Nada pode ameaçar o presidente equatoriano, com suas políticas populistas (dobrou o valor das bolsas-pobreza e moradia) (Já viram isso em algum lugar?) segue triunfando em quantas eleições e referendos promove.
Foto:Getty Images

Correa com uma popularidade de quase 70%, ele pretende se tornar o primeiro presidente reeleito desde o retorno do país à democracia em 1979, depois da eleição de domingo pode se candidatar outra vez e ficar no cargo até 2017
Fontes: EstadãoBem Parana, AFP, Terra Magazine, G1, ANSA Latina
Domingo, 26, é dia de eleições no Equador, 10,5 milhões de eleitores vão passar o país a limpo, elegendo 5.964 novas autoridades em todos os níveis: presidente, deputados nacionais e do Parlamento Andino, governadores e deputados provinciais (estaduais), prefeitos, vereadores, conselheiros urbanos e rurais, afora os representantes das Juntas Paroquiais. Oito equatorianos disputam as eleições para presidente da republica.
Rafael Vicente Correa Delgado, 46, atual presidente, é o favorito absoluto, com 51% das intenções de voto. A oposição sonha com um segundo turno eleitoral, quando todos poderiam se unir contra Rafael Correa para tentar uma disputa com alguma chance.

Álvaro Noboa, Lucio Gutiérrez e Martha Roldós
Os três mais importantes são: o direitista, bananeiro e milionário, Álvaro Fernando Noboa Pontón , 59, Partido Renovador Institucional de Acción Nacional, candidato pela quarta vez, Lucio Edwin Gutiérrez Borbúa, 52, ex-presidente obrigado a renunciar, após dois anos no poder, depois de forte pressão popular, Martha Rina Victoria Roldós, 45 anos, Alianza RED-Polo Democrático, filha do ex-presidente Jaime Roldós, morto como presidente num estranho acidente aéreo em 1981.
O caminho porém não é facil em todas as direções, para o presidente Correa, uma aliança dos dois opositores pode impedir que o presidente consiga maioria na Assembleia Nacional, formada por 124 parlamentares e o governo deve perder a Prefeitura de Guaiaquil e ocorre uma disputa é acirrada em Quito.
Foto: AGENCIA FNS

Rafael Correa, com apenas dois anos como chefe de Estado do Equador, é considerado o homem dos recordes na política equatoriana: o líder mais popular, com mais vitórias eleitorais em menos tempo e o primeiro com chances sólidas de ser reeleito para um segundo mandato.
Apesar de sua origem humilde, conseguiu formar-se em Economia e estudar nos Estados Unidos e na Europa. Ao retornar ao Equador seguiu trajetória acadêmica, escreveu artigos contra o neoliberalismo e, quase que por sorte, chegou ao Ministério das Finanças em 2006.
Sua vida mudou inesperadamente quando foi expulso do governo interino de Alfredo Palacio por suas posturas radicais contra os organismos estrangeiros de crédito e por privilegiar a proximidade com a Venezuela.
Depois dessa experiência, fortaleceu-se politicamente e, em questão de meses, tornou-se candidato e, depois, líder de uma nação com fama de ingovernável, onde os presidentes caíam com frequência, sucumbindo à pressão das revoltas sociais.
Desde a posse declarou-se adepto do “Socialismo do Século XXI” a exemplo de Hugo Chávez (também de Evo Morales e Daniel Ortega), e com muito maior rapidez que seu inspirador venezuelano dedicou-se de imediato a demolir a oposição e a apoderar-se do país.
Numa sucessão de atos dominou primeiro a área militar, em seguida convocou um plebiscito para instalar uma Assembléia Constituinte com plenos poderes que anulou o Judiciário e, depois de cassar sumariamente os deputados opositores que eram a maioria, fechou o Congresso para instalar a constituinte.
Foto: Angel Aguirre/El Universo

Inauguração da cidade de Alfaro onde se instalou a Assembléia Constituinte do Equador
Nenhum comentário:
Postar um comentário