É inevitável a escandalosa volta de Renan Calheiros à presidência do senado?
BRASIL – Política A inevitável escandalosa volta de Renan Calheiros Renan está na expectativa da reação dos adversários e dos meios de comunicação sobre a sua candidatura à presidência do Senado. Distraídas com o mensalão, opinião pública e imprensa está facilitando a tarefa do alagoano que quer substituir José Sarney. Por enquanto noticia-se que ele trabalha nos bastidores afagando possíveis adversários acenando, nessa fase preliminar, com promessas de cargos, no loteamento da direção do Senado. Foto: José Cruz/Agência Brasil Postado por Toinho de Passira Em 2007, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) renunciou ao cargo de presidente do Senado como estratégia para evitar que diversas denúncias surgidas contra ele levassem à cassação de seu mandato. Foi absolvido pelo plenário pela falta de decoro parlamentar, ninguém fala ou sabe dos possíveis processos que correm contra ele, no STF, em segredo de justiça. Assim, cinco anos depois, Renan trabalha intensamente nos bastidores para retornar ao posto do qual renunciou. Sabendo que seu nome ainda se reveste de polêmica, os aliados de Renan tratam de garantir que ele não tenha adversários na disputa. Assim, estão sendo negociados “pacotes” que abriguem em cargos estratégicos do comando do Senado eventuais nomes que pudessem se apresentar como alternativa à candidatura de Renan. Ou seja, estão prometendo aos prováveis candidatos, cargos relevantes, tanto na mesa diretora, como nas comissões, comprando suas desistência a candidatura, naquele velho estilo é dando que se recebe. Se não funcionar por esse caminho, possivelmente vai entrar em cena, os dossiês contra os postulantes, o velho estilo Renan de anular adversários. O adiamento do anúncio oficial da sua candidatura, comprova que Renan enfrenta ainda algumas dificuldades, que por certo ele conseguirá remover de um jeito ou de outro. Segundo o site Congresso em Foco, os dois principais nomes que ele tenta tirar do seu caminho, negociando compensações, são os senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Entraram no jogo a negociação em torno das presidências da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal comissão permanente do Senado e também da Comissão Mista de Orçamento. Nessa acomodação o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) da tropa de Renan, o atual presidente da CCJ assumiria a liderança do partido, que é hoje exercida pelo próprio Renan. Essas não são as únicas articulações de bastidores que de desenvolvem no partido. Renan até agora não tratou disso publicamente. Com a volta de Valdir Raupp (PMDB-RO) ao Senado nesta semana, a expectativa é que o processo saia dos bastidores e seja iniciado. Presidente nacional do PMDB, ele estava afastado do cargo para coordenar as eleições municipais. A decisão sobre a candidatura à presidência cabe aos senadores, mas a presença de Raupp conta nas articulações. Além de Luiz Henrique e Ferraço, há outros nomes que precisam ser abrigados. O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI do Cachoeira, também ambiciona a principal cadeira do Senado. Seu nome também foi colocado como possível para presidir a CCJ. Outro que se movimenta é Romero Jucá (PMDB-RR). Alijado da liderança do governo pela presidenta Dilma Rousseff, atualmente ele é o relator geral do Orçamento 2013. Esse é o ponto que preocupa outros partidos no Senado. Os senadores do PT, por exemplo, temem que o PMDB possa tentar invadir outros espaços para abrigar outras compensações para abrir caminho à candidatura de Renan. Espaços que hoje são do PT, como a primeira vice-presidência do Senado (que hoje está com o senador petista Aníbal Diniz, do Acre) e a Comissão de Assuntos Econômicos (comandada atualmente pelo petista Delcídio Amaral, do Mato Grosso do Sul). Renan tem um trunfo estratégico. Definido que a presidência do Senado ficará com o PMDB, é Renan quem, como líder da bancada, dá início ao processo de discussão interna para a escolha do nome. É, portanto, Renan quem dita o ritmo da sucessão de Sarney. Além disso, mesmo com toda a polêmica em torno do seu nome, ele ainda tem, afirmam os senadores peemeebistas, comando suficiente para impedir que outros se atrevam a disputar a indicação com ele e vencer. Senadores ouvidos pelo Congresso em Foco, sob a condição do anonimato, comentam que apenas Renan pode tirar a presidência dele mesmo. Não existe na Casa adversário capaz de vencê-lo na disputa. Muito pelo trânsito que possui entre parlamentares da base e também da oposição. No entanto, dizem que a demora em ele admitir a candidatura é a possibilidade de passar os próximos dois anos como alvo da imprensa e até de colegas oposicionistas. Um parlamentar relatou que o “rescaldo de 2007” pesa na decisão. A avaliação que o peemedebista faz neste momento é se vale a pena ser eleito presidente do Senado e correr o risco de passar o mandato “sangrando”. Além de voltarem à tona as denúncias que o fizeram renunciar em 2007, de ter a vida vasculhada. Talvez Renan Calheiros, esteja lançando esse balão de ensaio, para ver se a imprensa ou algum adversário tem munição para enfrentá-lo ou desestabilizá-lo. Quem tiver alguma coisa contra o senador alagoano fale logo e não cale nunca!” Depois de Sarney ter Renan Calheiros sentado novamente na cadeira de presidente do Senado, é uma desmoralização dupla e ímpar para a historia do parlamento brasileiro. Coisa para fazer os brasileiros eufóricos com o resultado do julgamento do mensalão, por os pés no chão e ver que ainda há muita estrada a percorrer ... |
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