Lula no palanque de Haddad.
BRASIL Lula no palanque de Haddad Em solenidade com tom de campanha, no Palácio do Planalto, o ex-presidente prestigiou o afilhado político, que concorrerá à prefeitura de São Paulo. O ex-ministro disse que vai começar a campanha na segunda-feira, como se a sua candidatura já estivesse oficializada e a campanha liberada pela Justiça Eleitoral. Com a palavra o TRE de São Paulo e o Superior Tribunal Eleitoral. Aproveitando a ocasião Dilma deu posse a Mercadante no Ministério da Educação, como se vê os governos petistas não levam a sério a educação no país. Foto: Domingos Tadeu/PR Postado por Toinho de Passira O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao Palácio do Planalto pela primeira vez desde que deixou o posto, nesta terça-feira, para prestigiar a despedida de Fernando Haddad do comando do Ministério da Educação (MEC). Haddad, que entregou o cargo a Aloizio Mercadante, teve a pré-candidatura à prefeitura de São Paulo apadrinhada por Lula. O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, tomou posse no lugar de Mercadante. Em seu discurso, Haddad fez questão de agradar o padrinho. Disse que foi uma honra ter trabalhado com um metalúrgico. "Falo isso como um professor universitário", afirmou. Em tom eleitoreiro, agradeceu a confiança da presidente Dilma Rousseff e disse que estava emocionado por "poder aprovar projetos ousados, poder sonhar com um Brasil diferente, elevar a esperança de jovens brasileiros". O agora ex-ministro disse, na segunda-feira, que este seria seu primeiro dia de campanha - embora a candidatura não esteja oficializada e a campanha não esteja liberada pela Justiça Eleitoral -, o que suscitou críticas de opositores. A solenidade no Palácio do Planalto ganhou ares de palanque com manifestações de apoio à candidatura. A presidente Dilma não poupou elogios, e chamou Haddad de "grande ministro da Educação", abençoando a candidatura. "Sempre que uma pessoa talentosa vai enfrentar um desafio, a gente tem que ficar feliz. Nenhum de nós pode ficar onde está, tem que ir além”, disse a presidente. “Fico feliz e ao mesmo tempo infeliz porque se trata de um excepcional gestor público, grande educador e amigo querido.” Ela voltou a elogiar o Enem. E, parecendo inspirada pela presença de Lula, fez até uma analogia. "Projeto é que nem criança, se você não acompanhar, não melhora. Você tem que mudar o que está errado", afirmou. "Seria soberba imaginar projeto que nasce é perfeito, ele precisa do teste da realidade. Esses desvios temos a humildade de reconhecer e corrigir." Tido como técnico, até o novo ministro da Ciência e Tecnologia fez um discurso político em favor de Haddad: "Seu trabalho em São Paulo terá o nosso apoio", disse. Raupp também citou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), com quem disse ter trabalhado. Sem cerimônia, chamou o vice-presidente Michel Temer de "amigo" e elogiou Mercadante e Dilma: "A eficiência gerencial e exigência de otimização de recursos é uma tônica na atuação dela. "Haddad também se defendeu das críticas às falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em sua gestão. "A cada desafio lançado - e não foram poucos -, o debate se instalava, com turbulências conhecidas e retorno favorável aos avanços, seja na questão das universidades publicas, seja no Enem", disse. Ao sucessor Aloizio Mercadante, Haddad disse que o MEC é "apaixonante": "Na sua gestão tenho certeza, Mercadante, que a educação vai avançar muito mais. Estarei na minha cidade torcendo muito para ver você anunciar indicadores de crescimento". O ex-ministro da Ciência e Tecnologia e novo ministro da Educação, que emplacou o sucessor no posto, disse que a pasta "não podia estar em melhores mãos" e destacou a trajetória de Raupp. Lula roubou a cena durante a cerimônia. A presença do ex-chefe do Executivo fez com que políticos petistas e até da oposição interrompessem as férias para prestigiar ao evento, como o presidente do PT, Rui Falcão, e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Foto: Agência Brasil De chapéu e terno pretos, Lula desceu a famosa rampa do Salão Nobre do Palácio do Planalto ao lado da presidente Dilma Rousseff e foi aplaudido. Ele enfrenta um câncer na laringe desde outubro de 2011. |
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