CUBA: Nova lei de migração permite, a maioria dos cubanos, viajar ao exterior sem pedir autorização do governo
CUBA Nova lei de migração permite, a maioria dos cubanos, viajar ao exterior sem pedir autorização do governo O governo de Raúl Castro divulgou modificações na lei de migração cubana. A medida só entrará em vigor, no início do próximo ano, faz restrições a alguns grupos, mas é considerada uma abertura espetacular do regime por permitir, teoricamente, a possibilidade da saída da maioria do cubanos para o exterior, sem necessidade de autorização do governo. A permissão para sair da ilha é exigida desde os primeiros anos do regime de Fidel Castro, na década de 1960. Para ter o pedido analisado o cidadão paga US$ 150, um valor alto em um país no qual o salário mensal médio equivale a US$ 20 e que pode ser negada sem nenhuma explicação.
Postado por Toinho de Passira
“O caráter desumano dessa política prejudica a possibilidade de emigrar de forma legal, ordenada e segura, e tem a clara intenção de converter os cubanos que desejam se estabelecer em outros países em opositores políticos e um fator de desestabilização interna”, diz o Granma. Os Estados Unidos exigem um visto para viagens turísticas legais, mas os cubanos que conseguirem chegar à costa podem ficar no país e, depois de um ano, buscar residência permanente. >A "atualização da política migratória" prevê o fim da exigência do visto de saída, que custa 150 dólares. Além disso, não será mais necessário entregar uma carta convite do país para onde o cidadão cubano deseja viajar, outro procedimento exigido pelo governo para habitantes da ilha irem ao exterior. Segundo o Granma, "será exigida apenas a apresentação de passaporte atualizado e visto do país de destino", quando este for requerido. A blogueira cubana Yoani Sanchéz, pelo Twitter, comemorou o anúncio da nova Lei Migratória, no entanto, se mostrou cética quanto à possibilidade de poder deixar e retornar à ilha já que, segundo ela, teria sido informada por amigos de que consta numa “lista negra” do governo. “Ainda que eu tenha passaporte, ele não serviria com a nova Lei Migratória. Necessitaria pedir outro, que me pode ser negado”, escreveu. No início do mês, Yoani e os jornalistas independentes Reinaldo Escobar, seu marido, e Agustín López, foram detidos, durante 30 horas quando tentavam chegar à cidade de Bayamo para assistir ao julgamento do espanhol Ángel Carromero. (Carromeno é acusado de “homicídio imprudente” pela morte dos opositores Oswaldo Payá e Harold Cepero em um acidente de trânsito ocorrido em julho.) Yoani, por 20 vezes seguidas (cinco delas para o Brasil), teve negada permissões para que deixasse o país, sem nenhuma explicação. |
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