11 de ago. de 2009

Sérgio Guerra sofre ataque do dossiê de Renan

Sérgio Guerra sofre ataque do dossiê de Renan
A descoberta de que o senador presidente dos tucanos levou a filha a Nova Iorque recebendo diárias mostra o poder e a tática desmoralizadora dos arquivos implacáveis do grupo de senadores chantagistas

Foto: Antonio Cruz/ABr

Ségio Guerra explicando, justificando, LEGENDA

Fontes: Folha de São Paulo, Blog do Inaldo Sampaio, Estadão, O Globo

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), passou a segunda feira explicando não ter sido ilegal o Senado ter pagado diárias a sua filha, a advogada Helena Olympia de Almeida Brennand Guerra, no valor de R$ 4.580,40, para acompanhá-lo numa viagem a Nova York.

A notícia saiu na Folha de São Paulo e é verdadeira, como também é verdadeiro que um técnico do senado, da Secretaria de Controle Interno, considerou a despesa irregular e pediu a devolução dos recursos ao senador.

O documento teria sido entregue em fevereiro de 2008 e consta no relatório da Tomada de Contas do Senado entregue ao Tribunal de Contas da União, que dará a última palavra sobre a matéria.

O senador exibe agora um documento do atual diretor da mesma Secretaria de Controle Interno do Senado (SCINT), Eduardo Torres, afirmando que o ato não foi ilícito e não foi considerado irregular pelo ex-diretor Shalom Granado, na verdade, um ato da Mesa Diretora, permite ao Senado pagar "despesas de alimentação e pousada de colaboradores eventuais, previstas no artigo 4º. Da Lei Nº8.162, de 8 de janeiro de 1991, quando fora de Brasília."

O senador afirmou ainda que a filha o acompanhou durante "quatro ou cinco dias", período em que esteve internado em um centro médico para realização de exames. Guerra explicou que, na época, procurava um diagnóstico mais preciso sobre um possível câncer no intestino grosso.

- Não foi, portanto, uma viagem de turismo. A minha saúde, o meu estado era absolutamente grave e se confirmou dois meses depois, quando fiz uma cirurgia drástica e retirei todo o intestino grosso em São Paulo.

- Não estou defendendo se o Senado devesse ou não pagar, isso é outro assunto. Estou dizendo que não fiz nada ilegal, concluiu Guerra.

Sérgio Guerra em nada lembrava aquele Senador valente que subiu a tribuna quando Renan comunicou que tinha posto Arthur Virgilio no Conselho de Ética. Na ocasião esbravejou, que seu pai havia lhe ensinado a ser valente, a não ter medo de nada.

A turma do Renan, para lhe conter o ânimo, deu uma pequena amostra do estrago que pode fazer a mais simples das denúncias que dispõe, do grosso calhamaço que compõe o seu dossiê.

Em fim de mandato, Sérgio Guerra, tem mais chances de perder do que ganhar nas próximas eleições. Por isso ele quer fazer uma aliança PSB, do governador Eduardo Campos e seu PSDB.

Agora assombrado pelos dossiês vai ficar cada vez mais manso, nos pedidos de tirar Sarney da presidência do Senado.

No seu Blog Inaldo Sampaio comenta:

”O que se diz nos corredores do Senado é que do “repertório de maldades” de Renan só está livre, hoje, dentre os senadores de oposição, o pernambucano Marco Maciel, contra quem, até o presente, nada foi encontrado que desabone a sua conduta”.


Nenhum comentário: