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16 de jul. de 2012

VEJA: O PT de Dilma

BRASIL – Eleição 2014
O PT de Dilma
Os conflitos entre aliados na eleição municipal levam a presidente a montar grupo de ministros petistas para cuidar da articulação com os partidos e comandar sua campanha à reeleição em 2014, assunto sobre o qual ela já fala abertamente

Foto: Reuters

Dilma se encontrou com Temer para reforçar que o PMDB seguirá como o principal aliado do governo

Postado por Toinho de Passira
Texto de Otávio Cabral
Fonte: Veja - 16/07/2012

Até agora, Dilma Rousseff era um raro caso de alguém que fez sucesso na política praticamente sem tê-la exercitado. Em sua primeira experiência eleitoral, quando não era uma liderança nem mesmo em seu partido, foi eleita presidente do quinto maior país do mundo. Para isso, contou com a popularidade de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em seus primeiros dezoito meses como presidente, seguiu a mesma cartilha do tempo em que era ministra e concentrou-se nas questões administrativas — nem aí para a política. Essa parte foi deixada nas mãos de Lula e do PT. De novo, foi um sucesso. Seu governo atingiu índices de aprovação popular maiores que os do anterior.

No último mês, porém, a receita deu para desandar. Convalescendo do tratamento de câncer, Lula deixou a articulação política e focou suas ações na eleição para prefeito de São Paulo. O PT passou a defender interesses contrários aos de Dilma, como a defesa dos réus do mensalão. E, aproveitando o período eleitoral, partidos aliados, como o PSB e o PMDB, começaram a desafiar o governo.

A gota-d’água foi o caso Belo Horizonte, cidade onde o PSB rompeu com o PT e se aliou à oposição. Prevendo turbulências no horizonte, Dilma decidiu pilotar o próprio voo. Convocou cinco de seus ministros mais próximos e montou um grupo que será responsável pela costura política do governo e pela sua campanha à reeleição em 2014 — assunto que ela passou a mencionar abertamente. Com isso, deu o primeiro passo para montar seu próprio PT e afastar-se da órbita de Lula.

Nas duas últimas semanas, a presidente reuniu-se três vezes no Palácio da Alvorada com os ministros de sua nova tropa de elite: Alexandre Padilha (Saúde), Paulo Bernardo (Comunicações), Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). São todos petistas históricos, sendo que os dois primeiros já eram ministros no governo Lula. Hoje, não apenas são os auxiliares mais próximos de Dilma, como também seus principais conselheiros políticos. É a eles que a presidente recorre quando precisa se informar sobre eleições e é a eles que confia missões delicadas como as que envolvem negociações com os partidos aliados e o Congresso.

“A definição dos palanques municipais começou a sair do controle do governo e fez a presidente perceber que precisa dedicar mais tempo à política. Como ela não gosta muito do tema nem tem experiência partidária, montou uma equipe de confiança para isso”, diz um dos cinco ministros do grupo.

A primeira reunião da equipe foi convocada pela presidente assim que ela foi informada da crise na eleição de Belo Horizonte. Na cidade, havia desde 2008 uma inusitada aliança, com os rivais PT e PSDB apoiando o prefeito Marcio Lacerda, do PSB. Agora, o PSB decidiu romper com os petistas e manter o acordo apenas com os tucanos.

Há três fatores que colaboraram para transformar uma disputa local em uma questão nacional – e de honra - para a presidente. Belo Horizonte é sua cidade natal. O líder do PSDB local é o senador Aécio Neves, seu provável rival em 2014. E o mentor da aliança foi Eduardo Campos, presidente do PSB, governador de Pernambuco e, embora aliado do governo, possível adversário de Dilma em 2014.

Diante disso, a presidente resolveu usar a força do governo para equilibrar o jogo na capital mineira: lançou a candidatura do ex-ministro Patrus Ananias, do PT, e levou para o seu palanque uma dezena de partidos, inclusive o PMDB e o PSD, o que lhe dará o maior tempo na propaganda de televisão.

"Dilma se recusava a entrar na campanha municipal. Mas ela viu que o caso de BH terá influência direta em 2014. Foi a primeira vez que a vi falar em reeleição”, afirma outro ministro do grupo.

Na semana passada, a presidente se reuniu com Eduardo Campos e com o governador do Ceará, Cid Gomes, em um jantar no Palácio da Alvorada. Acompanhada de Paulo Bernardo e Gleisi, serviu bacalhau, sopa de legumes e vinho nacional — e foi dura no recado.

Em tom cordial, reafirmou o desejo de continuar ao lado dos socialistas em 2014, mas deixou claro que não aceitará que a eleição municipal sirva de instrumento de chantagem contra ela. Qualquer que seja o resultado, Eduardo Campos não substituirá Michel Temer como vice em sua chapa. E uma eventual tentativa de voo-solo de Eduardo será interpretada pelo governo como um rompimento.

No dia seguinte, Dilma se encontrou com Temer para reforçar que o PMDB seguirá como o principal aliado do governo e que ela nada fará para impedir que o partido ocupe a presidência da Câmara e a do Senado em 2013.

Historicamente, as eleições municipais servem como aquecimento para a disputa presidencial. Neste ano, há outros fatores que ajudam a levar a sucessão de Dilma ao tabuleiro. O principal é a convicção — no governo e em parte da oposição — de que Lula não tentará voltar à Presidência. Além dos problemas de saúde — que hoje dificultam sua fala e locomoção e inviabilizam a participação em uma campanha nacional —, ele perdeu parte da influência que tinha sobre o eleitorado.

Hoje, segundo o Datafolha, Dilma é um cabo eleitoral mais eficiente do que Lula em São Paulo. Há ainda o julgamento do mensalão, em agosto, que, em caso de condenação dos réus, tenderá a enfraquecer o PT de Lula e José Dirceu. Dilma sabe que precisa montar seu próprio PT para buscar um novo mandato. E dá mostras de que, para obtê-lo, está disposta até a fazer política.


9 de jul. de 2012

Aloprados: esconderam o chefe do esquema

BRASIL – Corrupção
Aloprados: esconderam o chefe do esquema
Delegado do caso dos aloprados diz a amigos que a PF protegeu os mandantes do crime e que Lula tinha conhecimento da compra do dossiê

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Veja - 09/07/

O verbete “aloprado” foi usado pela primeira vez pelo ex-presidente Lula para qualificar os petistas presos numa atrapalhada e fracassada operação destinada a prejudicar candidatos tucanos nas eleições de 2006. Incorporado ao dicionário da corrupção brasileira, o termo bem poderia ser aplicado hoje aos investigadores do caso. Informações que vêm agora à tona provam que eles se preocuparam em incriminar apenas os bagrinhos e deixaram escapar os peixes graúdos: aqueles que encomendaram e planejaram o crime.

Um personagem central dessa história é o delegado Edmilson Pereira Bruno. No dia 15 de setembro de 2006, ele foi escalado para fazer um flagrante em um hotel em frente ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Lá estavam Valdebran Padilha e Gedimar Passos, petistas que, de posse de 1,7 milhão de reais, negociavam com notórios pilantras de Cuiabá a compra de um dossiê fajuto contra os tucanos.

Os dois foram presos. No curso das investigações, Bruno disse ao Ministério Público que havia condições de aprofundar a investigação e prender também os chefes do esquema, mas que seu trabalho estava sendo obstruído pela cúpula da Polícia Federal. Desde então, o delegado vinha se mantendo calado. Há duas semanas, porém, ele almoçou com um grupo de colegas e fez importantes confidências sobre o caso. Eis as principais:

• Ao ser preso, Gedimar disse a Bruno que temia ser morto, já que sua missão era de conhecimento dos principais dirigentes do PT. Citou nominalmente o então candidato ao governo de São Paulo e hoje ministro, Aloizio Mercadante, e o ex-presidente Lula. Ao chegar à sede da PF, porém, Gedimar foi instruído pelo então diretor executivo do órgão, Severino Alexandre, a mudar o depoimento e omitir os nomes estrelados.

