Toque de Celular interrompe Filarmônica de Nova York
ESTADOS UNIDOS Toque de Celular interrompe Filarmônica de Nova York Um celular que tocava de forma irritante, o popular toque 'marimba', na primeira fileira do Lincoln Center, em Nova Iorque, fez o diretor da Filarmônica, Alan Gilbert, parar a orquestra e advertir o dono do aparelho sob os aplausos da plateia. Nos seus 170 anos de história essa foi a primeira vez que a famosa orquestra interrompeu uma apresentação. Foto: Arquivo/Divulgação Postado por Toinho de Passira O som de um telefone celular obrigou a Filarmônica de Nova York a interromper - pela primeira vez na história - um de seus concertos, que não foi retomado até que o dono desligasse o aparelho. Os fatos aconteceram na noite de terça-feira (11), quando o diretor da Filarmônica, Alan Gilbert, estava conduzindo seus músicos no último movimento da Nona Sinfonia do tcheco Gustav Mahler. Foi então que começou a tocar da primeira fila o popular tom de chamada "marimba", que imita o som deste instrumento no iPhone da Apple. Embora o público tenha expressado seu descontentamento, o telefone não parou de tocar. Gilbert começou a gesticular enquanto o aparelho continuava “marimbando”. Cansado e irritado com o incidente, o maestro ordenou a interrupção do concerto, algo que jamais havia acontecido nas mais de 14 mil vezes que a Filarmônica de Nova York tocou ao longo de seus 170 anos de história. Em seguida, o diretor-maestro, visivelmente aborrecido, pediu em voz alta ao proprietário que desligasse o aparelho. Como o dono do aparelho não desligou de imediato, o sempre educado público da Filarmônica, assobiou e exigiu aos gritos que ele fosse expulso da sala enquanto o Iphone continuava tocando entre o barulho da multidão, habitualmente acostumada a escutar a orquestra no mais absoluto silêncio. Gilbert finalmente desceu do palco e se encaminhou com direção ao dono do celular, que tirou o aparelho do bolso e desligou. "Está desligado? Vai voltar a tocar?", perguntou o diretor ao homem, que se limitou a consentir com a cabeça, e o concerto foi retomado poucos minutos depois entre os aplausos do público do emblemático Avery Fisher Hall do Lincoln Center. Logo em seguida um dos funcionários da Sinfônica discretamente pediu e apreendeu o celular, que só foi devolvido ao proprietário no dia seguinte. Falando ao New York Times Alan Gilbert, disse que geralmente ignora o som dos celulares nas salas de concerto apesar do transtorno, mas dessa vez a intervenção deixou todos atordoados, pois, estava sendo executado o movimento final da 9ª Sinfonia de Gustav Mahler, um momento cheio de sentimento concebido para ser executado solitariamente pela seção de cordas. O dono do celular concedeu uma entrevista ao New York Times sob a condição de não ser identificado. Trata-se de um empresário de 60 anos, que a mais de 20 anos, contribui com a filarmônica. Tem relações de amizade com vários integrantes da orquestra e é um amante da música erudita. Ele disse estar envergonhado a ponto de não ter conseguido dormir nos dias seguintes ao incidente. O homem disse que ele próprio ficara muitas vezes irritado com tosses, aplausos inoportuna - e sons de celulares durante as apresentações. Justificou a demora em desligar, por não ter percebido que o som que incomodava o maestro e a orquestra estava vindo do seu celular. Até então olhava para os lados procurando identificar a origem do toque. Explicou que sua empresa substituira seu BlackBerry por um iPhone no dia anterior ao concerto. Disse que fez questão de desligá-lo antes do concerto, não percebendo que o despertador tinha sido acidentalmente acionado, para tocar bem no meio do concerto. Finalmente comentou que teve a oportunidade de enviar um pedido de desculpas aceito, pelo maestro Alan Gilbert e por extensão de toda a filarmônica. Foto: The Telegraph |
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