18 de mar. de 2010

As "Damas de Branco" ameaçam “democracia” de Castro

CUBA
As "Damas de Branco" ameaçam “democracia” de Castro
Um grupo de “perigosas” mulheres, esposas e mães de dissidentes cubanos, conhecidas como as “Damas de Branco”, foram impedidas, ontem,18, por truculentas agentes de seguranças de continuar desfilando em manifestação pacífica pelas ruas de Havana. As mulheres ameaçavam o regime cubano com agressivas flores do campo e de quando em quando gritavam palavras assustadoras como “liberdade!”. Os irmãos Castros estão em pânico

Foto: Enrique De La Osa/Reuters

Uma das perigosas “agentes a serviço do governo americano”, sendo conduzida a força por uma constrangida policial cubana, no momento em que atentava contra a paz da Ilha de Fidel

Toinho de Passira
Fontes: AFP, Herald Tribune, Estadão, The New York Times

Nada com um grupo de duas dúzias de mulheres determinadas e revoltadas, para assombrar regimes ditatoriais. O estado maior cubano está reunido nesse momento vendo como enfrentar essas perigosas combatentes, vestidas de branco, com o coração ferido, defensoras de filhos, netos e maridos, que desafiam sem temor, toda a repressão e a maquina demolidora do regime “castrista” que vem amordaçando os cubanos há 50 anos.

Foto: Desmond Boylan/Reuters

Assustados, os chefes cubanos, mandaram tirar das ruas as Damas de Branco, o grupo de mães e mulheres de presos políticos cubanos, por forças de segurança do regime de Fidel e Raúl Castro. As cerca de 30 mulheres foram arrastadas pelos braços e cabelos por policiais, que as forçaram entrar em dois ônibus.

Os veículos levaram as mulheres para a casa da líder do grupo, Laura Pollán, que qualificou a ação como um "sequestro".

Foto: Reuters

"Estou aqui chamando a atenção do mundo", disse Laura, que é casada com Héctor Maseda, preso em 19 de março de 2003 e condenado há 20 anos por "atentar contra a independência e a integridade territorial do Estado"

A marcha de ontem foi a terceira que o grupo realizou esta semana. A série de protestos tem como objetivo marcar o sétimo aniversário da primavera negra, ofensiva do regime contra a oposição iniciada em 18 de março de 2003, que resultou na prisão e condenação de 75 dissidentes.

Foto: Desmond Boylan/Reuters

As perigosas Laura Pollán e Reina Luisa Tamayo Danger mãe do dissidente cubano Orlando Zapata Tamoyo morto em greve de fome no presídio, desfilaram pela rua após a subversiva atividade de assistir uma missa, numa igreja nos arredores de Havana.

Quando as Damas de Branco deixavam a igreja, com a intenção de caminhar até a casa do opositor Orlando Fundora, que estaria em greve de fome há dias, encontraram pela frente cerca de 400 partidários do governo, convocados pelo serviço de segurança, para criar um clima de conflito e justificar o fim dos protestos.

Foto: Enrique De La Osa/Reuters

As bravas senhoras resistiram aos policiais e estão dispostas a continuar protestando pacificamente

Não deixa de ser um avanço, antes eles não inventariam nenhum pretexto, baixariam o sarrafo e não dariam satisfação a ninguém.

Mulheres da Polícia Nacional Revolucionária e do Ministério do Interior fizeram um cordão de isolamento para separar os dois grupos. Depois, dois ônibus vazios chegaram para bloquear a rua e as mulheres foram obrigadas a entrar nos veículos.

Foto: Enrique De La Osa/Reuters

Bertha Soler, (foto acima) esposa de Angel Moya Acosta, preso político que cumpre pena de 20 anos, deu trabalho extra aos órgãos de Segurança. Consciente e determinada disse que as Damas de Branco vão continuar a fazer marchas, “a não ser que nos joguem na prisão”. Concluiu reportando a verdadeira situação dos Castros, dizendo que governo toma esse tipo de atitude por se sentir "encurralado".

O confronto entre as dissidentes e forças do governo ocorre em um momento complicado, no qual o regime é duramente criticado pela má situação dos direitos humanos no país e devido à internet não consegue mais abafar as imagens nem a voz dos dissidentes, que saem da ilha navegando pela web incontrolável.

Havana rejeita as críticas, afirmando que os dissidentes não passam de "mercenários a serviço dos EUA". O governo da ilha ainda afirma que as Damas de Branco fazem parte de uma "política subversiva" de Washington.

Foto: Desmond Boylan/Reuters

O grupo das Damas de Branco surgiu em abril de 2003, depois que seus filhos e maridos foram presos em uma ofensiva do governo cubano contra os dissidentes políticos, agora são um dor de cabeça sem analgésico para Raul e Fidel.

Foto: Desmond Boylan/Reuters

Espera-se para qualquer momento uma nota do Presidente Lula em apoio ao governo “democrático” de Cuba por esse violento atentado feminino de meia idade ao governo e a democracia cubana.


Um comentário:

maria inez disse...

Lutem, lutem com todas as forças.
Que democracia é essa que não se pode expressar suas idéias, onde há fome, onde não há trabalho????