• Na PF, contrariando as regras e com a anuência dos policiais, Gedimar circulou sem algemas e falou ao celular. Deu pelo menos cinco telefonemas, durante os quais avisou aos superiores o que estava ocorrendo. Em seguida, foi ao banheiro, jogou o chip do telefone na privada e apagou a memória do aparelho. Jamais se soube quem eram seus interlocutores.

• Valdebran Padilha afirmou em um primeiro depoimento que os papéis que tinha em mãos eram apenas parte do dossiê que o grupo havia comprado dos pilantras de Cuiabá. O restante do material tinha 2000 páginas e nomes de mais de 200 políticos supostamente ligados à máfia que fraudava licitações na área da saúde. Ele estaria em um jatinho em Congonhas. Bruno afirma ter sido impedido de buscar o material por seus superiores — Severino Alexandre e o superintendente Geraldo Araújo. Se encontrada, a versão integral do dossiê poderia fornecer mais pistas sobre quem o havia encomendado. A exemplo de Gedimar, Valdebran também foi orientado a mudar o depoimento e omitir essa informação, disse o delegado Bruno.

• No dia da prisão de Gedimar e Valdebran, Bruno solicitou ao hotel em que foi feito o flagrante uma cópia do circuito interno de TV. A direção do hotel pediu uma requisição formal da PF. Geraldo Araújo, o superintendente do órgão, no entanto, protelou o encaminhamento do pedido o quanto pôde, diz Bruno. Só o fez depois que um jornal publicou reportagem denunciando a demora. Foi graças a essas imagens que Hamilton Lacerda, o petista mais importante na lista dos denunciados, foi preso dias depois.

• Na delegacia, logo após o flagrante, o superintendente Araújo recebeu uma ligação de Márcio Thomaz Bastos, então ministro da Justiça, que queria saber se o nome do presidente Lula havia sido citado pelos presos. Assim que desligou, Araújo disse a Bruno: “Olha o problema que você criou. Daqui para a frente, você deve agir como o macaco que não fala, não ouve e não vê”. Araújo ordenou ainda a Bruno que não divulgasse a foto do dinheiro apreendido com Gedimar e Valdebran.

Procurado por VEJA, Bruno afirmou que não daria mais declarações sobre o caso, já que isso só lhe havia causado problemas. Desde o dia do flagrante, o delegado foi alvo de três processos, dois deles para apurar o vazamento de informações sobre o inquérito e outro para averiguar eventual "comprometimento político” de sua parte. Na semana passada, a Justiça decidiu que o 1,7 milhão de reais apreendido ficará com a União, já que não foi reclamado por ninguém. É um raro caso de dinheiro sem dono — e de crime sem mandante. Mas este já não se pode dizer que seja tão raro assim.


24 de jan. de 2012

Lula no palanque de Haddad.

BRASIL
Lula no palanque de Haddad
Em solenidade com tom de campanha, no Palácio do Planalto, o ex-presidente prestigiou o afilhado político, que concorrerá à prefeitura de São Paulo. O ex-ministro disse que vai começar a campanha na segunda-feira, como se a sua candidatura já estivesse oficializada e a campanha liberada pela Justiça Eleitoral. Com a palavra o TRE de São Paulo e o Superior Tribunal Eleitoral. Aproveitando a ocasião Dilma deu posse a Mercadante no Ministério da Educação, como se vê os governos petistas não levam a sério a educação no país.

Foto: Domingos Tadeu/PR

Mercadante, Michel Temer, Dilma, Lula, Sarney e Haddad na cerimônia de posse dos ministros, em Brasíla.

