7 de set. de 2009

DIA DA PÁTRIA : Armamento francês para Forças Armadas brasileiras

DIA DA PÁTRIA
Armamento francês para Forças Armadas brasileiras

A visita do presidente da França, Nicolai Sarkozy, convidado de honra no dia da Independência, serviu para concluir extraordinário negócio de compara de equipamento militar para as forças armadas do Brasil, com uma volumosa embora discreta parceria da construtora brasileira Odebrecht, que mergulha assim no ramo de submarinos

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A boa notícia é que essa é a penúltima vez que a gente vai ver esse casal desfilando em 7 de setembro. o

Fontes: G1, Le Monde, Estadão, Agência Brasil, Liberation, *Le Figaro

O jornal Frances “Le Monde”, diz que uma palavra resume a visita de vinte e quatro horas de Nicolas Sarkozy, ao Brasil: Rafale.

Os franceses pouco falam do acordo de cooperação militar que os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, formalizam nesta segunda-feira, 7, em Brasília, dando início a um ambicioso programa de reaparelhamento militar brasileiro.

O pacote envolve a compra e a produção de quatro submarinos convencionais, da classe Scorpéne, de 1.800 toneladas, mais a parte não nuclear de um modelo de propulsão atômica. As operações estão associadas à construção de um novo estaleiro e uma base operacional. Essa fase vai custar cerca de R$ 20 bilhões, com desembolso até 2024.

A França vai ajudar o Brasil a construir 50 helicópteros EC-725, e vai vender quatro submarinos Scorpene tipo de ataque e ajudar a desenvolver um submarino de propulsão nuclear.

A “influente” Odebrecht é o grande parceiro brasileiro no projeto náutico francês e lhes deu soberba vantagem, pelo vasto conhecimento dos subterrâneos de Brasília, na hora de negociar com o governo Lula.

A construtora entrou com sócia do projeto dos submarinos desde o começo, e é majoritária na configuração da empresa mista, formada pela Marinha, 1% mais “golden share” (poder de ingerência do Estado nas decisões da empresa privada com privilégios de decisões desproporcional a participação acionária); O estaleiro francês DCNS , 49% e a Odebrecht 50%.

Estamos desde já sentindo um cheio de submarino superfaturado.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula, Sarkozy e esquadrilha francesa nos céus de Brasília

Num mundo ainda de ressaca da crise economica esse é um grande negócio. Mas os franceses já dando essa compra como favas contadas partem para novos objetivos, que é a venda dos seus aviões de caça.

O governo frances e os fabricantes do Rafale, agressivamente vem tentando vender o seu produto ao Brasil. Já pagaram sedutoramente despesas de uma comissão interpartidária de parlamentares, incluindo o presidente da Câmara Michel Temer, que assistiram ao desfile do dia nacional da França , o 4 de julho, no Champ Elissé na mesma ocasião em visita o país o nosso Ministro da Defesa, Nelson Jobim, que foi paparicado de forma comprometedora.

Hoje, alguns desses caças, contruidos pela francesa “Dassault Aviation”, estarão se exibindo durante o desfile militar de 7 de setembro no eixo monumental em Brasília, sobre os presidentes do Brasil e o baixinho Sarkozy, convidado de honra para a cerimônia.

O Le Monde diz que o Brasil precisa renovar sua força aérea e isso representa um mercado entre 120 e 150 aviões. No primeiro momento serão adquiridos 36 caças, de ataque e patrulhas.

Foto: Marcello Casal Jr/ABr

A famosa Legião Estrangeira, tropa francesa, desfile em homenagem a independencia brasileira

Desde o ano passado o Ministério da Defesa Brasileiro anunciou que estava concentrado em três aviões, na concorrência mundial em andamento: o americano F-18 Super Hornet da Boeing, o sueco Saab Gripen e Rafale frances.

Desde então as três empresas estão travando uma luta feroz, inclusive no campo diplomático, com a ajuda de seus governos, para ganhar o vistoso contrato que tem o valor estimado entre 9 a 12 bilhões de reais.

Os franceses acreditavam na escolha brasileira pelo seu Rafale, principalmente pela oferta da disposição de transferir a tecnologia de fabricação para o comprador, uma exigência do governo brasileiro que poderia no futuro desenvolver uma sofisticada indústria aeronáutica militar autônoma.

