15 de set. de 2013

Líder do Al Qaeda recomenda muçulmanos atacarem dentro do território dos EUA

ESTADOS UNIDOS - Terrorismo
Líder do Al Qaeda recomenda muçulmanos praticarem atos terroristas dentro do território dos Estados Unidos
Num áudio, divulgado um dia após o 12 º aniversário dos ataques de 11 de setembro, Ayman al-Zawahri, líder da Al Qaeda, pediu aos muçulmanos que realizar uma "alguns ataques" em solo americano para "sangrar América economicamente"

Foto: Reuters

O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahri, falou através de um audio divulgado pela internet, que quer os americanos, preocupados cada vez mais com a possibilidade de terrorismo, gastem cada vez mais em segurança

Postado por Toinho de Passira
Fontes: FBI, Reuters, Al Jazeera, ABC News, The New York Times

O novo líder da al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, sucessor de Bin Laden, conclamou seus seguidores a realizarem ataques no território dos EUA para "sangrar América economicamente", acrescentando que os Estados Unidos podem ser derrotados, visando a sua economia, de acordo com uma mensagem gravada postada em um site frequentemente usado pelo grupo.

O áudio foi divulgado dois dias após o 12 º aniversário dos ataques de 11 de setembro. Ayman disse que a América não é um "poder mítico" e que o mujahedin - guerreiros sagrados islâmicos - pode derrotá-lo com ataques "em seu próprio solo".

"Nós devemos sangrar América economicamente, obrigando-a a continuar com gastos enormes com a segurança, pois o ponto fraco da América é a sua economia, que já começou a cambalear devido as despesas militares e de segurança", disse al-Zawahiri, o sucessor bin Laden.

Para manter a América em estado de tensão são necessários apenas alguns ataques distintos "aqui e ali", disse ele.

"À medida que o derrotamos nas guerras na Somália, Iêmen, Iraque e Afeganistão, devemos manter com ... guerra em sua própria terra. Estes ataques díspares podem ser feitos por um, dois, ou alguns dos irmãos."

Ao mesmo tempo, os muçulmanos devem aproveitar todas as oportunidades para encenar pequenos ataques ou um "grande golpe" contra os Estados Unidos, mesmo que isso leve anos de paciência, disse ele.

Em seu discurso de áudio, al-Zawahiri - que acredita-se estar escondido na região da fronteira entre Paquistão e Afeganistão - disse que os muçulmanos deveriam se recusar a comprar produtos dos Estados Unidos e seus aliados, pois os lucros com tais despesa só ajudam a financiar a ação militar dos EUA em terras muçulmanas.

Ele acrescentou que os muçulmanos devem abandonar o dólar dos EUA e substituí-la com a moeda das nações que não atacam muçulmanos.

Al-Zawahiri fez citações de aprovação aos ataques contra o solo dos EUA, tanto o de 11 de setembro de 2001, (3 mil mortos) como as bombas da Maratona de Boston, em abril, realizado por dois irmãos chechenos Muçulmanos, três mortos e 264 feridos.

Foto: Hamid Mir / Daily Dawn

Osama bin Laden (à esquerda) com o seu lugar tenente Ayman al-Zawahiri, em imagens divulgadas em 2001

Com a morte de Osama bin Laden, Ayman al-Zawahiri, assumiu o comando da Al Qaeda e também o posto do terrorista mais procurado do mundo. O site do FBI, a Polícia Federal Americana, diz que há uma recompensa de até US $ 25 milhões, por informações que levem diretamente à sua captura ou condenação.

O egípcio Ayman al-Zawahiri, 62 anos, é médico, e além do árabe, fala francês e inglês. Fundou a Jihad Islâmica Egípcia (EIJ), que se fundiu em 1998 a Al Qaeda. Segundo pessoas que o conheceram é considerado como uma pessoa desagradável, difícil de lidar, mesmo entre as pessoas dentro de seu próprio grupo jihadista egípcio.

Ele é indiciado pela justiça americana como responsável direto nos atentados com bombas das embaixadas dos Estados Unidos em Dar es Salaam, capital da Tanzânia, e Nairóbi, no Quênia, em 07 de agosto de 1998. Nesses atentados na África, morreram pelo menos 223 pessoas, e mais de 5 mil resultaram feridas.

Os apelos para que sejam ativadas células terroristas dentro dos Estados Unidos, de Ayman al-Zawahiri, não tem, nem de longe o peso, de quando essas mensagens eram repassadas por Osama bin Laden, o líder máximo da Al Qaeda. Mas é claro que não se pode desprezar a possibilidade. Note-se também, que seus argumentos fazem sentido, dentro da lógica terrorista, que tem os Estados Unidos como inimigo a ser destruído a qualquer custo.

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