2 de mai. de 2012

Megaoperação militar na Amazônia

BRASIL
Megaoperação militar na Amazônia
A Amazônia brasileira está sendo palco de uma megaoperação, denominada Ágata 4, realizada pelas nossas Forças Armadas, com o objetivo de combater o narcotráfico, garimpos ilegais e desmatamento irregular na fronteira norte da região. O governo brasileiro comunicou antecipadamente o volume e alcance da operação aos países vizinhos para evitar equívocos e temores. A região é considerada o ponto fraco da Amazônia, por ter 5.500 km de fronteira seca.

Foto: Agência Força Aérea/Sgt. Johnson

Helicopetero da Força Áerea patrulhando a selva durane a operação AGATA 4

Postado por Toinho de Passira
Fonte: BBC Brasil

O governo brasileiro inicia nesta quarta-feira uma megaoperação para combater narcotráfico, garimpos ilegais e desmatamento irregular na fronteira norte da Amazônia. O Exército chegou a enviar um representante a países vizinhos para esclarecer eventuais temores com a operação.

A ação, denominada "Agata 4", levará 8.700 militares para a fronteira do Brasil com Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Serão usados ainda 11 navios, nove helicópteros e 27 aviões.

A região é considerada o ponto fraco da Amazônia, por ter 5.500 km de fronteira seca e poucas guarnições das Forças Armadas.

O general José Carlos De Nardi, encarregado de esclarecer aos países vizinhos os objetivos da operação AGATA 4
A perspectiva de intensa movimentação de tropas próximo à fronteira causou apreensão nos países vizinhos.

Porém, segundo o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado Maior Conjunto do Ministério da Defesa, a ação não é uma demonstração de força. Equipes diplomáticas visitaram os governos vizinhos para assegurar que a manobra não tem caráter hostil.

"Eu fui à Venezuela, à Guiana e ao Suriname para explicar o sentido da operação [de combater a criminalidade do lado brasileiro da fronteira]. Não é um problema de defesa da pátria", disse De Nardi.

Segundo ele, a ação ocorrerá apenas em solo brasileiro e visa fortalecer a presença do Estado em uma das regiões mais remotas do país.

Contudo, apesar de oficialmente não ter objetivo geopolítico, a operação Agata também não é um mero exercício militar. "É uma operação real, os militares levarão munição real e podem ocorrer tiros reais", disse o general.

A realização da "Agata 4" foi uma determinação da Presidente Dilma Rousseff. Três ações semelhantes já foram realizadas no centro-oeste e no sul em 2011 e mais duas devem ocorrer ainda em 2012.

Foto: Agência Força Aérea/Sgt Joa

O primeiro Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira, instalado numa balsa, participa pela primeira vez de uma operação de combate

O objetivo da operação será destruir garimpos e pistas de pouso ilegais, além de "sufocar" o tráfico de maconha e cocaína que possui rotas de entrada no Brasil pelo norte da fronteira.

Segundo o Ministério da Defesa, a operação "Agata 3", realizada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia em 2011, bloqueou a passagem de criminosos pela fronteira e causou aumento do preço das drogas no mercado negro.

A estratégia do governo é represar o tráfico de drogas, madeira e metais preciosos durante 20 ou 30 dias e depois encerrar a operação.

Como se sabe que a tendência é que os criminosos preparem então grandes carregamentos logo após a retirada dos militares, a Polícia Federal, com ajuda da Abin (agência brasileira de inteligência), deflagará, logo em seguida, a Operação Sentinela que fará incursões pontuais na região para fazer prisões e apreender cargas ilegais.

Foto: Reuters

O Exércio Brasileiro na Operação Agata 3 que aconteceu em novembro 2011


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