Chávez planeja volta terrestre de Zelaya à Honduras

Chávez planeja volta terrestre de Zelaya à Honduras Irritados por terem concluídos que a Secretaria Hillary Clinton os enganou com a historia da moderação, Chávez e Zelaya vão reagir com uma nova tentativa de volta ao país do presidente deposto pelo método “ou vai ou racha” Foto: Reuters Hoje são pedras, amanhã serão fuzis" - diz a inscrição num muro em Tegucigalpa Fontes: ANSA Latina, BBC Brasil O presidente venezuelano, em tom de ameaça, avisou numa entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros em Caracas: "Zelaya vai entrar, está resolvido a entrar, não sei por onde, se por água, por ar, mas Zelaya vai entrar em Honduras", disse o presidente venezuelano. Os comentários de Chávez pareciam prestes a reacender os temores de que ele e outros países aliados esquerdistas de Zelaya, como Cuba e Nicarágua, estão procurando ajudar o presidente deposto a retomar o cargo pela força ou por uma insurreição popular. Foto: AP "Nós temos medo, porque não temos medo" - escreveu outro manifestante Tegucigalpa está cheia de inscrições ameaçadoras, de mensagens advindas de partidários de Zelaya, que sempre ataca as forças armadas com pedras e paus numa fúria avassaladora, com, de que esses ataques poderão ser feitos, num instante seguinte com armas de fogo. A princípio estão querendo assustar os defensores do presidente atual, Roberto Micheletti, que segundo pesquisa é a maioria, mas não parece disposta ao enfrentamento físico com os partidários de Zelaya, principalmente, o pessoal trazido do interior, para a capital desde o domingo, que tem revelado uma disposição de demonstrar apoio de forma muito pouco pacífica. Com um só cadáver, os partidários presidentes latinos, apoiadores do deposto Manuel Zelaya, não conseguiram ainda motivar os americanos e a opinião pública regional a um vale tudo intervencionista, contra os que assumiram o poder em Honduras. Por isso estão preparando essa nova investida, que resultará num confronto armado com as forças armadas, proporcionando o temido banho de sangue Quando houver uma indignação mundial, Manuel Zelaya aparecerá em Tegucigalpa à frente de militares descontentes com o novo governo e tentará desmobilizar os que assumiram o poder em seu lugar. Isso poderá acontecer já nesse fim de semana. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, desgostoso com a presença do costa riquenho Óscar Arias, atraindo os focos como possível solucionador do problema, vociferou contra os americanos, enquanto Zelaya que vai precisar de Obama, depois da sua possível volta ao país, continua elogiando o governo dos Estados Unidos. Para tanto na entrevista a jornalistas estrangeiros em Caracas, Chávez, nesta sexta-feira disse ter nascido "morta" a tentativa de diálogo para solucionar a crise em Honduras e considera, dando o beneficio da “boa fé” que os americanos erraram em propor a negociação. O presidente qualificou de "indigna" a tentativa de se abrir as conversas, tratando da mesma maneira o presidente eleito e o “usurpador”, que segundo ele é o único beneficiado com esse expediente. E no seu estilo panfletário pediu através da imprensa que o presidente Obama corrigisse o erro da Secretaria Hillary Clinton, tentando poupar o mandatário americano de culpa e motivá-lo a uma ação mais direta. Enquanto o presidente deposto diz que não revelará quais serão os seus próximos passos, Hugo Chávez, praticamente revelou que Zelaya pretende voltar ao país via terrestre, possivelmente, através da Nicarágua. Ao mencionar que Zelaya voltaria de qualquer maneira, Chávez explicitou a possibilidade disso acontecer por “água e por ar”, deixando de citar a chance da via terrestre, a mais simples e viável, com a conivência do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega , como se quisesse “esconder” a verdadeira forma como pretendem fazer voltar Manuel Zelaya a Honduras e ao poder.