General Petraeus, diretor da CIA, pede demissão por causa de envolvimento extraconjugal
ESTADOS UNIDOS – Escândalo General Petraeus, diretor da CIA, pede demissão por causa de envolvimento extraconjugal Após 14 meses a frente da CIA, o herói militar americano, cai diante de uma investigação do FBI, que apurava se a relação extraconjugal, vivida pelo general, podia ser um "risco potencial para a segurança" dos Estados Unidos. No curso da investigação descobriu-se que a mulher, a escritora, Paula Broadwell, havia tentado acessar a correspondência eletrônica funcional do seu amante, o Diretor da Agencia Central de Inteligência (CIA). Informado da gravidade da situação Petraeus não vacilou em renunciar. Foto: White House Postado por Toinho de Passira O diretor da CIA, a Agência Central de inteligência dos Estados Unidos, General David Petraeus, 60, renunciou ao cargo, onde esteve por 14 meses, através de uma carta endereçada ao presidente Barack Obama e ao Diretor Nacional de Inteligência, James Clapper, nesta sexta-feira, onde declara que estava deixando o cargo, por conta de um caso extraconjugal. Ele diz na correspondência que depois de estar casado por mais de 37 anos, comportou-se de forma equivocada e danosa, “extremamente ruim ao me envolver em um caso extraconjugal. Tal comportamento é inaceitável tanto para um marido quanto para um líder de uma organização como a nossa", afirmou ele. O general David Howell Petraeus, filho de holandês, nascido em Nova Iorque, é um respeitadíssimo militar norte americano. Sua passagem pelas forças armadas, uma carreira de 38 anos, é tida como impecável. Sobre sua atuação alguns políticos disseram que militarmente ele foi imprescindível tanto ao governo Bush, quanto ao, de Obama. O general sempre teve entusiasmados admiradores, tanto no partido Republicano quanto no Democrata. Era constantemente consultado, mas negava que tivesse ambições políticas partidárias.
Petraeus é uma dos militares com maior número de condecorações em ações de combate. Graduou-se na academia militar de West Point, conhecida por formar a elite do Exército americano, em 1974 e serviu nas unidades de paraquedistas, infantaria mecanizada e infantaria de assalto nos Estados Unidos, na Europa e no Oriente Médio. Em 1991, foi baleado no peito acidentalmente por um soldado durante um exercício militar e teve de passar por uma cirurgia de cinco horas. Anos depois, esteve novamente perto da morte quando seu paraquedas falhou a 18 metros do chão, durante um treinamento. O resultado do acidente foi uma fratura na pélvis. Em 2003, ele comandou a 101º Divisão de Paraquedistas em Bagdá. Mas ficou pouco tempo em combate, já que as forças armadas iraquianas foram derrotadas com rapidez na capital. Sua divisão foi então transferida para Mosul, onde ele recebeu a missão de treinar as forças de segurança locais e ajudar a criar condições para a reativação da economia e estabelecimento de instituições democráticas no país. Pouco depois, Petraeus assumiu o comando da Força Multinacional do Iraque, encarregada de formar um novo Exército iraquiano e fortalecer a Polícia do país. Diante das dificuldades para estabilizar o Iraque, o governo americano decidiu enviar mais 30.000 soldados ao país antes de iniciar o plano de retirada, no que ficou conhecido como "Doutrina Petraeus". Ao general também é atribuída a criação de parcerias entre as Forças dos EUA e tribos sunitas na província de Anbar, para enfrentar a Al-Qaeda. Após 20 meses no comando das operações no Iraque, Petraeus foi nomeado chefe do Comando Central dos EUA, assumindo a responsabilidades pelas operações militares em toda a Ásia Central. Ele foi designado comandante das forças no Afeganistão em 2010 e se aposentou do Exército em 2011 para substituir Leon Panetta, agora ministro da Defesa, como chefe da CIA.
Sob a liderança de Petraeus, a CIA continuou a aumentar seu envolvimento em operações secretas, como o uso de aviões não tripulados para ataques no Paquistão e o estabelecimento de bases secretas no Afeganistão. Mas também é verdade que à frente da CIA, Petraeus teve um desempenho bem menos brilhante, daquele que o celebrizou nos campos de batalha. Desde o ataque em Benghazi, na Líbia, one morreram quatro americanos, entre eles o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, há dois meses, ele estava sendo pressionado, para dá conta do que seria da responsabilidade da CIA naquela noite caótica. Seu depoimento, secreto, diante de uma comissão de parlamentares, no Congresso Americano estava programada para a próxima semana. O senador John McCain, candidato a presidente pelo Partido Republicano em 2008, derrotado por Barack Obama, herói da guerra do Vietnam, disse nesta sexta-feira que Petraeus é um "dos maiores heróis militar da América". Ao aceitar a renuncia de o presidente Barack Obama comentou que ele é um dos mais destacados generais de sua geração. Obama afirmou ainda que seus pensamentos e orações estão com Petraeus e sua mulher. "Desejo a eles o melhor neste momento difícil", afirmou. Foto: Command Sgt. Maj. Marvin L. Hil/The New York Times Paula Broadwell , 40 anos, é a mulher por trás do escândalo que derrubou David Petraeus. Ela é casada, tem dois filhos e ligou-se ao general enquanto escrevia associada ao jornalista Loeb Vernon, um livro biográfico do general, All In: The Education of General David Petraeus, que foi lançado, com relativo sucesso, no início deste ano, nos EUA. Foto: Roger L. Wollenberg/ UPI Na outra ponta da história está Holly Petraeus, 55 anos, a mulher que está casada com o general há 37 anos, e que o acompanhou durante toda a sua carreira militar. Holly chefia atualmente um departamento do Gabinete de Proteção ao Consumidor Financeiro, especializada em proteger e assessorar as famílias de militares endividadas, vítimas de “instituições financeiras predadoras”. Foto: E Greg Mathieson, Mr. News. Splash /DAILY MAIL
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