EUA expulsaram consulesa venezuelana de Miami
ESTADOS UNIDOS - VENEZUELA EUA expulsaram consulesa venezuelana de Miami Sem divulgar o motivo, o governo americano comunicou a embaixada da Venezuela em Washington, que consulesa venezuelana Livia Acosta, que servia em Miami, tornou-se uma "persona non grata". A diplomata havia sido citada num documentário da TV "Univisión", numa história de conspiração contra os Estados Unidos. Mesmo sem comprovação os americanos mandaram a venezuelana de volta para casa. O New York Times diz acreditar que a expulsão é mais um movimento diplomático agressivo entre os dois países e que o governo Obama está usando o incidente para mostrar a desaprovação do apoio de Hugo Chávez ao governo iraniano de Mahmoud Ahmadinejad. Foto: Javier Caceres /Associated Press Postado por Toinho de Passira A consulesa da Venezuela em Miami (EUA), Livia Acosta Noguera, foi declarada "persona non grata" pelo governo norte-americano e deverá abandonar o país antes da próxima terça-feira, informou neste domingo um porta-voz do Departamento de Estado. A embaixada da Venezuela em Washington recebeu a notificação oficial na sexta-feira e a consulesa "deve sair dos Estados Unidos antes do dia 10 de janeiro", disse o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostick, que destacou que não pode dar detalhes específicos sobre os motivos da decisão. "O Departamento de Estado informou à embaixada da República Bolivariana da Venezuela no dia 6 de janeiro que, de acordo com o artigo 23 da Convenção de Relações Consulares de Viena, Livia Acosta Noguera, cônsul geral venezuelana em Miami, foi declarada 'persona non grata'", afirmou Ostick. Este artigo da Convenção de Viena estipula as condições pelas quais o Estado receptor de pessoal consular pode comunicar "o tempo todo ao Estado que envia que um funcionário consular é 'persona non grata', ou que qualquer outro membro do pessoal já não é aceitável". O ponto quatro deste artigo indica, além disso, que o Estado receptor "não estará obrigado a expor ao Estado que envia (o funcionário) os motivos de sua decisão". No último mês de dezembro, a rede de televisão "Univisión" transmitiu o documentário "A ameaça iraniana" sobre um suposto plano em 2006 para atacar os sistemas de várias usinas nucleares nos EUA, além da Casa Branca, do FBI (polícia federal americana) e da CIA (agência de inteligência americana). Alguns dos entrevistados disseram que as embaixadas de Irã, Cuba e Venezuela também teriam participado. Na reportagem uma senhora Acosta, é citada com participante das discursões. A consulesa venezuelana Livia Acosta Noguera, servia na embaixada da Venezuela, à época dos fatos narrados no documentário. O New York Times, diz que o documentário exibido pela Univision relata uma conspiração quem mais parece ser uma ficção e que não há evidencias de que as autoridades americanas tinham sido capazes de comprovar as acusações contidas no programa transmitido pela TV. Para o jornal novaiorquino a “decisão de expulsar o diplomata coincidiu com a decisão da administração Obama de desaprovar a disposição da Venezuela de manter relações amistosas com o Irã, apesar dos esforços internacionais para isolá-lo sobre seu programa nuclear”. Na noite de domingo, quando a expulsão da diplomata era anunciada o presidente Chávez estava se preparando para receber o presidente Mahmoud Ahmadinejad do Irã, em Caracas na primeira etapa de uma turnê latino-americana. Chávez tem usado por muito tempo seus laços com o Irã como uma forma de afrontar os Estados Unidos, a quem ele se refere como um agressor imperialista visando derrubar seu governo socialista. Essa pendenga vem de longe: Chávez já expulsou o embaixador americano na Venezuela, Patrick Duddy D., em setembro de 2008, alegando que os Estados Unidos estavam apoiando um grupo de oficiais militares tramando um golpe contra ele. Em resposta, os Estados Unidos expulsaram o embaixador venezuelano. Ao mesmo tempo em que acusavam dois funcionários do alto escalão no governo de Chávez de envolvimento em tráfico de drogas. Um desses funcionários, o general Henry Rangel Silva, foi nomeado ministro da Defesa de Chávez na semana passada. Foto: AFP/Getty Images
No momento não existe em Caracas um embaixador dos Estados Unidos, nem nos EUA um embaixador da Venezula. Foto: Juan Barreto/AFP/Getty Images O presidente venezuelano, Hugo Chávez, recebeu no domingo o líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que chegou à venezuelana, como primeira parada de uma turnê que visa atrair o apoio dos líderes de esquerda na América Latina. O ocidente, liderado pelos Estados Unidos tentam isolar a República Islâmica e atingir as exportações de petróleo que são vitais para o país. "Um porta-voz e uma porta-voz em Washington do Departamento de Estado ou da Casa Branca disseram que não seria conveniente para qualquer país se aproximar do Irã. Bom, a verdade é que isso faz rir", disse Chávez em discurso televisionado. "Eles não conseguirão dominar o mundo. Esqueça isso Obama, esqueça. Seria melhor pensar sobre os problemas do seu país, que são muitos", afirmou. "Somos livres. O povo da América Latina jamais se ajoelhará novamente, dominado pelo ianque imperial. Nunca mais", concluiu. |
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