27 de ago. de 2009

Câmara adia votação para reeleição na Colombia

Câmara adia votação para reeleição na Colombia

Foto: Reuters

Recinto do pleno da Câmara dos Representantes na Colômbia, cenário dos debates

Fontes: O Globo,El Espectador

A Câmara de Representantes da Colômbia fracassou na quarta-feira em sua intenção de discutir e votar um texto conciliatório de um projeto de referendo que busca habilitar o presidente Alvaro Uribe para ser candidato nas eleições de 2010.

A demora da Câmara mantém a incerteza sobre se o dirigente, que impulsionou uma ofensiva contra a guerrilha esquerdista desde que assumiu o poder em 2002, poderá buscar sua segunda reeleição imediata.

A leitura e votação dos impedimentos que apresentaram 92 congressistas para absterem-se de votar depois que a Suprema Corte de Justiça iniciou uma investigação preliminar contra 86 legisladores por ter aprovado previamente a iniciativa, impediu o debate e votação como estava previsto.

Mas o plenário da Câmara de Representantes negou cerca de 50 impedimentos e automaticamente autorizou aos congressistas para votar a iniciativa, ao que parece na próxima terça-feira.

Apesar do adiamento, setores próximos ao governo estão confiantes em conseguir a aprovação do referendo da reeleição.

Uribe não tornou pública sua intenção de lançar sua candidatura para um novo período de quatro anos, mas também não descartou esta possibilidade e é acusado pela oposição de comprar votos para aprovar a medida .

Se o texto do referendo, aprovado anteriormente pelo Senado, passar na Câmara, deverá ser submetido a um rigoroso exame de legalidade pela Corte Constitucional que pode aprová-lo ou rejeitá-lo por possíveis irregularidades em seu trâmite.

Na eventualidade de que o tribunal o declare legal, o governo convocará o referendo que deverá contar com a participação de 25% dos eleitores habilitados, mais de 7 milhões de pessoas, que nas urnas decidirão se o aprovam ou negam.

Uribe mantém uma popularidade de cerca de 70%. O presidente também conta com o apoio de importantes setores empresariais neste país de mais de 44 milhões de habitantes.


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