Evo Morales em greve de fome chantageando parlamento
Evo Morale: greve de fome chantageando parlamento
Foto: Getty Images Fontes:AFP O presidente da Bolívia, Evo Morales, se declarou nesta quinta-feira em greve de fome junto com dirigentes sindicais e sociais, em protesto contra a demora do Congresso em aprovar a lei que permita realização de eleições no final do ano, nas quais Morales tentará ficar no poder até 2015. "Diante da negligência de um grupo de parlamentares, fomos obrigados a adotar esta medida de jejum voluntário", disse Morales, em discurso pronunciado no palácio de Governo de La Paz. Além disso, um documento do partido governista Coordenadora Nacional pela Mudança (Conalcam) advertiu: "Nós nos declaramos em greve de fome junto a Morales e outros líderes da unitária Central Operária Boliviana (COB). O fato acontece no momento em que o Congresso debate, em meio a fortes disputas entre governismo e oposição, uma nova lei eleitoral. Evo Morales quer que a lei reserva cotas privativas de índios do interior para o parlamento e o voto de bolivianos no exteriro, o que não é aceito pela oposição que ainda quer um recadastramento eleitoral e mais autonomia para a Justiça Eleitoral. Os partidários de Morales estão em vigília “pacifica” acampados em frente do Congresso.(foto) O Vice presidente da republica boliviana, Alvaro García Linera, que preside o congresso, declarou oficialmente, desde a madrugada, que o parlamento boliviano está em sessão ininterrupta, até que seja aprovada a norma que estabelecerá as regras das eleições do próximo dia 06 de dezembro. Foi a maneira encontrada para que não se vencesse o prazo fatal, de seis meses de antecedência para a aprovação da lei eleitoral, do novo pleito. A outra cartada é fazer todos os deputados e senadores fiéis ao governo renunciem em massa, o que permitiria, pela constituição que fosse o presidente quem marcaria a data e estabeleceria as regras eleitorais, por falta de quorum no Parlamento.
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