CASO ISABELLA: O depoimento emocionado da mãe
CASO ISABELLA O depoimento emocionado da mãe Ana Carolina Oliveira contou em detalhe, diante dos réus e jurados, durante o julgamento dos assassinos de sua filha, os momentos dramáticos que viveu quando foi chamada até o prédio onde morava Alexandre Nardoni e encontrou sua filha no jardim, segundo ela, ainda com o coração batendo aceleradamente
Foto: Agência Estado
A emoção marcou o primeiro dia de julgamento do casal Nardoni, acusado de matar Isabella, em 29 de março de 2008. A mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, foi a primeira testemunha de acusação a ser ouvida no Tribunal do Júri, no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo. Ela prestou depoimento por duas horas e 15 minutos e chorou quatro vezes, uma delas na hora em que contava o momento em que encontrou Isabella, ainda inconsciente, jogada na grama do edifício London, onde moravam Alexandre Nardoni, pai da garota, e Anna Carolina Jatobá, madrasta, que também chorou durante o depoimento. A mãe de Isabella emocionou os jurados. O pai e a madrasta estão sendo julgados pela morte da menina e são acusados de homicídio triplamente qualificado e fraude processual. A mãe de isabella entrou no tribunal às 19h34m . Ana Carolina encarou os réus e se sentou à frente do juiz. O tempo todo foi encarada por Alexandre, que em várias oportunidades contestou com a cabeça algumas afirmações feitas por ela. Na plateia, estavam convidados, familiares, jornalistas e interessados em acompanhar o julgamento totalizando 77 pessoas. Os réus ficaram sentados entre dois policiais. Eles não se olharam e nem conversaram durante o depoimento. Alexandre vestia calça jeans, camisa azul e branca e tênis preto. Anna Carolina Jatobá vestia calça jeans e blusa bege. Ela usava um sapato baixo. A mãe de Isabella estava com uma calça jeans e uma camisa branca. Nervosa, Ana Carolina Oliveira balançava frenquentemente os pés. Foto: Agência Estado As duas primeiras fileiras do plenário foram ocupadas por jornalistas. Os avós maternos, Rosa e José Arcanjo, estavam sentados na terceira fileira. O avô paterno de Isabella, Antônio Nardoni, e a irmã, Cristiane, estavam na quinta fileira. A mãe de Alexandre não compareceu. Foto: Agência Estado O promotor Francisco Cembranelli fez várias perguntas para tentar montar um perfil violento de Alexandre. Ele pediu a Ana Carolina Oliveria que contasse o episódio de uma briga durante uma festa familiar e disse que Alexandre em outro oportunidade chegou a ameaçá-la de morte. Segundo ela, na mesma ocasião ele ameaçou a avó materna de Isabella. Anna Carolina Jatobá estava com o rosto inchado, como se tivesse chorado recentemente. Ela ficou o tempo todo muito inquieta na cadeira e usava um lenço de papel. Cembranelli também quis saber detalhes sobre o comportamento de Alexandre com a filha. A defesa também fez perguntas para Ana Carolina para tentar mostrar aos jurados que Alexandre Nardoni era um bom pai para menina. Após o depoimento, o advogado Roberto Podval (foto) requereu ao juiz que preside a sessão, Maurício Fossen, para que a mãe da menina ficasse a disposição nos próximos dias, para possível acareação com os réus. Assim Ana Carolina Oliveira, ficará numa sala isolada, enquanto durar o julgamento, até que seja convocada para a tal e o promotor comentou que é uma desumanidade que a mãe da menina, durante o julgamento fique nessa situação. Acrescentamos que não acreditamos que a defesa vá fazer acareação. O advogado quer apenas retirar a mãe da menina da sala do júri, pois sua presença iria influenciar negativamente os jurados. Vai portanto mantê-la afastada tanto quanto for possível, enquanto o promotor vai ficar batendo nessa tecla de insensibilidade para criar uma situação de falta de sensibilidade da defesa. Hoje, 23, serão ouvidas mais algumas testemunhas. Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni devem dormir na carceragem de um distrito ou de outro fórum. |
Um comentário:
DESCULPE,ME MAIS ACHO QUE ISSO PRESISA SER JUSTIÇA NOSSA OS PAIS MATA A MENINA???
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