ELEIÇÃO 2010: Serra reforçado por aliados, Dilma enfraquecido no PMDB
ELEIÇÕES 2010 Serra reforçado por aliados, Dilma enfraquecido no PMDB Vencedores e derrotados da aliança de José Serra, estão empenhados em eleger Serra, até por sobrevivência política. O PMDB de Dilma, tratado com desdém quando parecia que a candidata ganharia no primeiro turno, acomoda-se em imaginar que não será difícil, fazer uma aliança mais confiável, para eles, com Serra presidente
Foto: Reuters Postado por Toinho de Passira A tentativa de varrer do Senado e da Câmara dos Deputados notórios opositores, capitaneada pelo presidente Lula, acabou por reforçar de forma considerável a campanha de José Serra (PSDB) nas últimas semanas do pleito. Com derrotas acachapantes nas urnas, vários antigos desafetos do presidenciável tiveram como única alternativa de sobrevivência política o engajamento total na campanha tucana. A reação adversa ao “rolo compressor” aplicado pelo governo na eleição para as duas Casas constitui hoje um dos principais obstáculos à tentativa de Dilma Rousseff (PT) em suceder o ex-chefe – comenta Ivan Iunes, no Correio Braziliense. Desde que tiveram a derrota confirmada nas urnas, nomes como o do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a cúpula do DEM, formada pelo deputado federal Rodrigo Maia (RJ) e o ex-senador Jorge Bornhausen (SC) estão empenhando todo o capital político na campanha de Serra. “Lula deu um tiro no pé quando investiu na agressividade e trabalhou para diminuir a oposição. Candidatos que saíram derrotados das urnas se engajaram como uma forma de resposta a esse movimento de forma até surpreendente. Como resultado, temos muito mais energia e força agora do que nas eleições anteriores”, aponta o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra, coordenador da campanha de José Serra. Somente na última semana, Jereissati trabalhou para reagrupar os tucanos no Ceará e o DEM escalou senadores como José Agripino Maia (DEM-RN) e Raimundo Colombo (DEM-SC) para reforçar a campanha presidencial em seus respectivos estados. O governador eleito por São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), percorreu o interior paulista e planeja visitas ao Acre e ao Centro-Oeste, e o futuro senador mineiro Aécio Neves trabalha para reunir 300 prefeitos do estado em apoio a Serra, além de estudar incursões pela Bahia e por Alagoas. Se os que foram derrotados lutam para sobreviver politicamente, aqueles que saíram das urnas vitoriosos tentam evitar a perspectiva de um Congresso amplamente governista e uma oposição reduzida. No caso de Alckmin e de Aécio, os dois apostaram fichas altas na vitória de Serra como uma forma de garantir um espaço mínimo de articulação política que não coloque os seus planos políticos por terra. Aécio foi pré-candidato do partido à Presidência até o fim do ano passado e Alckmin disputou a eleição em 2006. Ambos são nomes naturais do PSDB para eleições presidenciais futuras. A campanha de Serra aumentou de forma considerável a capilaridade, especialmente nos grotões do país, terreno mais favorável à campanha de Dilma. O reforço também evita o mesmo fenômeno visto em 2002, quando o tucano não conseguiu percorrer vários estados no segundo turno contra Lula. Agora, essa presença se multiplica pela atuação dos aliados. Foto alterada por Toinho de Passira O historiador Marco Antonio Villa, comenta no Blog do Jamildo que: |
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