Lula e os royalties: "Bote-me fora disso!"
ELEIÇÕES 2010 Lula e os royalties: "Bote-me fora disso!" Depois de meter a colher na política do mundo todo, Lula salta fora na questão dos royalties do petróleo, dizendo que “O Congresso que resolva o problema”, como se não tivesse nada com isso, como se não fosse, na verdade, se intrometer
Fotomontagem Toinho de Passira sobre foto de Ricardo Stuckert/PR Toinho de Passira Momentos antes de voltar para o Brasil, depois da viagem ao Oriente Médio, onde foi se intrometer no conflito entre palestinos e judeus, o presidente Lula afirmou que não vai se envolver na polêmica sobre os royalties, que provocou protestos e resultou em uma passeata com mais de 150 mil pessoas no dia anterior no Centro do Rio de Janeiro. Lula disse que já havia alertado a todos os líderes sobre o risco de haver problemas este ano, devido às eleições, e avisou que a questão terá de ser resolvida no Congresso Nacional. - Já cumpri minha parte. Minha vontade era não votar os royalties este ano, pois sabia que era um ano político e que em ano de eleição todo mundo quer fazer gracinha. Disse que era para deixar para o ano que vem, pois tudo isso é para 2016. Não precisaria dessa pressa agora. Portanto, meus companheiros, a bola está nas mãos do Congresso Nacional e o Congresso que resolva o problema - declarou. Quem ver o presidente Lula falar assim imagina que a questão nasceu sozinha, que não foi o seu governo que mexeu no vespeiro com a história da legislação do pré-sal enviada às pressas ao congresso, com pedido de urgência. A pretensão era associar o seu nome e da sua candidata as novas descobertas, como se tivessem sido os dois sozinhos que houvesse descoberto petróleo nas águas profundíssimas do pré-sal. Agora Lula teme vetar a emenda do deputado Ibsen Pinheiro e prejudicar a sua candidata, pois os outros estados e municípios ficaram frustrados, por ele ter privilegiado o Rio, São Paulo e Espírito Santo. Se alguma medida não for tomada, poderá haverá uma rebeldia política nos três estados, dois deles, Rio e São Paulo, com um coeficiente eleitoral muito expressivo para ser desprezado. A solução encontra por ele, Lula, o intrometido mor, é fingir que não vai se meter. O mais provável é que vá mandar a base aliada do senado deixar tudo com estar e só dá prosseguimento ao debate depois das eleições. O presidente pretende assim estabelecer a dúvida e a insegurança, em seu favor. Tanto os eleitores dos estados produtores, como dos estados não produtores ficarão com a esperança que teriam ganhado a parada, ao mesmo tempo em que ficarão temerosos em perdê-la. Conclusão, essa confusão montada pelo presidente em torno dos royalties será mais uma das terríveis heranças malditas que ele estará deixando para o sucessor. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário