23 de set. de 2013

Das trinta baleias que encalharam misteriosamente no litoral do Rio Grande do Norte, sete morreram

BRASIL – Ecologia
Das trinta baleias que encalharam misteriosamente
no litoral do Rio Grande do Norte, sete morreram
Animais da espécie falsa-orca encalharam em Areia Branca, litoral do RN, distante 327 quilômetros de Natal. Biólogos ainda não sabem o que ocasionou o encalhe em massa dos mamíferos.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca

A falasas-orcas amanheceram encalhadas na praia de Upanema

Postado por Toinho de Passira
Fontes:  NE10, Tribuna do Norte, G1, Voz de Areia Branca, Wikipedia

Cerca de 30 baleias da espécie falsa-orca, inicialmente e erroneamente identificadas como baleias-piloto, encalharam na praia de Upanema, em Areia Branca, Rio Grande do Norte, na manhã deste domingo (22). A maioria dos animais foi recolocada no mar pela população local, mas seis delas, inclusive um filhote, morreram antes de serem removidas e uma sétima reaparece morta na praia, mais tarde, com sinais de ter sido atacada por tubarões.

Biólogos consultados pelo site G1, dissera não sabem informar, por enquanto, o que ocasionou o encalhe em massa dos animais. Areia Branca fica na Costa Branca do Rio Grande do Norte, distante 327 quilômetros de Natal.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca
Mequinas da prefeitura removeram os animais da praia, no final da tarde

O Pelotão Ambiental da Policia Militar de Mossoró foi avisado por moradores do encalhe por volta das 5h.

O tenente João Almeida, do Pelotão Ambiental informou que foram acionamos, de imediato, a equipe do pelotão ambiental e ainda o projeto Cetáceos, mantido pela Petrobras e pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). Eles coordenaram a população na tentativa de resgatar os animais, reinserindo-os ao mar", falou o oficial.

Todas as baleias vivas encalhadas na praia foram o mais depressa possível reintroduzidas no Oceano. Equipes ficaram monitorando o litoral, no dia de ontem, porque alguns delas, continuaram à orla e poderiam encalhar novamente.

Por isso, uma embarcação da Marinha do Brasil ficou no local, na tentativa de tanger essas baleias para o mar alto.

As seis primeiras baleias morreram ainda pela manhã. Por volta das 16h, o biólogo Flávio José Lima Silva, do projeto Cetáceos da Costa Branca, confirmou a morte do sétimo animal.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca

"Essa baleia havia sido recolocada no mar, mas acabou sendo atacada por tubarões e morreu. O mar arrastou o corpo dela no final da tarde novamente para a praia". - disse o biólogo

A Falsa-Orca (Pseudorca crassidens) habita em zonas tropicais e temperadas e alimenta-se de peixe e cefalópodes. Possui um corpo alongado e preto com algumas manchas claras na zona da garganta, cabeça ligeiramente arredondada e sem bico, a barbatana dorsal é em forma de foice e arredondada na ponta, as barbatanas peitorais curtas e pontiagudas apresentando uma espécie de “corcunda”, o que lhes atribui um aspecto único, que pode ser utilizado para distinguir de outras espécies semelhantes como as Baleias-piloto.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca

Mãe e filhote mortos na praia

Os machos adultos chegam a medir 6 metros e pesar 1600 kg, enquanto que as fêmeas adultas medem cerca de 5 metros pesando cerca de 800 kg. As crias nascem com cerca de 2 metros. Possuem entre 7 e 12 dentes largos e cônicos em cada maxila melhor adaptados a agarrar e prender do que a mastigar.

Caçam utilizando a ecolocalização e alimentam-se principalmente de peixe e cefalópodes. Contudo, existem relatos de ataques a outros cetáceos.

As Falsas-orcas preferem águas fundas de zonas tropicais e temperadas de todos os oceanos com temperaturas entre os 9 e os 31°C. Contudo, preferem águas mais quentes, sendo raros os avistamentos a mais de 50º de latitude nos dois hemisférios. Tipicamente oceânicas muitas vezes aproximam-se da costa de ilhas oceânica. São frequentemente avistadas em mares e baias semifechadas como o mar do Japão, mar vermelho e golfo pérsico e, ocasionalmente, no mar mediterrâneo.

São animais gregários, ou seja, vivem em grupos que variam de várias dezenas a centenas de indivíduos de todas as idades e sexos.

O tempo médio de vida é de 58 anos para os machos e 62 anos para as fêmeas. Os machos atingem a maturidade sexual aos 18 anos, muito depois das fêmeas que o fazem aos 10 anos. Usualmente nasce apenas uma cria ao fim de um período de gestação de 15 meses, que acompanha a progenitora entre 18 a 24 meses.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca

Biólogos e técnicos colhem material para exame de laboratório

Não se descarta a possibilidade desse grupo ter perdido o rumo, fugindo de um cardume de tubarões, tão frequente e abundantes na região.

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