Chávez quer bater recorde autoritário de Fidel
DITADURA VENEZUELANA Chávez quer bater recorde autoritário de Fidel O ditador venezuelano parece que quer ultrapassar o seu ídolo, Fidel Castro, em número de presos políticos, prendendo todos que ousem discordar, criticar ou não aprovarem os seus atos ditatoriais, já são quarenta os considerados presos de consciência na Venezuela, contra 53 presos em Cuba, segundo a Anistia Internacional
Fotos: Yunio Lugo/Archivo Latino Toinho de Passira Numa sequência autoritaria sem precedentes, o presidente Hugo Chávez mandou prender três opositores ao seu projeto autoritário, reporta a revista Veja desta semana. Na segunda-feira, Oswaldo Álvarez Paz, ex-governador do estado de Zulia, foi detido em Caracas. Ele havia comentado em um programa de televisão sobre as relações entre o presidente e os narcoguerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e os terroristas bascos do ETA. Foto: Imagem captado de vídeo da Globovision Na quinta-feira, foi a vez do deputado federal Wilmer Azuaje e do dono do canal de televisão Globovisión, Guillermo Zuloaga. Azuaje acusa a família do presidente de corrupção no estado de Barinas. Zuloaga, por sua vez, preside o único canal de TV que não se submeteu à mordaça chavista – todos os demais foram comprados, expropriados ou cooptados pelo regime.
Em uma reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), realizada em Aruba, Zuloaga declarou: "Não se pode falar em liberdade de expressão em um país quando o governo usa a força para fechar os meios de comunicação". Chávez sentiu-se "ofendido e vilipendiado". Zuloaga foi detido quando embarcava para passar a Páscoa em uma ilha caribenha. Foi interrogado e solto algumas horas depois, mas permanece proibido de deixar o país. A Venezuela tem quarenta presos de consciência. Entre eles estão jornalistas, políticos, militares e uma juíza, María Lourdes Afiuni, que determinou a libertação de um empresário detido, sem julgamento, por quase três anos. A repressão cresce à medida que a economia venezuelana afunda e as eleições legislativas se aproximam. Neste ano, a inflação deve chegar a 40%. O país vive apagões constantes e, para economizar eletricidade, Chávez decretou três dias de feriado. Nas eleições deste ano, o presidente corre o risco de perder a maioria na Assembleia Nacional – isso se ele não empastelar completamente as eleições, como tentou fazer das últimas vezes. Enquanto o pleito não chega, o caudilho impõe medo à população e censura o seu acesso a informações independentes. Com as prisões da semana passada, Chávez deixou claro do que é capaz. Foto:Assiciated Press *"Os prisioneiros de Chávez" é o título original do texto de Veja. **Acrescentamos imagens, observações, legendas, fotos e subtítulos, de material pesquisados em outras fontes, sobre o artigo original da revista |
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