5 de jul. de 2009

Manuel Zelaya não pousou em Honduras

Manuel Zelaya não pousou em Honduras

O circo latino americano das republica bananeiras argentina, equatoriana, paraguaias, venezuelanas e hondurenhas passaram o domingo num espetáculo pastelão, mal ensaiado, repleto de canastrões, com enredo de péssimo gosto, só faltou Lula

Foto: El Heraldo/Reuters

Zelay dá entrevista em Washigton acompanhado da presidente argentina e do presidente do Equador, fingindo que estaria voltando

Fontes: El Heraldo, Estaão, El Heraldo, La Prensa

Zelay dá entrevista em Washigton acompanhado da presidente argentina e do presidente do Equador afirmando que estava voltado, sabia que não era verdade Mesmo sabendo que estava indo para El Salvador, o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya avisou, de manhã, do aeroporto de Washington, que chegaria as 16h00min horas, em Tegucigalpa, acompanhado pelo presidente da Assembléia Geral da ONU, Miguel Nicaraguan D'Escoto, da presidente da Argentina Cristina Kirchner, do presidente do Equador Rafael Correa e do presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

Foto: La Prensa

O aeroporto de internacional de Toncontín na capital Tegucigalpa está cercado pelo exercito e por partidários de Manuel Zelaya, funciona precariamente e algumas companhias aéreas cancelaram todos os vôos para a capital de Honduras. Não havia a menor condição de um avião com a tal delegação aterrissar, até porque o plano de vôo não havia sido aprovado, com essa escala.

Logo cedo o avião presidencial argentino, através da presidente Cristina Kirchner, já havia pedido permissão para entrar em território hondurenho, mas o pedido foi negado pela força aérea de Honduras, como a medida de segurança, devido a problemas de ordem política interna.

Foto: Imagem de arquivo

O falcon venezuelano em que conduziu Zelaya a El Salvador

O presidente deposto Manuel Zelaya partiu de Washington, supostamente rumo a Tegucigalpa a bordo de um avião de matrícula YV-1496, de origem venezuelana. Na verdade o avião saiu com destino de El Salvador, pois ao tentar aprovar o plano de vôo na capital americana, as autoridades aeronáuticas de Honduras, negaram a permissão.

Depois de muito suspense e tensão os hondurenhos ficaram sabendo que o avião que transportava Zelaya havia feito uma “parada técnica” em El Salvador.

Durante a viagem, Zelaya manteve a versão que estaria realmente voltando e ordenou aos militares a abertura do aeroporto da capital do país.

"O presidente constitucional está viajando neste avião", disse ele em entrevista a emissora Telesur, fazendo um pedido de diálogo e reconciliação ao Estado Maior e às Forças Armadas.

"Em algumas horas estaremos chegando a Honduras", disse Zelaya, chamando "todos os hondurenhos ao diálogo [...] para que deponham todo ato de violência". "Todos somos parte de um mesmo povo, de uma mesma nação", falou antes de afirmar que seu retorno é "pacifico". "Tratemos de manter a calma", disse o presidente deposto, convidando à população a "caminhar até o aeroporto" e falar "com os policiais e soldados".

Foto: Getty Images

Zelaya estava instigando os seus partidários que fosse ao aeroporto pressionar as Forças armadas, felizmente por contenção de parte a parte, ainda não houve confrontos, mas a situação continua tensa e a violencia está no ar, como os aviões venezuelanos postos a disposição de Zelaya.

Foto: Reuters

A intenção é por o novo governo com a cara de um Golpe Militar

A intenção de Manuel Zelaya é criar fatos novos, para se manter na mídia e pressionar o governo do presidente Roberto Micheletti, através dos seus partidários, mantendo um clima de tensão permanente no país.

Faz o governo usar cada vez mais as forças armadas, para dá um aspecto de Golpe Militar, além da possibilidade, que lhe seria favorável da situação descambar para a violência.

Foto: Reuters

Partidários de Zelaya destroem um outdoor de apoio ao novo governo

Banho de sangue por um fio

Foto: Reuters

Durante a tarde, os simpatizantes de Zelaya tentaram romper o cordão de isolamento e invadir o aeroporto, houve pancadaria e gas lacrimogeneo, chegaram a divulgar a existencia de mortos no local, noticia depois desmentido pela Cruz Vermelha<

Fontes: El Heraldo

A qualquer momento a crise hondurenha pode se transformar num banho de sangue. Estão acendendo velas para um defunto ruim. Deixassem o país caminhar naturalmente, em novembro ocorreriam eleições gerais, um novo governo com respaldo nas urnas estabelecer-se-ia e tudo estava resolvido domesticamente, sem maiores traumas.

É visível que Zelaya desrespeitou e desafiou todas as instituições do país, no intuito de dar um Golpe de Estado Branco, que foi barrado pela Suprema Corte.

Essa pressão toda de poderosos, inclusive a disputa por espaço político entre Obama e Chávez, só acentua os problemas do pobre país da America Central, sacrifica o seu povo e dão destaques a figuras canhestras, como esses presidentes latinos da estirpe de Argentina Cristina Kirchner e Hugo Chávez, atolados em problemas dentro do seu país, e gastando tempo e energia para defender Zelaya, temendo ter o mesmo destino.

Lula é quem está certo, nesse momento jantando no restaurante do Hotel Meurice, longe dessa besteirada latino americana.

Porém, não nos enganemos, Lula vai meter o seu bedelho nessa questão, assim que voltar. Afinal como Cristina Kirchner ele prefere até ir para Tegucigalpa a ter que enfrentar Brasília e a crise do Senado.


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