16 de mai. de 2012

Apoio a causa gay, não altera popularidade de Obama

ESTADOS UNIDOS – Eleições 2012
Apoio a causa gay, não altera popularidade de Obama
Apesar de todo o barulho da mídia, a declaração de apoio ao casamento gay, feita pelo presidente americano, (a capa da edição da "Newsweek" que estará nas bancas na próxima semana, tem Obama na capa com a manchete “O primeiro presidente gay”) e do debate político acirrado, as pesquisas indicam que o presidente nem foi prejudicado nem favorecido eleitoralmente, com esse episódio.

Capa da "Revista Newsweek" da próxima semana

Obama na capa da Newsweek: "Primeiro presidente Gay"

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Reuters , Exame, Publico, Bom dia Brasil, The Daily Best

Na capa da edição da "Newsweek" que estará nas bancas em 21 de maio mostra uma fotomontagem do presidente Barack Obama com uma auréola com as cores do arco-íris - símbolo das bandeiras dos grupos militantes de homossexuais, bissexuais e transexuais, acrescida da polêmica manchete: “O primeiro presidente gay” A matéria de capa da edição da "Newsweek" foi escrita pelo jornalista Andrew Sullivan, ativista político e homossexual.

Sullivan antecipou em seu blog parte do conteúdo da matéria: "Obama teve de descobrir sua identidade como negro e depois se reconciliar com sua família branca, da mesma maneira que os homossexuais descobrem sua identidade e depois têm de se reconciliar com sua família heterossexual".

Diz também que a decisão de Obama de se anunciar favorável ao casamento homossexual não foi uma manobra política apenas visando às eleições presidenciais de novembro.

"Quando alguém faz uma pausa e avalia o histórico de Obama sobre os direitos dos homossexuais, percebe que, de fato, isto não foi uma aberração", destacou o blogueiro. "Foi a culminação inevitável de três anos de trabalho".

A manifestação de apoio do presidente Barack Obama ao casamento entre homossexuais, porém, apesar de inflamar as paixões políticas, não melhorou sua popularidade, segundo pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na terça-feira.

De acordo com a pesquisa, 31 por cento dos norte-americanos veem Obama de forma mais favorável por causa da declaração dele, enquanto 30 por cento passaram a vê-lo de forma menos favorável. Para 40 por cento, o anúncio não alterou a opinião sobre o presidente.

Obama disse que seu anúncio sobre o tema foi uma decisão pessoal, mas ele com isso abriu um intenso debate político, junto com especulações de que isso teria sido uma manobra para ajudá-lo na disputa pela reeleição em novembro.

Mitt Romney, favorito para ser o candidato republicano a presidente, é contra o casamento gay, e não teve como evitar que a questão tirasse o foco dos seus esforços para atacar a atuação de Obama na economia.

A questão do casamento gay é vista de forma muito diferente entre republicanos e democratas. No caso de simpatizantes do partido democrata, 53 por cento passaram a ver Obama de forma mais favorável após o anúncio; entre os republicanos, 56 por cento passaram a vê-lo de forma mais negativa.

Julia Clark, do instituto Ipsos, disse que essa divisão pode ser útil para os republicanos, que historicamente, segundo ela, têm mais sucesso na mobilização de seus seguidores em torno de questões sociais polêmicas.

"A extrema polarização que vemos na clivagem entre democratas e republicanos é (...) bastante substancial", disse Clark.

"Quando vemos os dois grupos separadamente, acho que isso pode definitivamente mexer nas coisas na disputa nos próximos meses, dependendo de quem for capaz de se mobilizar mais efetivamente."

Foto: Associated Press

O cantor Ricky Martin apresentou um evento, cujos ingressos custavam U$ 5 mil, para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do presidente Obama, no Museu de Arte Rubin, em Nova York, em um evento organizado por uma organização LGBT.


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