Humberto querendo ser candidato a Governador, em 2014, propõe independência do PT no Recife
BRASIL – Pernambuco – Eleição 2014 Humberto querendo ser candidato a Governador, em 2014, propõe independência do PT no Recife O senador e candidato derrotado na eleição municipal tentou manipular diretório do PT do Recife, propondo, de emergência, uma postura independente na Câmara Municipal. A ação é uma manobra de Humberto rumo a postulação da vaga de candidato ao governo do estado em 2014. Ruim de voto, em todos os escalões, jogando em casa, consegui apenas um empate duvidoso, o que acabou motivando o adiamento da decisão “sine die” Foto: Tárcio Alves/Flickr Postado por Toinho de Passira O senador Humberto Costa, após a monumental derrota na eleição municipal do Recife, líder de rejeição e lanterna entre os líderes, ainda não desceu do palanque, ou melhor, está subindo no palanque outra vez. Desta feita, com a empáfia que lhe é peculiar, começa a tentar cavar a pretenciosa pretensão de ser o candidato a governador de Pernambuco, pelo PT nas eleições de 2014. Pelo visto, gostou da indicação biônica da candidatura a prefeito e quer repetir a dose, para o governo do estado. Para tanto, inventou neste sábado, mancomunado com o seu atual escudeiro, o deputado federal João Paulo, uma reunião de emergência no Diretório do PT no Recife, tentando aprovar um documento que posiciona o partido como independente na Câmara dos Vereadores do próximo ano. Em uma votação duvidosa, o encontro acabou no empate, 22 a 22. Apenas um dos 45 membros do diretório não compareceu, Vinícius Carvalho. A contagem dos votos tinha acabado com 22 a 21 pela não aprovação do documento, mas, anunciado o resultado, houve uma pressão para que a contagem fosse feita novamente. Um membro que não havia votado decidiu dar sua opinião e o resultado final terminou em 22 a 22. Uma nova reunião será marcada para desempatar a votação, mas nenhuma data foi definida. Segundo o Blog do Jamildo, a tropa escalada por Humberto e João Paulo para comandar o movimento em defesa do documento foram os vereadores Jurandir Liberal (presidente da Câmara) e Múcio Magalhães, o ex-secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, o secretário-geral do PT municipal, Rosano Carvalho, além de Dilson Peixoto. Entretanto, o grupo encontrou resistência entre os próprios aliados. Após o prefeito João da Costa (PT) ter sido rifado pelo próprio partido de tentar a reeleição, o nome de Humberto foi imposto como candidato pela Executiva Nacional petista. O senador esperava o apoio do governador Eduardo Campos (PSB), o que não ocorreu. Pelo contrário, o socialista lançou um postulante próprio, Geraldo Julio (PSB), que venceu o pleito. Desde então, depois de ter amargado o terceiro lugar no pleito, o senador costura nos bastidores a saída do PT da base socialista, um afastamento radical de Eduardo Campos, mas encontra resistência dentro da própria corrente, a “Construindo um Novo Brasil” (CNB), facção cacifada pelo quadrilheiro corrupto José Dirceu. Além da saída do PT da Frente Popular, o texto que tentaram aprovar neste sábado (27) ainda colocava a legenda contrária à Parceria Público Privada (PPP) do Saneamento - projeto do Governo do Estado -, atribuía ao PSB a divisão da Frente Popular do Recife e previa que o PT não iria indicar nomes para assumir cargos no governo de Geraldo. A petistada vacila, não quer entregar os cargos que desfrutam no governo de Eduardo Campos. Atualmente ocupam três secretarias: Transportes, Governo e Cultura, além de centenas de cargos comissionados. Além disso, com o rompimento, perderiam definitivamente a chance de obter alguma pasta na Prefeitura do Recife, sob o comando de Geraldo Júlio. "O processo eleitoral também representou o ressurgimento dissimulado do antipetismo. Nossos aliados se distanciaram de bandeiras importantes da nossa história, como o combate à privatização de serviços essenciais, como saneamento e esgoto, o equilíbrio necessário entre o desenvolvimento e a sustentabilidade", diz o texto proposto por Humberto. Adiante o documento usa como argumento para o PT ficar independente na Câmara a necessidade de reflexão interna. "O partido terá a independência e autonomia necessárias para recompor sua organização interna e reanimar a militância com suas energias voltadas para a defesa do projeto democrático e popular", (leia-se o lançamento de Humberto como candidato a governador pelo PT) afirma o documento. Uma reunião da Executiva Estadual do PT está marcada para esta segunda-feira (29), às 19h, na sede da sigla. Espera-se outra derrota de Humberto e sua turma. |
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