Postado por Toinho de Passira
Fontes:Veja

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao Palácio do Planalto pela primeira vez desde que deixou o posto, nesta terça-feira, para prestigiar a despedida de Fernando Haddad do comando do Ministério da Educação (MEC). Haddad, que entregou o cargo a Aloizio Mercadante, teve a pré-candidatura à prefeitura de São Paulo apadrinhada por Lula. O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, tomou posse no lugar de Mercadante.

Em seu discurso, Haddad fez questão de agradar o padrinho. Disse que foi uma honra ter trabalhado com um metalúrgico. "Falo isso como um professor universitário", afirmou. Em tom eleitoreiro, agradeceu a confiança da presidente Dilma Rousseff e disse que estava emocionado por "poder aprovar projetos ousados, poder sonhar com um Brasil diferente, elevar a esperança de jovens brasileiros".

O agora ex-ministro disse, na segunda-feira, que este seria seu primeiro dia de campanha - embora a candidatura não esteja oficializada e a campanha não esteja liberada pela Justiça Eleitoral -, o que suscitou críticas de opositores. A solenidade no Palácio do Planalto ganhou ares de palanque com manifestações de apoio à candidatura. A presidente Dilma não poupou elogios, e chamou Haddad de "grande ministro da Educação", abençoando a candidatura.

"Sempre que uma pessoa talentosa vai enfrentar um desafio, a gente tem que ficar feliz. Nenhum de nós pode ficar onde está, tem que ir além”, disse a presidente. “Fico feliz e ao mesmo tempo infeliz porque se trata de um excepcional gestor público, grande educador e amigo querido.”

Ela voltou a elogiar o Enem. E, parecendo inspirada pela presença de Lula, fez até uma analogia. "Projeto é que nem criança, se você não acompanhar, não melhora. Você tem que mudar o que está errado", afirmou. "Seria soberba imaginar projeto que nasce é perfeito, ele precisa do teste da realidade. Esses desvios temos a humildade de reconhecer e corrigir."

Tido como técnico, até o novo ministro da Ciência e Tecnologia fez um discurso político em favor de Haddad: "Seu trabalho em São Paulo terá o nosso apoio", disse. Raupp também citou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), com quem disse ter trabalhado. Sem cerimônia, chamou o vice-presidente Michel Temer de "amigo" e elogiou Mercadante e Dilma: "A eficiência gerencial e exigência de otimização de recursos é uma tônica na atuação dela.

"Haddad também se defendeu das críticas às falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em sua gestão. "A cada desafio lançado - e não foram poucos -, o debate se instalava, com turbulências conhecidas e retorno favorável aos avanços, seja na questão das universidades publicas, seja no Enem", disse.

Ao sucessor Aloizio Mercadante, Haddad disse que o MEC é "apaixonante": "Na sua gestão tenho certeza, Mercadante, que a educação vai avançar muito mais. Estarei na minha cidade torcendo muito para ver você anunciar indicadores de crescimento".

O ex-ministro da Ciência e Tecnologia e novo ministro da Educação, que emplacou o sucessor no posto, disse que a pasta "não podia estar em melhores mãos" e destacou a trajetória de Raupp.

Lula roubou a cena durante a cerimônia. A presença do ex-chefe do Executivo fez com que políticos petistas e até da oposição interrompessem as férias para prestigiar ao evento, como o presidente do PT, Rui Falcão, e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Foto: Agência Brasil

LULA, O MILONGUEIRO - O ex-presidente parecia dançar um tango com Dilma, enquanto descia a rampa do Salão Nobre do Planalto.

De chapéu e terno pretos, Lula desceu a famosa rampa do Salão Nobre do Palácio do Planalto ao lado da presidente Dilma Rousseff e foi aplaudido. Ele enfrenta um câncer na laringe desde outubro de 2011.

A presença do ex-presidente emocionou Dilma. “Para mim é uma honra, pela primeira vez nosso presidente Lula voltar ao Planalto. Com o passar do tempo, a gente fica um monte de chorões. Eu também posso, por não poder conter as lágrimas, chorar”, afirmou. Mercadante também ficou com a voz embargada em seu discurso.

