13 de out. de 2010

ELEIÇÃO 2010: Serra reforçado por aliados, Dilma enfraquecido no PMDB

ELEIÇÕES 2010
Serra reforçado por aliados, Dilma enfraquecido no PMDB
Vencedores e derrotados da aliança de José Serra, estão empenhados em eleger Serra, até por sobrevivência política. O PMDB de Dilma, tratado com desdém quando parecia que a candidata ganharia no primeiro turno, acomoda-se em imaginar que não será difícil, fazer uma aliança mais confiável, para eles, com Serra presidente

Foto: Reuters

Serra, acompanhado de aliados e da esposa, no Santuário de Aparecida, neste domingo, repetindo um ritual de presença nos últimos dez anos.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Correio Braziliense, Blog do Jamildo

A tentativa de varrer do Senado e da Câmara dos Deputados notórios opositores, capitaneada pelo presidente Lula, acabou por reforçar de forma considerável a campanha de José Serra (PSDB) nas últimas semanas do pleito. Com derrotas acachapantes nas urnas, vários antigos desafetos do presidenciável tiveram como única alternativa de sobrevivência política o engajamento total na campanha tucana. A reação adversa ao “rolo compressor” aplicado pelo governo na eleição para as duas Casas constitui hoje um dos principais obstáculos à tentativa de Dilma Rousseff (PT) em suceder o ex-chefe – comenta Ivan Iunes, no Correio Braziliense.

Desde que tiveram a derrota confirmada nas urnas, nomes como o do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a cúpula do DEM, formada pelo deputado federal Rodrigo Maia (RJ) e o ex-senador Jorge Bornhausen (SC) estão empenhando todo o capital político na campanha de Serra.

“Lula deu um tiro no pé quando investiu na agressividade e trabalhou para diminuir a oposição. Candidatos que saíram derrotados das urnas se engajaram como uma forma de resposta a esse movimento de forma até surpreendente. Como resultado, temos muito mais energia e força agora do que nas eleições anteriores”, aponta o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra, coordenador da campanha de José Serra.

Somente na última semana, Jereissati trabalhou para reagrupar os tucanos no Ceará e o DEM escalou senadores como José Agripino Maia (DEM-RN) e Raimundo Colombo (DEM-SC) para reforçar a campanha presidencial em seus respectivos estados.

O governador eleito por São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), percorreu o interior paulista e planeja visitas ao Acre e ao Centro-Oeste, e o futuro senador mineiro Aécio Neves trabalha para reunir 300 prefeitos do estado em apoio a Serra, além de estudar incursões pela Bahia e por Alagoas.

Se os que foram derrotados lutam para sobreviver politicamente, aqueles que saíram das urnas vitoriosos tentam evitar a perspectiva de um Congresso amplamente governista e uma oposição reduzida.

No caso de Alckmin e de Aécio, os dois apostaram fichas altas na vitória de Serra como uma forma de garantir um espaço mínimo de articulação política que não coloque os seus planos políticos por terra. Aécio foi pré-candidato do partido à Presidência até o fim do ano passado e Alckmin disputou a eleição em 2006. Ambos são nomes naturais do PSDB para eleições presidenciais futuras.

A campanha de Serra aumentou de forma considerável a capilaridade, especialmente nos grotões do país, terreno mais favorável à campanha de Dilma. O reforço também evita o mesmo fenômeno visto em 2002, quando o tucano não conseguiu percorrer vários estados no segundo turno contra Lula. Agora, essa presença se multiplica pela atuação dos aliados.

Foto alterada por Toinho de Passira

Pode-se dizer que a campanha de Dilma encaminha-se para um aborto natural por falhas incontornáveis na concepção

O historiador Marco Antonio Villa, comenta no Blog do Jamildo que:

”A derrota do primeiro turno transtornou os dirigentes do oficialismo. Consideravam a eleição ganha. Tinham até preparado a festa da vitória. Imputaram a culpa à oposição, que tinha denunciado escândalos, e mostrado as vacilações e contradições da candidata oficial. Era o mínimo que a oposição poderia fazer, mas para o PT foi considerado algo intolerável.

Agora chegamos à etapa final da campanha. Dilma jogou fora o figurino utilizado nos últimos meses. No debate da Band assumiu uma postura agressiva e que deve manter até o dia 31. A empáfia foi substituída pelas ameaças. O arsenal foi acrescido de armas já usadas em 2006, como a privatização. Sinal de desespero, pois o cenário é distinto e os personagens também. E deve fracassar.

Dilma está numa encruzilhada. A popularidade de Lula já foi transferida. Seus principais aliados regionais foram eleitos e dificilmente farão sua campanha com o mesmo empenho do primeiro turno. O PMDB não assimilou as derrotas do Rio Grande do Sul, da Bahia e, principalmente, de Minas Gerais.”

Levemos em conta também que com a prepotência peculiar os petistas do comitê central de Dilma, Palocci e José Dirceu e Lula, escantearam, esnobaram e desdenharam do PMDB e do vice Michel Temer.

O mafioso Temer, não consegue fazer o partido lutar unido a favor de Dilm, até porque acrescentaram a campanha, o paulista cearense Ciro Gomes, que chamou em alto e bom som, o PMDB de ajuntamento de assaltantes.” O que é uma injustiça, pois há uma meia dúzia que não são.

A situação é essa, o time de José Serra unido e acendendo e o de Dilma, desunido, em decadência e com os cristão rebelados contra ela, por causa de sua defesa do aborto.


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