Os civis dão o golpe e os militares pagam a conta
Os civis dão o golpe e os militares pagam a conta
Foto: Getty Images Fonte: Militar Legal
Era o presidente civil, Manuel Zelaya que estava indo de encontro à Constituição e a obediência as normas emanadas dos outros poderes, e foram os civis que resolveram destituir o presidente, por não ter cumprido os preceitos constitucionais. O Chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Honduras, general Romeo Vásquez, é a única figura militar de destaque nessa crise, assim mesmo destacou-se, porque foi destituído do cargo, pelo então presidente Zelaya, por se negar a descumprir ordens da Suprema Corte. A demissão do general foi declarada ilegal pela justiça, para onde o militar recorreu, por se considerar injustiçado, como faria qualquer cidadão cônscio dos seus direitos. Depois disso a Suprema Corte determinou que as forças armadas fossem a casa do presidente na manhã do domingo, para impedir a realização do plebiscito ilegal, negociando sua prisão, ou sua renúncia, obrigando-o a deixar o país.
Não foi o General Romeo quem executou essa determinação judicial, foi o seu superior hierárquico o comandante do Exército. Zelaya para não ser preso assinou uma carta de renuncia, e foi posto na Costa Rica de pijamas. Quem assumiu o poder depois disso, foram civis: o presidente do Congresso, Roberto Micheletti, depois que os parlamentares aprovaram a destituição de Manuel Zelaya e a sua posse no cargo, até o fim do mandato do então presidente, que termina em 15 de janeiro. Desde então as forças armadas de Honduras, tem tentado a todo custo, sem violência, manter a paz no país, enfrentando baderneiros que ao invés de demonstração satisfação de forma pacifica, o faz atacando a tropa, que tem se comportado de forma muito mais comedida, que muitas forças de países ditos civilizados e democráticos por aí.
No momento não há nenhum militar em qualquer cargo que não seja referente a sua função nas forças armadas e nenhum militar é candidato a presidente da republica. Se golpe aconteceu em Honduras, foi um golpe civil, causado por civis, gerenciado por civis, e aproveitados por civis. A bem da verdade, os militares cumpriram a ordem da Suprema Corte dentro dos padrões da caserna, rápido e ao pé da letra: aceitar uma renúncia por escrito, naquelas condições, foi uma ingenuidade, e não permitir que o homem trocasse de roupa e fosse para o exílio de pijamas, (foto) também não pegou bem. No mais, os militares não tem nada com isso. |
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