Foto: Valter Campanato/ABr
Sarney presidindo a sessão ontem, sob a proteção do escudeiro Fernando Collor e do bocejante Mão Santa.
Fontes: Blog Cristina Lôbo, O Globo
Primeiro dia de Sessão do senado, primeiro ato: todos os principais personagens da trama “Xô Sarney” estavam presentes, o que já era em si uma novidade, pois o senado não costuma receber esses caciques as segundas feiras, principalmente num retorno de recesso parlamentar.
A presença mais surpreendente foi a de Sarney (PMDB-AP), pois tinha desculpa para não comparecer, sua mulher convalesce de uma cirurgia em São Paulo, nunca preside sessões as segundas-feiras, e não havia nada importante em pauta.
Portanto a presença do enxovalhado chefe do clã Sarney ali, naquele momento era um fato político que simbolizava a vitória da tese de Renan da resistência de Sarney estava em curso.
Lula que na semana passada havia dito que Sarney era um problema do Senado, jogando o maranhense as feras, parece ter voltado a trás: o porta voz do planalto distribuiu uma nota, afirmando que o governo continua dado total apoio a Sarney.
Foi nesse clima que o presidente do senado, o senador José Sarney chegou normalmente para trabalhar, e presidiu a sessão por mais de uma hora e meia sem ser molestado.
O senador Mão Santa (PMDB-PI) que é o seu substituo emergencial, quando algum orador perigoso vai a tribuna, ficou sem ter o que fazer, bocejando ao seu lado.
As tropas estrelares senatorial do PMDB, porém, não saiu do estado de alerta total.
Fernando Collor (PTB-AL) ficou ao seu lado na mesa da presidência, fazendo questão de mostrar o seu apoio, e assumir uma das linhas de lideranças em sua defesa.
A oposição estava também por lá, os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) que prometiam fazer discursos pela saída do senador maranhense, fingiam que não o viam presidindo a sessão.
Circulavam ainda pelo senado Jarbas Vasconcelos, Cristovam Buarque e Álvaro Dias, sem a aparente disposição de criar problemas para o maranhense que ao deixar o Plenário, perguntado se ouvira pedidos da família para renunciar à presidência do Senado, Sarney, que há dias não respondia as perguntas dos jornalistas, disse: “Isso não existe”.
Fim do primeiro ato.
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