25 de out. de 2012

Novo Eduardo Campos exige contrapartida do PT, senão, senão...

BRASIL – Eleição 2014
Novo Eduardo Campos exige contrapartida do PT, senão, senão...
Na mesma proporção em que afina-se cada, com os tucanos, o governador de Pernambuco, e presidente do PSB, distancia-se e desarmoniza-se com o PT. Aquele aliado dócil e subserviente, do passado, deu lugar a um parceiro vitaminado eleitoralmente que exige respeito e quer mais do governo petista.


REBELDIA MODERADAEduardo Campos, abandonando o papel de coadjuvante impondo protagonismo dele e do partido no cenário político nacional, nos tempos pós eleições municipais

Postado por Toinho de Passira

Fontes: Estadão, Blog do Jamildo, Estadão

Quem ouve o novo discurso do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, percebe claramente uma mudança de postura, agora endurecida, independente e até levemente crítica, em relação ao governo Dilma, aos antigos aliados petistas, respingando na relação com o presidente Lula.

Sumiu, de repente, aquele simpático aliado incondicional, atrelado umbilicalmente ao PT e sempre feliz em recolher as benesses que lhe eram ofertadas, em troca de uma subserviência filial.

Com esse novo perfil, moldado nos embates eleitorais e no resultado que lhe foi favoráveis nas urnas municipais, Eduardo Campos, engrossa a voz e sobe o tom, ainda prometendo apoio, mas cobrando contrapartidas, não se escusando em fazer críticas.

Dentro dessa nova bitola, abandonando o papel de coadjuvante, para assumir o de protagonistas, Eduardo, falou a Luciana Nunes Leal, da Agência Estado, reclamando que o PT não retribui na mesma proporção o apoio que recebe de seu partido no segundo turno da eleição municipal. “Apesar dessa avaliação, ele insistiu que as alianças do PSB com o PSDB não foram feitas em função das eleições de 2014”.

- No primeiro turno o PSB foi o partido que mais apoiou o PT, mas só é notícia quando a gente não apoia. No segundo turno, o PT disputa em 17 cidades e nós os apoiamos em 11. Nós disputamos em 8 cidades e só em 1 o PT nos apoia, desde o primeiro turno, que é o município de Duque de Caxias (RJ). E esse apoio só veio por uma ação direta da Executiva Nacional do PT e do próprio presidente Lula. Isso é um fato real- afirmou o governador durante visita ao estande de Pernambuco de uma feira internacional de turismo realizada no Rio.

Adiante fez questão de frisar sua aproximação com o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB), que esteve em Campinas para apoiar o candidato socialista. Na conversa, Aécio repetiu a brincadeira de que nessas eleições usou mais adesivos do 40 (número do PSB) do que do 45 (número do PSDB).

- Recebemos o apoio do PSDB, no segundo turno, em Uberaba e Campinas. Somos gratos por isso. Essas parcerias vêm de algum tempo, não são feitas em função das próximas eleições", disse o governador pernambucano.

Campos insistiu que, depois do próximo domingo, será preciso "deseleitoralizar o debate político no Brasil".

O governador lembrou que há uma "pauta muito densa no Congresso" e citou como exemplo a medida provisória para redução da tarifa de energia e o marco regulatório do petróleo. Neste tema existe um conflito entre Estados e municípios que reivindicam maior participação nos royalties do petróleo e Estados produtores como o Rio de Janeiro, do governador Sérgio Cabral (PMDB), e o Espírito Santo, do governador Renato Casagrande (PSB).

O governador cobrou da União abrir mão de parte dos recursos futuros em favor de Estados e municípios, num contraponto que enquanto evita o confronto com os governadores do Rio e do Espírito Santos, torna-se voz dos outros estados e municípios que estão de olho no dinheiro do pré-sal.

- Não queremos isolar os governadores Cabral e Casagrande, ninguém vai propor tirar receita do Rio e do Espírito Santo. Queremos uma maneira mais justa de dividir os recursos no futuro. Os municípios vão precisar que a União abra mão de parte da receita. O governo (federal) não tem a boa vontade esperada, mas tem alguma boa vontade para que Estados e municípios tenham parte dos royalties para investir em educação, ciência e tecnologia, e não em custeio", afirmou Campos.


Eduardo sente-se confortável ao lado de Aécio e é correspondido. Dilma e Lula, não aprovam o namoro, sentem-se como se esse fosse um relacionamento politico extraconjugal


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