Hugo Chávez, o imortal?
Venezuela Hugo Chávez, o imortal? Faltam apenas cinco meses para as eleições presidenciais na Venezuela, os boatos de que Hugo Chávez não sobreviverá até o pleito, alastra-se com a mesma intensidade que os seus índices de popularidade para ganhar com folga a re-re-eleição. Foto: Associated Press Postado por Toinho de Passira ”O delicado estado de saúde do presidente Hugo Chávez se tornou um problema de estado insustentável. Ansiedade, boatos, mentiras e meias-verdades continuar a alimentar uma agitação nacional coletiva” - diz o jornalista Manuel Isidro Molina, em artigo no conceituado jornal venezuelano “La Razón”. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, 57 anos, cantou e fez um empolgado discurso nesta sexta-feira, 12, procurando demonstrar vigor e espantar boatos de que estaria à beira da morte, ao chegar de mais uma de suas idas e vinda a Cuba, onde realiza o tratamento de um câncer recorrente que veio a público em agosto de 2010. Agora que faltam apenas cinco meses para as eleições presidenciais, os boatos de que Hugo Chávez, não sobreviveria até o pleito, alastra-se com a mesma intensidade que a sua popularidade. Segundo pesquisas publicadas recentemente, o enfermo coronel Chávez, tem 63,7% das intenções de voto e o saudável, jovial e boa pinta Henrique Capriles, candidato único das oposições, tem apenas 23,2%. A cada pesquisa, quanto maior o boato do agravamento do estado de saúde do presidente, mais ele conquista eleitores, mesmo impossibilitado de fazer campanha, por ordem médica. O candidato de oposição está cada vez mais encurralado no seu discurso, não pode falar mal de Chávez, sob o risco de despertar piedade. Seus pronunciamentos tentam abordar de forma delicada e sútil, os problemas, econômicos, sociais e de política externa, da Venezuela, mas sem se referir ao responsável por este estado de coisas. Já o coronel Hugo Chávez está livre para detratá-lo usando de todos os meios de que dispõe. Por exemplo, em discursos oficiais em cadeias de rádio e televisão, fala do adversário como se fosse um inimigo externo da Venezuela. Ele não diz o nome do adversário, usa apelidos pejorativos para referir-se a eles. Capriles, por exemplo, é chamado costumeiramente pelo coronel Chávez, de "majunche” (pouca coisa) ou "cochino" (porco), acrescido de burguês, apátrida, e de representar a burguesia, o imperialismo e o capitalismo. Capriles pacientemente não responde aos insultos, diz apenas que foi eleito pelos opositores "para resolver os problemas da Venezuela" e não para "brigar". Foto: Getty Images Como não há nada oficial crível as especulações dominam o noticiário sobre o estado de saúde do presidente, o jornalista Merval Pereira do O Globo, chegou a afirmar, em fevereiro que “o estado de saúde do presidente Hugo Chávez, da Venezuela, é considerado crítico, e as perspectivas não são nada boas. Os exames, analisados por médicos brasileiros, indicam que o câncer está em processo de metástase, se alastrando em direção ao fígado, deixando pouca margem a uma recuperação”. Detalhe da primeira página do Jornal "La Razón", neste domingo Numa crise depressiva, Chávez chegou passou nove dias em silêncio, o que ocasionou rumores de sua morte. O presidente teve que passar pelo vexame de vir a público para provar que estava vivo. |
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