Vai ser pedida extradição de israelita condenado por trafico de órgãos humanos em Pernambuc0
BRASIL - ITÁLIA - Pernambuco Será pedida extradição, para o Recife, do major israelense, traficante de órgãos, preso em Roma Gedalya Tauber, ex-oficial do exército de Israel, foi preso no aeroporto de Roma, na Itália. Contra ele havia um mandato de prisão internacional expedido pela Interpol. Ele foi condenado, a 11 anos e nove meses de prisão, por ter aliciado, entre 2002-2003, cerca de 30 moradores de áreas pobres do Recife, a doarem rins, mediante pagamento Foto: Ansa/Corriere Adriatico Postado por Toinho de Passira Polícia Federal O superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcelo Diniz Cordeiro, afirmou nesta sexta-feira (7) que o governo brasileiro vai pedir a extradição do ex-oficial do exército israelense, Gedalya Tauber, major da reserva, preso nesta quinta-feira (6), na Itália, condenado por liderar uma quadrilha de tráfico de órgãos com atuação em bairros pobres do Recife. Gedalya Tauber, de 77 anos, acabou preso no aeroporto Leonardo da Vincci, em Fiumicino, Roma, quando tentava entrar na Itália vindo de Boston, nos Estados Unidos. Os policiais da aduana italiana desconfiaram da legitimidade do passaporte apresentado pelo israelense e ao fazerem uma pesquisa na base de dados da Interpol, descobriram que o ex-oficial era procurado em todo o mundo desde 2009. Tauber estava em liberdade condicional quando conseguiu o benefício de viajar a Tel Aviv, Israel, sua terra natal, com o compromisso de voltar. Seu bom comportamento carcerário e com a pena quase cumprida, fez com que o juiz das execuções penais, permitisse que ele viajasse. Como não retornou no prazo previsto, teve o livramento condicional revogado e a prisão decretada em 29 de outubro de 2010 pelo juiz Abner Apolinário da Silva. Desde então, estava sendo procurado em todo o mundo, inclusive pela Interpol. Depois de ser preso pela primeira vez, em Recife, Gedalya passou por várias unidades prisionais até ir parar na Penitenciária Agro-industrial São João, em Itamaracá, em março de 2007, quando obteve a progressão de regime para o semiaberto. Foto: Alejandro Zambrana/Esp.DP/D.A Pr Em dezembro do mesmo ano, conseguiu a liberdade condicional, o que o obrigava a se apresentar à Justiça uma vez no mês. Inicialmente condenado a uma pena de 11 anos e nove meses, Gedalya conseguiu a comutação (redução) da pena em novembro de 2008 para oito anos e nove meses. Foto: Reprodução
Os órgãos, quase em sua totalidade rins, eram oferecidos para pacientes de Israel e África do Sul, no intuito também, de aplicar um golpe no sistema de saúde de Israel, que indenizava cada cirurgia com o valor de U$ 150 mil dólares. Detalhe da imagem do site do jornal "La Republica" No Recife, o esquema era comandado por Ivan Bonifácio, conhecido com capitão Bonifácio, condenado a dez anos de reclusão, e sua esposa Eldênia de Souza, condenada a quatro anos e sete meses. O casal agia junto com o doutor José Sílvio Bourdoux, capitão médico da Polícia Militar, condenado a sete anos e quatro meses de reclusão, que utilizava seu consultório para emitir as solicitações de exame a respeito da compatibilização com o recebedor do transplante. |
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