30 de mai. de 2012

Gilmar enquadra turma de Lula: "Isso é coisa de bandido."

BRASIL
Gilmar enquadra turma de Lula: "Isso é coisa de bandido!"
O Ministro do Supremo, Gilmar Mendes sobe o tom e diz que 'bandidos' tentam desmoralizar STF, ao tentar atingi-lo e na mesma levada diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está envolvido na divulgação de "mentiras" a seu respeito.

Foto: Getty Images

O Ministro Gilmar Mendes, visivelmente irritado e com o tom de voz alterado, diz que foi alvo de "gângsteres", "chantagistas" e "bandidos".

Postado por Toinho de Passira
Fontes: ”O Globo”, Terra, Folha de São Paulo, Veja

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta terça-feira que é vítima de uma tentativa de desmoralização do tribunal por causa do julgamento do mensalão. Por várias vezes repetiu: "Isso é coisa de bandido", declarou, referindo-se a informações que, segundo ele, estão sendo "plantadas" para denegrir sua imagem.

Mendes afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria a "central de divulgação" de intrigas contra ele e que a tentativa de envolver seu nome no esquema do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem como objetivo "constranger o tribunal" para "melar o julgamento do mensalão".

"O objetivo [de ligar seu nome ao de Cachoeira] era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção. Era isso. Tentaram fazer isso com o Gurgel e estão tentando fazer isso agora", afirmou o ministro, fazendo referência às críticas recebidas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por ter segurado investigação, em 2009, sobre a relação entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).

Mendes diz que, durante um encontro com Lula no escritório do advogado Nelson Jobim, o ex-presidente teria insistido em argumentar que o mensalão não deveria acontecer neste ano. Após ouvir do ministro do Supremo que o julgamento deve, de fato, ser realizado em breve, Lula teria então começado a fazer ilações sobre a possibilidade de Mendes ser investigado na CPI do Cachoeira.

A assessoria de Lula afirma que ele não vai comentar as declarações de Mendes feitas hoje. Ontem, o ex-presidente divulgou nota dizendo estar "indignado" com a versão, que foi relatada pela revista "Veja" e não é corroborada por Jobim.

Nesta terça-feira, Gilmar Mendes diz que desde sempre defendeu a realização do julgamento do mensalão ainda este semestre. "Não era para efeito de condenação. Todos vocês conhecem as minhas posições em matéria penal. Eu tenho combatido aqui o populismo judicial e o populismo penal".

"Mas por que eu defendo o julgamento? Porque nós vamos ficar desmoralizados se não o fizermos. Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior, virão dois novos, que virão contaminados por uma onda de suspicácia. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre e por isso essa pressão para que o tribunal não julgue", completou.

Visivelmente irritado e com o tom de voz alterado, Mendes diz que foi alvo de "gângsteres", "chantagistas" e "bandidos", que estavam "vazando" informações sobre um encontro que teve com Demóstenes, em Berlim, e que a viagem teria acontecido após Cachoeira disponibilizar um avião ao senador.

"Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsters. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos que ficam plantando essas informações", disse o ministro, que apresentou notas e cópias de suas passagens aéreas emitidas na TAM pelo Supremo Tribunal Federal.

Questionado se o ex-presidente Lula estaria entre os tais bandidos e gângsters, Mendes apenas respondeu que ele está "sobreonerado" com a tarefa de adiar o julgamento do mensalão. "Estão exigindo dele uma tarefa de Sísifo [trabalho que se renova incessantemente]", disse. Ele não disse quem seriam "eles" a exigir a tarefa.

Mendes afirmou ter dito a Lula que vai a Berlim como o ex-presidente vai a São Bernardo, que frequenta a cidade europeia desde 1979 e que possui atualmente uma filha que vive lá.

Segundo o ministro, ele não precisa de "fundo sindical, nem dinheiro de empresa" para viajar. Mendes citou que apenas um livro seu, o "Curso de Direito Constitucional", vendeu mais de 80 mil cópias desde 2007 e que com o dinheiro poderia dar "algumas voltas ao mundo".

"Vamos parar de futrica. Não preciso ficar extorquindo van para obter dinheiro. O que é isso. Um pouco mais de respeito", afirmou.

O ministro, então, relatou que entre 2010 e 2011 viajou duas vezes para Goiânia em aviões cedidos por Demóstenes Torres, mas que tais fatos são públicos. Segundo Gilmar Mendes, mesmo se, na ocasião de Berlim, o senador goiano tivesse oferecido uma carona, isso não seria um problema.

"Eu poderia aceitar tranquilamente. Estava me relacionando com o senador que tinha o mais alto conceito na República.


Veja no “thepassiranews” Teria Lula tentado chantagear o Ministro Gilmar Mendes?

Um comentário:

Anônimo disse...

A PTralhada só faz coisa de bandido, para o chefe, xilindró nele.