9 de abr. de 2009

PT assume de vez o Banco do Brasil

PT assume de vez o Banco do Brasil
A história oficial não coincide com os boatos mal cheirosos que exalam dos subterrâneos

Foto: Valter Campanato/ABr

O petista Aldemir Bendine, que entra, de olhos baixos típico de traidores e Antonio Francisco de Lima saindo pronto para fazer sucesso na iniciativa privada

Fontes: Folha de São Paulo Folha Online

A troca do presidente do Banco do Brasil, após uma demorada "fritura" no antigo presidente Antonio Francisco de Lima é uma intervenção direta do governa, num banco de capital aberto, obrigando-o a reduzir seus lucros, onde há outros sócios, que imediatamente já tiveram prejuízos com as ações do banco apresentando no final do dia uma queda de 8,15%, num dia em que a Bovespa subiu 0,82%.

Basta lembrar que devido a gestões políticas, todos os bancos estaduais do país faliram e foram vendidos a preço de banana, com carteiras abarrotadas de créditos podres de empréstimos subsidiados a aliados políticos sem as devidas garantias e o patrocínio de “programas sociais” eleitoreiros a fundo perdidos.

O governo Lula empossou no cargo Aldemir Bendine, 45, sob um "contrato de gestão", onde o governo determinou como metas de sua administração a redução dos juros do banco e o aumento do volume de crédito.

Será a primeira vez que o presidente de um banco público brasileiro terá que cumprir metas de redução de juros e do "spread" bancário (diferença entre os juros cobrados do cliente e o custo de captação de recursos no mercado).

Essa é a explicação oficial para a troca de presidente do Banco do Brasil.

A oposição (veja nota abaixo) não acredita ser esse o principal propósito, a briga pela baixa dos juros foi uma cortina de fumaça, que pôs no mais alto posto do maior bando do país, um homem com fortes ligações partidárias petista e também a possibilidade de o presidente que sai está sob suspeita de irregularidades na compra recente de bancos e carteiras de crédito, depois da medida provisória do governo autorizar esse tipo de transação sem licitação.

Na verdade a troca de comando no Banco do Brasil atende ao interesse político do Palácio do Planalto e do PT que também aproveita essa mudança para tentar ampliar sua influência no banco a um ano e meio das eleições de 2010.

O ex-presidente gerenciava o Banco de forma profissional, preocupado com os interesses da instituição, tanto que ganhou a antipatia feroz do presidente Lula, que pouco está se importando com a solidez do banco.

O novo presidente do BB, Aldemir Bendine, tem laços políticos com o PT, apesar de não ser filiado à sigla. Entre seus padrinhos, está o presidente nacional do PT, o deputado federal Ricardo Berzoini (SP), que fez carreira no sindicalismo bancário e por Gilberto Carvalho, chefe do Gabinete Pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cotado para presidente o PT.

Aldemir,o meteoro
Como o atual presidente chegou ao topo queimando etapas

Fonte: O Globo

Uma ascensão meteórica marca a trajetória no Banco do Brasil (BB) do funcionário de carreira Aldemir Bendine, que vai precisar de muita habilidade para contornar as resistências à sua nova empreitada na instituição.

Bendine - que entrou no BB em 1978, como menor estagiário - foi de gerente-executivo a presidente em cerca de três anos.

Dida, como Bendine é conhecido, chegou aos principais gabinetes quando virou assessor da presidência da instituição no fim da gestão de Rossano Maranhão, em 2006.

Numa visível operação de apadrinhamento explícito já em julho do ano seguinte assumiu a vice-presidência de Varejo e Distribuição, sem passar sequer por uma diretoria - caminho que normalmente a maioria dos altos executivos do banco faz.

Dois meses depois, foi à vice-presidência de Cartões e Novos Negócios de Varejo, cargo que ocupará até o próximo dia 22.

Sua escolha para comandar o segundo maior banco do país deixou muita gente da cúpula e da máquina do BB insatisfeita, pela forte conexão com o PT e o Palácio do Planalto.

A situação é tão sensível que há, nos bastidores, a expectativa de que alguns vice-presidentes possam também deixar seus cargos. A configuração política dentro do BB é clara. O PT de Lula controla cinco das nove vice-presidências e, com a nomeação de Bendini, chega a ocupar o cargo principal. O PMDB fica com uma vice-presidência e três são ocupadas por executivos que não têm ligações partidárias, por enquanto.

Bedelho de Lula
Lula fazendo populismo com o Banco do Brasil causando prejuízo acionário

Foto: Valter Campanato/ABr

Ontem, ao comentar a demissão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a demonstrar insatisfação com a resistência do BB em tentar puxar a baixa do "spread".

"A redução do "spread" bancário neste momento é uma obsessão minha. Nós precisamos fazer o "spread" bancário voltar à normalidade no país. O Guido [Mantega] sabe disso, o Banco do Brasil sabe disso, a Caixa Econômica sabe disso, o Banco Central sabe disso", afirmou.

Quanto mais o presidente fala sobre o assunto querendo parecer um presidente que entende de economia e está protegendo o povo dos juros bancários, mais as ações do Banco do Brasil caem.


Nota da Oposição sobre o Banco do Brasil
DEMISSÃO DO BB: OPOSIÇÃO EXIGE A VERDADE

Foto: Democratas

Os líderes oposicionistas

Fontes: Blog Democratas

Nota à imprensa

Os líderes da Oposição vem a público informar ao país que apresentarão requerimento junto às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal convocando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a apresentar explicações à sociedade sobre as razões que determinaram a demissão do presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto.

A versão do governo sobre o afastamento não tem credibilidade, uma vez que não faz referência ao trabalho que estava sob a responsabilidade do servidor demitido. Nesse sentido, cumpre pedir atenção da sociedade para os seguintes pontos:

1) ao autorizar, por meio da Medida Provisória 443, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar participação de instituições financeiras em dificuldades, o governo abriu a porta dos negócios sem transparência e, em decorrência, sem qualquer fiscalização, nas duas instituições;

2) não é bom para o país que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, os dois principais bancos públicos brasileiros, realizem negócios sem licitação com instituições financeiras, empresas do ramo de seguro, previdência e capitalização, como vem acontecendo;

3) regras frouxas para transações do Estado, como as estabelecidas na MP 443, estão em desacordo com o princípio da probidade administrativa previsto na Constituição e que busca garantir a isenção e a impessoalidade do Poder Executivo no trato com a coisa pública;

4) além do ministro da Fazenda, o ex-presidente do Banco do Brasil e o presidente da Caixa Econômica Federal também devem comparecer ao Congresso para explicações a respeito das operações realizadas sob a égide da MP 443.

Brasília, 8 de abril de 2009

Sérgio Guerra, Presidente do PSDB
Roberto Freire, presidente do PPS
Rodrigo Maia, Presidente do Democratas



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