14 de abr. de 2009

Evo Morales encerra greve de fome

Evo Morales encerra greve de fome
Saiu finalmente nova lei eleitoral boliviana

Foto: Reuters

Morales com uma cópia da nova lei nas mãos

Fontes: BBC Brasil, El Deber, Jornada Net

O Congresso da Bolívia aprovou nesta terça-feira a nova lei eleitoral que permitirá a realização de eleições presidenciais antecipadas no dia 6 de dezembro, abrindo as portas para que o índio cocaleiro Evo Morales, seja reeleito.

Em pleno clima de campanha o presidente boliviano deixou a desnecessária “greve de fome”, quinze minutos após a aprovação da lei pelo Congresso.

Os cinco dias de greve de fome rendeu-lhe mais prestígio e carisma entre o povo que o vê como alguém capaz de sacrifícios extremos para ajudar o país, pondo a oposição, como vilão, pelo progresso do país.

No fim a lei eleitoral aprovada tem mais a cara da oposição do que a lei que Evo queria fosse aprovada, mas de fora da impressão que ele venceu sozinho mais uma batalha contra os seus adversários.

Cedendo a uma exigência da oposição, o presidente concordou em mudar o sistema eleitoral, adotando novidades tecnológicas para evitar fraudes no pleito.

As autoridades eleitorais farão a coleta das digitais dos eleitores, que também serão fotografados e terão suas assinaturas digitalizadas.

Foto: Reuters

Morales quando da greve de fome, no Palácio Presidencial, seguido por milhares de bolivianos em todo o país, conseguindo mais dividendos eleitorais.

Ao mesmo tempo, o governo concordou em reduzir de quinze para sete, o total de cadeiras destinadas às minorias dos grupos indígenas das áreas rurais do país.

O último item do entendimento foi a permissão para cerca de 300 mil bolivianos, que moram no exterior, possam votar.

Morales chegou à Presidência em janeiro de 2006 e seu atual mandato termina no ano que vem. Pesquisas de opinião indicam que ele seria reeleito caso as eleições fossem hoje.

Pela antiga lei eleitoral, Morales não poderia ter dois mandatos consecutivos.

Em dezembro, além da eleição para presidente, os quatro milhões de eleitores bolivianos vão eleger legisladores para a Assembleia Plurinacional, que substituirá o Congresso Nacional.

Ao mesmo tempo, os eleitores de cinco departamentos (Estados) - também pela autonomia regional.

Os demais Estados já realizaram essa votação, gerando na ocasião forte disputa política com o governo central. La Paz, Chuquisaca, Cochabamba, Potosí e Oruro - votarão

Foto:AP

Milhares de partidários de Evo Morales festejam na capital, La Paz, a aprovação da lei eleitoral


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