ELEIÇÕES 2010 O PT em busca de um cadáver
O que ocorreu em São Paulo nos últimos dias, antever o clima de guerra que se instalará no país, durante a campanha eleitoral. Sindicalistas em busca do lugar ao sol, num próximo governo petistas, não hesitam em atirar seus liderados para um desnecessário, ilegal e desfavorável confronto com Tropas de Choques em busca de um mártir, para usar contra o adversário
Foto: Yuri Gonzaga/Flickr
PM AGREDIDA: A imagem que restou dessa manifestação foi essa: a soldado Érika Cristina Moraes de Souza Canavezi, ferida com um golpe de madeira no rosto, socorrida por um policial militar à paisana. Apressados os sindicalistas difundiram que era um professor que socorria a policial. A PM informou sem tirar proveito da situação que a Policial Militar foi medicada, liberada e passa bem
Toinho de Passira Fontes: Portal PM SP , Noticias R&, Correio Braziliense, Coturno Noturno
O grito de guerra da presidente da APEOESP (sindicato dos professores de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, antes da manifestação que levou um grupo de supostos professores a se confrontar com a Polícia Militar de São Paulo.
"Estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido e desse governador."
O choque entre a Polícia e os manifestantes só ocorre, por que o sindicato direciona a passeata, para invadir o Palácio do Governo de São Paulo.
Não é uma manifestação de professores mostrando insatisfação contra o governador e reivindicando melhorias para a classe.
É uma multidão comandada por carros de sons gritando palavras de ordem, e tentando inflar os participantes e criar o clima de confronto.
O objetivo da passeata dita pacifica é ultrapassar uma barreira composta de policiais do batalhão de choque postada na área de segurança, limita por lei, protegendo as instalações do Palácio Bandeirantes.
Foto: Foto por Rodrigo Coca/AE
Que tipo de líder é esse que direciona os seus liderados para um confronto ilegal e com riscos físicos, desnecessariamente, apenas para prestar serviço a sua preferência eleitoral?
Será que era mesmo professores, as pessoas que atiravam pedras contra a PM, que tentavam invadir conscientemente uma área de segurança, que provocavam um conflito com riscos de mortos e feridos?
Na verdade é um mártir que eles buscam. Um cadáver para usar na campanha.
Interessante que não se vê esses modernos líderes sindicais envolvidos nas manifestações. Fazem comícios inflamados, posam para fotos no inicio da passeata, depois vão para o sindicato assistir na televisão os seus liderados agredir a polícia e perturbar a ordem pública.
Falou-se no fim da manifestação que 16 pessoas ficaram feridas, entre elas sete policiais. Dos policiais se sabe o nome, e como estão, dos manifestantes feridos só se identificou um, o professor de Sorocaba, Rogério José Hoffart de Melo, de 30 anos, atingido por uma bala de borracha.
Cadê os outros professores feridos? Ou não existem ou não eram professores os que estavam na passeata e se confrontaram com a polícia. Também a professora sofrera uma parada cardíaca no meio da passeata, não tem nome, nem se sabe como se encontra, simplesmente porque não existe.
Eles quiseram se aproveitar até da imagem da PM ferida, para usar na campanha, imagina se houvessem imagens de feridos graves entre os professores.
Foto: Yuri Gonzaga/Flickr
No Blog Coturno Noturno há uma interessante observação:
“Os Blogueiros do Esgoto estão perguntando no twitter: o que um policial à paisana está fazendo no meio de professores? Respondam a eles: salvando a vida dos seus colegas, vagabundos!”
Professores dão aula de baderna
Foto: Ernesto Rodrigues/AE
Professores de São Paulo em greve queimaram apostilhas distribuídas pelo governo com a rede pública de ensino
Gilberto Dimenstein Fontes: Folha de São Paulo
Fico me perguntando como os alunos analisam as imagens de professores desrespeitando a lei e atirando paus e pedras contra a polícia, como vimos na manifestação nos arredores do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo --afinal, supostamente são os professores que, em sala de aula, devem zelar pela disciplina.
É claro que, nem remotamente, a agressividade daquela manifestação representa os professores. Trata-se apenas de uma minoria organizada e motivada, em parte, pelas eleições deste ano.
A presidente da Apeoesp (o maior sindicato dos professores estaduais), Maria Izabel Noronha, disse que estava ali para quebrar a "espinha dorsal" do governador (Serra) e de seu partido (o PSDB) --ela que, no dia anterior, estava no palanque de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República.
Mas será que os alunos sabem disso? Será que vão imaginar que os professores são daquele jeito, sem limites, indisciplinados?
Todos sabemos como é difícil impor disciplina em sala de aula e, mais ainda, conter a violência. Não será com exemplos de desrespeito (de quem deveria dar o exemplo) que a situação vai melhorar. Muito pelo contrário: afinal, o que se viu foi uma aula de baderna.
Só espero que pelo menos essa lição os estudantes não aprendam.
Gilberto Dimenstein 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras. |
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Um comentário:
Qual a função social do jornalista?
Receber um cargo comissionado?
Alienar o público "leitor"?
Uma vergonha esta página na internet!
*Eu não dou muito tempo para que o meu comentário seja apagado/censurado.
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