2 de ago. de 2009

Mais de 700 mortos em confronto na Nigéria

Mais de 700 mortos em confronto na Nigéria
Grupo radical islâmico Boko Haram, conhecida como "talibã nigeriano", entrou em choque com o Exército do país, o que pode ter matado mais de mil pessoas

Foto: AP

Mortos amontoados na rua: Imagem do dia 31 de julho na cidade de Maiduguri capital da província de Borno

Fontes: Portal Revista Época, G1

Na Nigéria, os cinco dias de confrontos entre forças governamentais e membros da seita fundamentalista islâmica Boko Haram deixaram 700 mortos. O número foi anunciado pelas autoridades neste domingo, depois de dois dias de trégua.

Segundo o coronel Ben Ahanotu, do Exército nigeriano, o número corresponde às vítimas encontradas apenas no estado de Borno. Esse número pode subir para mais de mil pessoas, uma vez que a violência se estendeu por seis estados diferentes.

A maioria das vítimas foi encontrada na capital do Estado de Borno, Maiduguri, o reduto da organização rebelde. Segundo fontes policiais, a maioria das vítimas fatais é membro do grupo.

A violência começou no domingo (26), com a prisão de seguidores da Boko Haram no Estado de Bauchi, sob suspeita de planejarem um ataque a uma delegacia.

Foto: AP

Esposas e crianças dos religiosos mortos estão em delegacias e abrigos do governo

Na noite de quarta-feira, membros da organização que fugiam da repressão queimaram uma delegacia em Maiduguri.

A expressão "Boko Haram" significa "a educação ocidental é pecaminosa", no idioma hausá. Seus membros acreditam que suas esposas nunca devem ser vistas por outros homens, e que seus filhos só devem receber educação religiosa.

Foto: Reuters

As posições radicais do Boko Haram não têm respaldo junto à maior parte da população islâmica da Nigéria, que é o país mais populoso da África.

A violência no norte não tem nenhuma relação com os distúrbios na região petroleira do delta do Níger, no sul do país. O principal grupo rebelde do delta condenou os incidentes do norte.

O presidente do país Umaru Yar'Adua disse que as agências de inteligência há anos monitoram o grupo, às vezes apontado como o "Talibã nigeriano". Yar'Adua disse ter dado ordens para que as forças de segurança "os contenham de uma vez por todas".

Foto: AP

"Na capital de Borno, Maiduguri, considerada o reduto da Boko Haram e que sofreu os piores confrontos, a calma voltou com o reatamento das atividades diárias e a reabertura da maioria dos negócios e os mercados da localidade.

Os serviços de saúde começaram a retirar os corpos das vítimas das ruas da cidade, e as autoridades anunciaram a redução das horas do toque de recolher noturno, imposto quando os combates começaram.


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