os congressistas brasileiros que assistiram o desfile militar do 14 de Julho como convidados de honra na Tribuna Presidencia, na Praça da Concordia.

Por mais ironia da situação Temer, que defende a permanencia de José Sarney na presidência do Senado, da França seguiu para Genebra, onde participa de um seminário sobre transparência parlamentar. Ah!ah!ah!


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