O novo prefeito de Recife é Geraldo Júlio, disse 51,15% dos eleitores
BRASIL - O novo prefeito de Recife é Geraldo Júlio, disse 51,15% dos eleitores A vitória do socialista é uma prova do prestígio eleitoral de Eduardo Campos, mas não esquecer a eficiência da propaganda que o projetou e a colaboração estupenda dos petistas liderados por Humberto Costa, José Dirceu & Cia. Foto: Hélder Tavares/DP/D.A Press Postado por Toinho de Passira Geraldo Júlio, conduzido por Eduardo Campos venceu no primeiro turno, com folga. Fica comprovada não só a força eleitoral do govenador, mas principalmente, a sua capacidade de nortear uma eficiente máquina de propaganda que tirou do anonimato o seu candidato, para fazê-lo preferencialmente escolhido por 453.380 (51,15% dos votos válidos). Por uma questão de justiça, não se pode esquecer a prestimosa colaboração do candidato biônico, Humberto Costa e a sua turma, liderada pelo mensaleiro José Dirceu, que fez tudo que era possível para desmoralizar o Partido dos Trabalhadores em Recife. Quando do lançamento da candidatura de Geraldo Júlio para prefeito do Recife, Eduardo Campos, disse que essa seria uma eleição fácil de ganhar. Todo mundo pensou que era farrambamba do governador, pois o seu candidato era um sujeito completamente desconhecido e nunca disputara um pleito, nem de síndico de condomínio. Era o chamado poste de bolso de colete. Uma mala mais difícil de carregar do que Dilma, conduzida por Lula, pois a Chefe da Casa Civil tinha alguma projeção devido ao cargo. Como Eduardo Campos não deixa secretario brilhar diante dos holofotes, Geraldo Júlio que faz parte do seu staff, desde sempre, era da sua confiança e braço direito, mas o grande público, o eleitorado, não sabia. Verdade, mentira ou meia verdade, a propaganda de Geraldo Júlio, começou a dizer que o candidato a prefeito do Recife era responsável por tudo que havia ocorrido de bom, na gestão do governo Eduardo Campos, construções dos três hospitais, melhorias em Suape, redução da violência, coordenando o “Pacto pela Vida” e responsável pela vinda da Fábrica da Fiat para Pernambuco. A oposição debochou dizendo que Geraldo Júlio era um faz tudo imaginário, e fazia piada dizendo que ele também fez as pirâmides do Egito, o Farol de Alexandria e os jardins suspensos da Babilônia. Mas já era tarde, a fama de trabalhador e eficiente, já estava impregnada na imagem do candidato socialista. A propaganda televisiva tinha componentes quase subliminares: nos tempos de mensalão e tumulto da candidatura petista, as imagens do candidato Geraldo Júlio eram associadas à limpeza, uma imagem sempre “clean”, asseada. Ele e o governador vestiam sempre roupas brancas, e falavam apenas de si mesmos, ignorando os adversários, como se eles não existissem, usando frases curtas, simples e de fácil compreensão. Geraldo Júlio, além de tudo tinha mais que o dobro do tempo de televisão (12 minutos e 38 segundos) que Humberto (6 minutos e 14 segundos) e quatro vezes mais que Daniel Colhe do PSDB, (3 minutos e 42 segundos). Não satisfeito, com muita habilidade e oportunismo, o governador montou um sistema de propaganda de governo, enaltecendo os feitos de sua administração, nos mesmos moldes das inserções do seu candidato Geraldo Júlio, de forma que uma lembrava a outra, dando ao candidato socialista uma exposição extra valiosíssima, paga pelos cofres públicos. Protestando no que chamou de “rolo compressor de Eduardo Campos”, a coligação de Humberto Costa, entrou com pedido de cassação da candidatura de Geraldo Júlio, no Tribunal Eleitora de Pernambuco, exatamente, por essa propaganda estendida, proporcionada pelo governo de Eduardo Campos. Humberto está cuspindo no prato que comeu, pois esse rolo compressor “eduardino” foi usado há menos de dois anos, em seu benefício, para ajuda-lo, e muito, a se eleger senador. A oposição pode dizer que Eduardo Campos e seu candidato, não são os melhores do mundo, mas não podem negar que o governador aprendeu a ganhar eleições, enquanto o PT desaprendeu. |
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