Hamas extermina grupo opositor radical em Gaza
Hamas extermina grupo opositor radical em Gaza Do confronto deflagrado na sexta-feira pelo menos 24 pessoas resultaram mortas, enquanto centenas ficaram feridas, algumas delas em estado grave
Foto: AP Fontes: BBC Brasil O Hamas afirmou, no dia seguinte, sábado, que restaurou a ordem e retomou o controle no sul da Faixa de Gaza depois de um confronto com um grupo que qualificou como “radical islâmico”. Imaginemos o tamanho desse radicalismo que faz o Hamas considerá-los radicais, apesar de islâmico. Pelo menos 24 pessoas morreram na sexta-feira, quando o Hamas lançou a ofensiva contra o grupo radical Jund Ansar Allah, que havia declarado um "emirado islâmico" na região, desafiando a autoridade do Hamas, que controla o território de 1,5 milhões de habitantes desde junho de 2007, com isso decretou a sua pena de morte e fim do grupo. O clérigo Abdul-Latif Moussa, não quis se entregar e morreu ao detonar os explosivos que levava em um cinto durante o confronto, matando o policial do Hamas que tinha sido enviado para prendê-lo. O confronto aconteceu em uma mesquita de Rafah, (na foto com marcas do ataque) perto da fronteira com o Egito, durou cerca de sete horas e acabou por volta da meia-noite na sexta-feira. O Hamas também invadiu a casa de Moussa. Entre os mortos, há seis membros do Hamas, incluindo um alto comandante, Mohamed al-Shamali, e um civil. O restante dos mortos seriam membros do Jund Ansar Allah. Cerca de 120 pessoas ficaram feridas, algumas delas com gravidade, o que pode elevar ainda mais o número de mortos. Acredita-se que o grupo Jund Ansar Allah (Guerreiros de Alá) seja ligado à Al-Qaeda. O grupo Jund Ansar Allah ficou conhecido há dois meses quando tentou realizar um ataque contra soldados israelenses em Gaza. Acredita-se que a organização seja bastante crítica ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza, acusando o grupo de não adotar posturas que sigam de maneira estrita a lei islâmica. O chefe do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniya, negou que existam militantes estrangeiros armados no território. Israel alega que veteranos dos conflitos no Afeganistão e no Iraque buscam agora levar a ideologia da Al-Qaeda para terras palestinas. Foto: Reuters O Hamas já desbaratou outros grupos inspirados na rede Al-Qaeda no passado, mas teme que outros militantes extremistas se dirijam à região, o que fez com que a entrada de pessoas armadas que não pertençam ao Hamas tenha sido proibida em Gaza. Foto: Reuters O autodenominado Syuf al-Haq al-Islamiye (As Espadas da Justiça Islâmica) saiu em defesa de seus companheiros jihadistas e afirmou que o conflito "não terminou". Foto: AP O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, tentou negar a existência do grupo salafita. |
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