2 de abr. de 2009

Não inspira confiança, o novo governo israelense

Não inspira confiança, o novo governo israelense
O novo gabinete começa sob a suspeita de negociatas e concessões de toda ordem, com risco de ingovernabilidade e existência curta.

Foto: Reuters

O primeiro Ministro Netanyahu o Presidente Shimon Peres (sentadosR) e os 30 ministros que quase não cabem na foto, parece o governo daquele país latino americano

Fontes: G1 , Ultimo Segundo

Benjamin Netanyahu, 58, do partido direitista Likud, tomou posse novamente como Primeiro Ministro de Israel, superando eleitoral e politicamente a sua concorrente a ex-Ministra de Assuntos Exteriores Tzipi Livni.

A biografia política de Netanyahu, fala de um populista ambicioso, com história de corrupção que envolveu até a sua mulher Sara e que acabou lhe tirando do cargo em 1999.

Sem que nada o inocentasse volta ao cargo porque o atual primeiro Ministro Ehud Olmert, deixa o cargo justamente por suspeitas de corrupção e a sua adversária Tzipi, não teve estomago para fazer as alianças a que ele se submeteu.

Netanyahu assume aos trancos e barrancos, apoiado por fundamentalistas nacionalistas e religiosos radicais, depois de ter negociado sem preconceitos ou preocupações éticas, loteando cargo e se comprometendo com o que de pior existe no mundo político judeu, coisa de fazer o PMDB de Sarney e Renan vomitar.

O mais marcante disso tudo é que seu programa de governo rejeita a criação e o reconhecimento de um Estado palestino.

Para abrigar satisfatoriamente todas as facções que lhe apóiam, e principalmente satisfazer os lideres do seu partido, Likud, teve que dividir e criar ministérios, e até aumentar o número de assentos no Parlamento, tamanha a proliferação de cargos, que incluem cinco de vice-primeiros-ministros e três de ministros sem pasta.

Resultado, os israelenses com um território do tamanho do Estado de Sergipe, acabaram uma máquina gigantesca, trinta ministério, a maior máquina administrativa da sua história, desde os tempos de Abraão.

Israel politicamente, nesse instante, assemelha-se a qualquer republiqueta latina americana, com o diferencial de milênios de história que deveriam ter lhe servido de aprendizado e o complicador de ter uma guerra milenar para combater.

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