Só a França lhe garante essa perspectiva, imediatamente e sem restrições.

A Boeing se propõe atender a transferência de tecnologia necessária, mas depende da palavra final do Congresso americano, o que está longe de ser uma possibilidade real, a mesma circunstância que envolve o avião sueco, que tem parte do seu projeto de origem americana.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Os bigodes com extremidades com cera do oficial que comanda o pelotão da Academia Militar das Agulhas Negras, deve ser uma homenagem a França

Em uma entrevista a televisão francesa, exibida ontem, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, demonstrou uma preferência pelo “Rafale”:

"O país será mais capaz de atender às nossas condições terão as melhores chances, e você sabe em que país estou falando", ele disse, sorrindo praticamente antecipando a escolha já feita.

Cada um dos três aviões tinha suas vantagens e desvantagens. Sueco é de longe o mais barato. Mas tem dois pontos fracos: é um motor único, muito vulnerável em caso de falha durante a vastidão do Brasil, e é um protótipo que nunca experimentou um batismo de fogo enquanto o Rafale já é um veterano de sucesso em operação no Afeganistão.

A vitória do Rafale representa um evento significativo para a indústria aeroespacial francesa: o Brasil é o primeiro país do mundo a comprar o caça francês, que possibilitará abrir o mercado sul americano e mundial para a aeronave, até hoje, só utilizada pela Força Aérea Francesa.

Esta escolha também teve o mérito da coerência política e militar. Durante a visita do Presidente Sarkozy ao Rio de Janeiro em dezembro de 2008, a França e o Brasil selaram uma parceria estratégica " de defesa.

Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Os Dragões da Independência, a guarda presidencial brasileira, desfila em Brasilia

Comenta ainda o Le Monde que “como líder natural regional, o Brasil quer ter uma força armada digna de um personagem global. Comenta ainda o Le Monde que “como líder natural regional, o Brasil quer ter uma força armada digna de um personagem global.

“O Brasil precisa, simultaneamente, defender a sua vasta extensão territorial - quase dezesseis vezes o tamanho da França - com 8 500 km de litoral e 4,5 milhões de km2 de águas territoriais, proteger os recursos naturais, nomeadamente as suas enormes campos de petróleo em águas profundas.

Os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiram comunicado conjunto nesta segunda-feira (7), em que anunciam a intenção da parte do governo brasileiro de entrar em negociação para aquisição de 36 caças GIE Rafale.

O comunicado diz ainda que o presidente francês manifestou a intenção de seu país de adquirir 10 unidades da futura aeronave de transporte militar KC-390, que será produzida pela Embraer e que terá contribuição tecnológica da França.

Detalhe da pagina do JDSDR na Web

Os jornais franceses ainda tem dúvidas se os aviões foram mesmo comprados pelo Brasil

O governo Frances prevê que a compra será concluída em 2013, com a entrega das aeronaves e a sua fabricação representa 6 mil postos de trabalho ao longo de quatro anos na França.

Cumprido todos os contratos militares até 2020 o Brasil terá a maior e mais poderosa força naval e aérea da América Latina, equipada com submarinos, fragatas, navios leves, corvetas - um volume estimado em 35 unidades - além de mísseis de longo alcance, torpedos, aviões e helicópteros de tecnologia avançada.

A expectativa é de que em dez anos o primeiro submarino de propulsão nuclear, com 100 metros e 6 mil toneladas, já esteja pronto, e também definido o cronograma de uma segunda unidade.


*Le Figaro (junto a notícia o jornal frances informou que pertence a mesma empresa que constrói os aviões “Rafale” a Dassault


Carla Bruni, o melhor avião Frances, não veio

Foto: Reuters

Nas últimas fotos publicadas, começo de agosto, Carla Bruni, a primeira dama francesa, foi flagrada por paparazzos, descendo um penhasco, em direção ao mar mediterrâneo, na Cote d'Azur.

Foto: Reuters

Estava passando um fim de semana na mansão da família, no Cabo Negro, próximo à Cavaliere, com o francesinho sortudo Nicolai Sarkozy.

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