Por pior que tenha sido, temos a impressão que Mercadante a frente do Ministério da Educação, vai fazer a gente sentir saudades de Haddad e suas trapalhadas pontuais.


15 de abr. de 2011

Mercadante inventa um boato de US$ 12 bilhões

BRASIL - CHINA
Mercadante inventa um boato de US$ 12 bilhões
O improvisado Ministro da Ciencia e Tecnologia, Aloizio Mercadante, esta prestes a se tornar verbete do Guinness por excesso de fanfarronice: espalhou que os chineses da Foxconn iriam investir no Brasil US$ 12 bilhões e gerar 100 mil novos empregos, mas esqueceu de combinar com eles. Depois do impacto inicial os analistas, comentaristas econômicos e a própria empresa estão perplexos.A verdade é que Mercadante se superou.

Ilustração Toinho de Passira

GLOBALIZAÇÃO DA GABOLICE - Mercadante deixa de ser um idiota local, para ser uma piada de alcance mundial.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: The Wall Street Journal - Ingles, The Wall Street Journal - Portugues, Forbes, ZDnet, G1, Gazeta do Povo

O anúncio de que a chinesa Foxconn, montadora do iPad para a Apple, investiria US$ 12 bilhões no Brasil, pela boca do Ministro da Ciência e Tecnologia, Aluizio Mercadante, trouxe euforia e um ar de triunfalismo à visita de Dilma a China.

É bem verdade que Dilma teve um encontro com Terry Gou, o fundador da Hon Hai, controladora da Foxconn, onde se reuniu com o presidente da multinacional fundada em Taiwan e que concentra suas operações na China, mas o resultado da conversa em nada concretiza o alardeado pelo eufórico e precipitado Mercadante.

Segundo o comentarista do "The Wall Street Journal", Jason Dean, a holding Hon Hai, controladora da Foxconn, claramente, “foi pega desprevenida”, com o anuncio sensacionalista divulgado no Brasil e espalhado pelos quatro cantos do planeta.

Na verdade ao que parece, o Ministro confundiu e alardeou, na melhor das hipóteses, uma vaga intenção como um fato consumado.

Diz o Wall Street Journal: “A empresa (Hon Hai) levou a maior parte da quarta-feira para produzir um comunicado de 160 palavras que elogiava o potencial e a localização estratégica do Brasil e falava vagamente em explorar novas oportunidades de investimentos no país.”

Nada nem de longe parecido com as declarações do falastrão Mercadante . Aqui no nordeste chamamos esse tipo de "bucho de piaba".

Não existe nada de concreto de que a Apple e a Foxconn vão produzir o computador tablet iPad no Brasil, por enquanto. O ministro improvisado afirmou aos jornalistas num sonho delirante, de que até o final de novembro já estaria no mercado os primeiros tabletes produzidos no Brasil, pela Foxconn. A produção de iPads deveria começar a ser feita com a estrutura que a Foxconn já mantém no país, a partir de componentes importados.

No delírio de Mercadante os investimentos da Foxconn poderiam gerar 100 mil novos empregos no Brasil. Fosse verdade, estariamos com um problemão: teriamos de no períod de cinco anos, especializar essa multidão de técnicos e pelo menos 20 mil engenheiros da área de eletronicos, apta a assumir esses fictícios postos de trabalho.

O jornalista Alexandre Costa Nascimento, da Gazeta do Povo, do Paraná, destaca que a chamada “cidade tecnológica”, que seria criada para abrigar os 100 mil trabalhadores da Foxconn, teria população equivalente ao do município de Umuarama, na região Noroeste do estado. Se o investimento fosse feito no Paraná, a cidade seria a 18ª no ranking de população”.

Kenneth Rapoza, no seu Blog especializado em questões dos países emergentes, no portal da revista Forbes, vai direto ao ponto dizendo que “Mercadante, um ex-senador e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, é conhecida por exagerar.”

