HONDURAS: Americanos tiram apoio a Zelaya
HONDURAS: Americanos tiram apoio a Zelaya Na hora em que o governo de fato de Honduras, decretou suspensão das liberdades individuais e limitou a imprensa, na reunião para discutir crise, na Organização dos Estados Americanos, o representante dos Estados Unidos condena a ida do ex-presidente a Tegucigalpa
Foto: Getty Images Fontes: G1 , Estadão, El Heraldo, La Prensa, The New York Times
O embaixador dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos (OEA), Lewis Amselem (foto), qualificou hoje como "irresponsável" a volta do presidente deposto, Manuel Zelaya, a Honduras. "O retorno do presidente Zelaya, sem um acordo, é irresponsável e não serve nem aos interesses do povo hondurenho nem àqueles que buscam o restabelecimento pacífico da ordem democrática em Honduras", afirmou. Lewis Amselem exortou o governo de fato a conduzir a segurança com "moderação e cautela" e pediu que Zelaya "exerça liderança" e inste seus partidários a manifestar seus pontos de vista de forma pacífica. Ele disse que os EUA pediram em diversas ocasiões para que Zelaya não voltasse a Honduras antes de um acordo político por causa da possibilidade de agitação. "Tendo escolhido, sem ajuda externa, voltar sobre seus termos, o presidente Zelaya e aqueles que facilitaram a sua volta guardam responsabilidade particular pelas ações de seus apoiadores", afirmou a autoridade norte-americana. O presidente dos EUA, Barack Obama, vem sendo criticado pelos conservadores americanos, por pressionar o governo de Micheletti e apoiar um aliado do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Foto: Divulgação OEA A Organização dos Estados Americanos convocou nesta segunda-feira, 28, uma reunião urgente do Conselho Extraordinário para discutir a crise em Honduras. Foto: Getty Images O governo de Micheletti resolveu sair da defensiva diplomática e partir para o ataque e considerou corretamente que devido a situação de pré guerra civil que se encontra o país, utilizar-se de dispositivos constitucionais, pondo a nação em Estado de Sitio. Foto: Getty Images Forças de segurança leais ao governo de facto de Honduras invadiram e fecharam nesta segunda-feira, 28, a Rádio Globo de Tegucigalpa, um dos poucos veículos de comunicação do país favoráveis ao presidente deposto, Manuel Zelaya. A TV Cholusat Sur, que também mantinha uma linha opositora está cercado por militares e saiu do ar. No domingo, o governo de Roberto Micheletti decretou um estado de sítio que proibiu liberdades individuais e limitou a imprensa. Foto: Getty Images
O ministro do Interior do governo, Oscar Matute, disse que a liberdade de expressão pode ser restringida para preservar a segurança nacional. "Não se trata de coibir a liberdade de expressão, mas sim de que, se há um meio que está incitando ao ódio e à violência, é um dever impor-lhe um basta", disse em entrevista telefônica à Reuters. Foto: Reuters
Muitos caminhões do Exército patrulham os principais pontos de Tegucigalpa. Partidários de Zelaya se concentram na Universidade Pedagógica Nacional Francisco Morazán, de onde deve sair uma manifestação contra o governo. A polícia ainda não interviu, mas se teme que quando a manifestação avance haja repressão. Ontem, o comissário Orlin Cerrato disse que eles iriam usar toda força de dissuasão contra qualquer ato político. |
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