31 de out. de 2012

PT quer refugiar Genoino em vaga de deputado

BRASIL - Mensalão
PT quer refugiar Genoino em vaga de deputado
Para o PT lugar de bandido é na Câmara Federal. A cúpula do Partido dos Trabalhadores sinaliza, que mesmo condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, o mensaleiro José Genoino, tem o apoio do partido para assumir a vaga de deputado Federal (ele é suplente) aberta com a eleição do deputado Carlinhos Almeida (PT-SP) a prefeito de São José dos Campos. Como se vê a ousadia dos PT não tem limites. O povo precisa ir para a rua para impedir essa atrocidade.

Foto: Rodrigo Paiva/Folhapress

CRIME ELEITORAL - José Genoino e seu bando invadiram a sessão eleitoral, onde ele vota. Bateram nas pessoas, inclusive idosos, espancaram jornalistas e destruiram o patrimônio público, tudo isso num local que de votação, onde deve ser assegurada a paz e a tranquilidade para que os eleitores exerçam livremente o seu sagrado direito de votar. Vai ficar por isso mesmo?

Postado por Toinho de Passira
Texto de Josias de Souza
Fonte: Blog de Josias de Souza

As condenações do mensalão não afetaram a taxa de desfaçatez do PT. Continua nos mesmos 100%. O partido cogita acomodar José Genoino, sentenciado por corrupção ativa e formação de quadrilha, numa cadeira de deputado federal.

Candidato em 2010, Genoino não obteve votos suficientes para se reeleger. Porém, foi à fila como primeiro suplente da coligação petista. Por mal dos pecados, o deputado Carlinhos Almeida (PT-SP) elegeu-se prefeito de São José dos Campos.

Em janeiro, Carlinhos terá de renunciar ao mandato para assumir a prefeitura. É nessa cadeira que o PT deseja alojar o companheiro-condenado. “O Genoino é o suplente e vai assumir. Sem problema nenhum”, disse Rui Falcão, presidente da legenda.

“Genoino precisa recuperar a sua cidadania política”, ecoou Paulo Teixeira (PT-SP), ex-líder da bancada e candidato à vice-presidência da Câmara. Advogado do futuro deputado, o doutor Luiz Fernando Pacheco também não enxerga óbices à posse de Genoino.

Confirmando-se o inacreditável, Genoino engrossará a bancada dos condenados petistas ao lado de João Paulo Cunha (peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro). O passo seguinte será a defesa da tese segundo a qual a decisão do Supremo não implica a cassação automática dos detentores de mandato.

Petista como Genoino e João Paulo, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já avisou: cabe à Câmara, não ao STF, cassar mandatos. Concluído o processo, um partido político teria de requerer a abertura de processo por quebra de decoro. Caberia à Mesa diretora acatar. Ou não.

Em fase de cálculo das penas, o Supremo só retomará a discussão sobre a ‘dosimetria’ em 7 de novembro. Aguarda-se pelo retorno do relator Joaquim Barbosa, que foi à Alemanha para tratar das dores que lhe torturam a coluna. Fechadas as contas, o acórdão vai à publicação.

Abre-se, então, a fase dos embargos. Só depois do julgamento de todos os recursos é que as sentenças serão executadas. Com otimismo, é coisa para maio de 2013. Com pessimismo, a encrenca vai ao segundo semestre do ano que vem. Tempo suficiente para que Genoino vire deputado e comece a receber os salários e todas as facilidades que o dinheiro público puder prover.

Conforme já noticiado aqui, o estatuto do PT prevê destino diferente para os filiados condenados em última instância: expulsão. Ao flertar com o impensável, o petismo deixa claro o que já era límpido como água de bica: o estatuto é de mentirinha. Os mensaleiros não merecem sanções, mas homenagens.

Para não prejudicar a eleição de Fernando Haddad, o plano de converter a Câmara em refúgio para Genoino era urdido nos subterrâneos. Abertas as urnas, o PT sente-se mais à vontade. Nos próximos dias, a legenda divulgará um manifesto criticando o que chama de politização do julgamento do Supremo.

No último domingo (28), Genoino foi votar protegido por uma milícia de cerca de 40 militantes petistas. Gritavam coisas assim: “Partido, partido. É dos trabalhadores…”, “Genoino, Genoino…”, “o povo na rua, a luta continua”. Os repórteres foram contidos aos socos e safanões.

Convertido em deputado federal, o condenado talvez tenha de utilizar parte da verba de seu gabinete para contratar uma equipe de guarda-costas. Ainda aferrados ao lero-lero de que o mensalão é uma ‘farsa’, os petistas comportam-se como o padre que, de tanto dizer a mesma missa, acaba desconfiando de Deus.
*Acrescentamos subtítulo e legenda a publicação original

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