Vejam como saiu a nota da Foxconn sobre o assunto:

“O Brasil é um país rico em recursos naturais, com um enorme mercado consumidor e tremendo potencial de desenvolvimento econômico. Está também estrategicamente posicionado para atender às necessidades de mercados crescentes na América Latina.

“ Guiados pela estratégia de "estar onde o mercado está", temos há muito estudado oportunidades de investimento no Brasil. Estamos no momento no processo de explorar oportunidades nesse importante mercado e realizar uma análise substantiva do ambiente geral de investimentos do país”.

Em relação à confirmação de quaisquer projetos de investimentos específicos, a política da Foxconn é de apenas fazer um anúncio depois de receber as devidas aprovações do conselho de administração de nossa empresa e de quaisquer autoridades cabíveis”.
Repórteres da Reuters, depois de lerem o comunicado oficial da Foxconn, concluiram que o texto, como se viu, “ não forneceu quaisquer detalhes ou a confirmação de investimentos estrangeiros diretos de qualquer magnitude para o Brasil no futuro próximo.” – comenta ainda Kenneth Rapoza, no Blog da Forbes.

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

US$ 2,4 BILHÕES BILHÕES POR MINUTO....Dilma passou 5 minutos conversando com Terry Gou. Depois surgiu a notícia bombástica pela boca de Mercadante

Pode-se perceber, que mesmo fosse verdade, o anuncio do Ministro Mercante, teria sido divulgado, antes mesmo que o “conselho de administração da empresa”, tivesse decidido o que fazer e se vai fazer.” Na verdade esse tipo de precipitação poderia atrapalhar definitivamente qualquer pretensão real de expansão da empresa no país, que tem Ministros tão ... falastrões.

Segundo o comentarista, Jason Dean, do WSJ, o ambiente operário do Brasil e a capacidade produtiva do nosso país, não é vista com bons olhos por Terry Gou, o fundador e chefão da empresa.

Em setembro, durante uma entrevista de quase três horas concedida ao Wall Street Journal, no enorme complexo industrial da Hon Hai na cidade de Shenzhen, no sul da China, Gou ridicularizou a idéia de que o Brasil poderia de alguma forma rivalizar com a força da China em produção industrial.

"Os salários dos trabalhadores brasileiros são muito altos. Mas os brasileiros, assim que ouvem a palavra 'futebol', param de trabalhar. E há toda aquela dança. É louco (...).

Assim, o Brasil é bom [como base de produção industrial] para o mercado local. O Brasil tem ótimos minerais. E tem o grande rio Amazonas, por isso tem boa capacidade hidrelétrica. Mas, se você quiser mandar coisas para os EUA, leva mais tempo e mais dinheiro para mandar do Brasil [do que da China]", disse o bem informado Gou.

O executivo deve acrescentar nas suas próximas entrevistas que o Governo brasileiro e seus ministros não são sérios nem confiáveis.

Os governos petistas tem como característica contar como certo, o ovo ainda situado no interior da galinha. Mas até então era o público interno o alvo dessas invencionices mirabolantes.

O governo Dilma, porém, quer superar essa barreira utilizando a tática do boato otimista, e põe otimismo nisso, para o plano mundial. O tiro saiu pela culatra.

Com o desmentido educado da Foxconn e uma analise mais acurado dos fatos, o mercado, as empresas e os governos estrangeiros, vão facilmente constatar que esse investimento de US$ 12 bilhões dos exigentes investidores chineses não passa de um sonho longínquo brotado da cabeça desocupada e luzidia do nosso Ministro Aluisio Mercadante. Os tabletes de Mercadante, “made in Brasil”, tais quais os ovos das galinhas petistas, não eclodirão, nem nesse novembro, nem num futuro próximo, infelizmente.

Foto: Bobby Yip /Reuters

NEM TUDO SÃO FLORES - Funcionário da Foxconn na fábrica em Longhua na província de Guangdong, na China, A Foxcoon é protagonista de uma das grandes batalhas trabalhistas da China. Nos últimos quatro anos, ao menos 17 funcionários da empresa se suicidaram.