Senadores do PT elegem Eduardo Campos inimigo público número um do partido
BRASIL – Eleição 2014 Senadores do PT elegem Eduardo Campos inimigo público número um do partido Em reunião de avaliação após o segundo turno, senadores petistas, capitaneados pelos derrotado Humberto Costa, declaram-se impressionados com eficiência da estratégia do presidente do PSB para derrotá-los e puseram o governador de Pernambuco e seu ministro da integração nacional, Fernando Bezerra Coelho, na alça de mira do partido Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Postado por Toinho de Passira O jornalista Rudolfo Lago do site Congresso em Foco, fala dos bastidores do encontro de senadores petistas e o presidente do partido Rui Falcão, para avaliar os resultados da eleição municipal. Na conversa preliminar o senador Humberto Costa, trouxe à baila o nome do perigoso governador de Pernambuco Eduardo Campos, como um inimigo a combater em todos os quadrantes. Não foi difícil convencer os outros senadores da periculosidade eleitoral de Eduardo Campos, pois alguns deles também haviam sido vítimas do governador pernambucano nas ultimas eleições, nas cidades onde se candidataram. Destaque-se que 100% dos senadores que tentaram se eleger prefeito, todos perderam ao enfrentar, socialistas de Eduardo ou candidatos por ele apoiados. Será um combate difícil, pois, pelo menos oficialmente, Eduardo e seu partido está na base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff. Vai ser como segurar um passarinho, se apertar muito ele reclama, sai do governo, e complica a vida de Dilma Rousseff, se deixá-lo livre ele pode ele pode empreender um pretensioso voo presidencial. Publicamente o PT se vangloria de ter vencido a principal eleição do país, com a vitória de Fernando Haddad em São Paulo. Realça também que foi o partido que mais prefeitos elegeu entre as 85 maiores cidades do país. Cresceu em número de prefeituras, enquanto todos os partidos de oposição decresceram. Mas a reunião no senado exalava derrota, dos senadores perdedores das eleições municipais. A reunião com Rui Falcão acabou sendo mais de queixas. E as queixas concentraram-se especialmente em Eduardo Campos. Foto: Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens Os senadores do PT avaliaram de que a tendência do eleitorado em busca do novo, como sem São Paulo com Haddad e em Recife com Geraldo Júlio, pode se projetar para a eleição de 2014. E concluíram que esse cenário pode acabar abrindo um espaço para Eduardo Campos como opção.
“No interior, então, a ação de Fernando Bezerra foi maior ainda”, focou Humberto, tentando justificar a derrota clamorosa do partido nos municípios da região metropolitana e no restante do território pernambucano. “Na Bahia também”, completou o líder do PT, Walter Pinheiro (BA). Os senadores ainda reclamaram de uma ação política mais efetiva do governo federal em favor do PT. Dilma, queixaram-se, não apenas permitiu ações como as de Fernando Bezerra como ela própria pouco atuou em favor do partido. Esse posicionamento mais neutro da presidenta preocupa os senadores. Na teoria da conspiração concebida pelos senadores petista, na reunião, as novas derrotas do PSDB e dos demais partidos de oposição, somadas à discreta exposição de Aécio Neves, pode significar a adoção de um plano B pelos tucanos, até por uma questão de sobrevivência. Analisaram as declarações feitas nesta quarta-feira (30), do prefeito eleito de Manaus, o ex-senador Arthur Virgílio, que chegou a dizer “sonhar” com uma chapa formada por Aécio Neves e Eduardo Campos. E completou: “Não importa a ordem”. Para os senadores do PT, pode ser que o PSDB, diante do quadro desfavorável, recolha as suas pretensões e opte por uma candidatura de Eduardo Campos, um nome novo, de um partido novo, que poderia assim escapar da rejeição aos nomes mais tradicionais da política, uma das leituras que ficou das eleições deste ano. Eduardo manteve os laços com Aécio em Belo Horizonte, quando os dois uniram-se para reeleger Márcio Lacerda (PSB) prefeito. Lembraram também, que em Recife, Eduardo uniu-se a um opositor histórico do PT e do governo, o senador Jarbas Vasconcelos. Jarbas é um dissidente do PMDB, mas o PMDB é um partido que sempre procurou manter pontes com todas as opções políticas disponíveis e em Salvador, o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal (CEF), Geddel Vieira Lima, um político ligado ao grupo do vice-presidente Michel Temer, apoiou a candidatura de ACM Neto, do DEM, que venceu as eleições. Do jeito com que estão tratando do assunto, questionado o apoio de Dilma e superestimando o poder e a força de Eduardo Campos, acabam jogando o governador, ainda aliado, nos braços do PSDB e da oposição e o transforma em objeto do desejo do PMDB. Como efeito colateral, proporcionam ainda, uma exposição extra do pernambucano, diante do eleitorado nacional, supostamente ávido por novidades. Eduardo Campos agradece. |
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